O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) segue firme em sua missão de garantir o direito à moradia para milhares de brasileiros. Entre os dias 27 de outubro e 3 de novembro, o Governo Federal, em parceria com a Caixa Econômica Federal e entidades locais, deu início à construção de 4.324 novas unidades habitacionais em diversas regiões do país.
Ao todo, são 54 novas obras — um número que reforça o compromisso do programa com famílias de baixa renda, especialmente aquelas das faixas mais vulneráveis e residentes em áreas rurais.
Distribuição das novas construções pelo país
Das 54 obras anunciadas, 32 estão enquadradas na modalidade Rural, duas na modalidade Entidades (Fundo de Desenvolvimento Social – FDS) e 20 na modalidade Urbano (FAR – Fundo de Arrendamento Residencial).
Modalidade Rural
As construções no campo contemplam 993 moradias para famílias que vivem em zonas rurais, com foco em pequenos agricultores e trabalhadores do interior.
Modalidade Entidades
No modelo Entidades, duas obras já foram iniciadas e vão somar 131 unidades habitacionais, com foco em projetos comunitários e cooperativas habitacionais.
Modalidade Urbano (FAR)
A maior parte das novas unidades vem da modalidade Urbana, que concentra 3.200 moradias destinadas às famílias da Faixa 1, ou seja, aquelas com renda de até R$ 2.850 por mês.
Regiões contempladas: Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul
Nordeste
No Piauí, o município de Campo Maior iniciou três empreendimentos:
Residencial João Alves Filho I (94 moradias)
Residencial João Alves Filho II (100 moradias)
Residencial João Alves Filho III (77 moradias)
Somados, são 271 novas casas populares para famílias do interior piauiense.
Centro-Oeste
No Distrito Federal, dois novos conjuntos habitacionais começaram a sair do papel:
Residencial Joaquim Roriz – 192 unidades
Residencial Regina Célia – 192 unidades
Esses empreendimentos vão atender famílias que vivem em condições precárias nas regiões administrativas de Brasília.
Sudeste
O estado de Minas Gerais concentra o maior número de obras ativas neste ciclo do programa. Em Belo Horizonte, sete empreendimentos começaram simultaneamente:
Residencial Carlos Maciel (100 unidades)
Clóvis Salgado (300)
Comendador Wigg II (184)
Conceição Augsten (200)
Djalma Cassimiro de Araújo (188)
Jordelino (284)
Viotti (300)
Além da capital, Bom Despacho iniciou o Residencial Liberdade I, com 144 casas, e Santa Luzia deu início ao conjunto Curumim, com 200 unidades habitacionais.
Em São Paulo, as novas construções começaram em Mogi das Cruzes, com os empreendimentos Residencial Vitória I (200) e Vitória II (124). Já em Santo André, o Residencial Caminho dos Vianas III terá 200 novas moradias.
Sul
O Paraná também entrou na lista com duas cidades contempladas:
Ampére, com o Loteamento Menino Deus II, de 33 casas;
Mandaguari, com o Conjunto Habitacional Mandaguari, que terá duas frentes de obras somando 88 novas unidades.
Regras atualizadas do programa em 2025
O Minha Casa, Minha Vida 2025 mantém o foco em facilitar o acesso à moradia para quem mais precisa, com subsídios e juros reduzidos de acordo com a renda familiar.
Requisitos gerais para participar
Independentemente da faixa de renda, é necessário:
Não possuir imóvel residencial próprio;
Não ter financiamento habitacional ativo;
Manter o nome limpo (sem restrições no SPC/Serasa), especialmente para as faixas 2, 3 e 4;
Comprovar renda e demonstrar que o valor das parcelas não ultrapassa 30% da renda familiar bruta.
Faixas de renda e benefícios – Áreas urbanas
Em 2025, o programa foi dividido em quatro faixas urbanas, com limites de renda e benefícios distintos:
| Faixa | Renda Familiar Mensal Bruta | Benefícios Principais |
|---|---|---|
| Faixa 1 | Até R$ 2.850,00 | Juros reduzidos (a partir de 4% ao ano) e subsídio de até R$ 55 mil |
| Faixa 2 | De R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00 | Subsídios variáveis até R$ 55 mil, conforme renda e localização |
| Faixa 3 | De R$ 4.700,01 a R$ 8.600,00 | Juros menores que os de mercado, sem subsídio |
| Faixa 4 | De R$ 8.600,01 a R$ 12.000,00 | Financiamento com prazos longos e taxas competitivas |
Essas faixas permitem que tanto famílias de baixa quanto média renda possam financiar um imóvel em condições mais acessíveis que as do mercado tradicional.
Faixas de renda e benefícios – Áreas rurais
Nas áreas rurais, o cálculo é feito com base na renda anual bruta da família.
| Faixa | Renda Anual Bruta Familiar | Benefício |
|---|---|---|
| Faixa 1 | Até R$ 40 mil/ano | Subsídio elevado e juros reduzidos |
| Faixa 2 | Até R$ 66 mil/ano | Condições de financiamento intermediárias |
| Faixa 3 | Até R$ 96 mil/ano | Juros abaixo dos praticados no mercado agrícola |
Como participar do Minha Casa, Minha Vida
O processo varia conforme a faixa de renda e o tipo de moradia (urbana ou rural).
Famílias da Faixa 1
Devem se cadastrar na Prefeitura Municipal ou no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) da cidade.
O Cadastro Único (CadÚnico) precisa estar atualizado, e a seleção é feita de acordo com critérios sociais definidos pelo governo local.
Famílias das Faixas 2, 3 e 4
Podem procurar diretamente:
Agências da Caixa Econômica Federal;
Banco do Brasil;
Construtoras parceiras credenciadas ao programa.
O processo envolve análise de crédito, validação de documentos e assinatura do contrato após aprovação do financiamento.
Subsídios, juros e prazos de financiamento
O subsídio — recurso que o governo concede para reduzir o valor total do imóvel — é aplicado principalmente nas Faixas 1 e 2, podendo alcançar até R$ 55 mil por família.
As taxas de juros variam conforme a faixa de renda, sendo mais baixas para famílias com renda menor.
Os prazos de financiamento podem chegar a 420 meses (35 anos), o que ajuda a reduzir o valor das parcelas mensais e facilitar o pagamento.
Valores máximos dos imóveis
O valor máximo do imóvel que pode ser financiado depende da localização e da faixa de renda. Em média:
Grandes capitais: até R$ 350 mil;
Cidades médias: até R$ 240 mil;
Municípios pequenos e rurais: até R$ 190 mil.
Esses limites são ajustados anualmente conforme o custo da construção e a atualização do salário mínimo.
Importância social do programa
Desde o relançamento do Minha Casa, Minha Vida, em 2023, o governo federal vem acelerando as entregas de novas moradias. O foco é reduzir o déficit habitacional e garantir que famílias com renda limitada possam sair do aluguel ou de moradias improvisadas.
De acordo com dados do Ministério das Cidades, mais de 300 mil unidades habitacionais estão em diferentes estágios de execução no país, com prioridade para famílias do CadÚnico, beneficiários do Bolsa Família e trabalhadores informais.
Além de transformar a vida dos beneficiários, o programa também gera empregos diretos e indiretos na construção civil, movimentando a economia local e fortalecendo o setor habitacional.
