A poupança é uma das formas mais populares de investimento entre os brasileiros. Com a recente redução da taxa básica de juros, conhecida como Selic, para 11,25% ao ano, é importante entender como isso afeta a rentabilidade da poupança nos principais bancos, a exemplo da CAIXA, Banco do Brasil e Bradesco.
Recentemente, o Banco Central do Brasil reduziu a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 11,25% ao ano. Essa redução tem um impacto direto na rentabilidade da poupança. Apesar disso, a poupança ainda possui uma rentabilidade atrativa se comparada a outros tipos de investimento.
Mesmo com a queda da Selic, a rentabilidade da poupança continua a 6,17% + TR (Taxa Referencial), o que deve totalizar 7,81% em 2024. Essa rentabilidade é garantida por lei e é isenta de Imposto de Renda. Portanto, mesmo com a redução da Selic, a poupança ainda oferece um ganho líquido real de 3,80% este ano.
Saiba como é possível ganhar uma renda extra no Bradesco, Caixa e Banco do Brasil e outros bancos com a poupança
No cenário atual de queda da taxa Selic, muitos investidores têm dúvidas sobre onde aplicar seu dinheiro de forma segura e rentável. Apesar do corte da taxa básica de juros, a renda fixa continua sendo uma opção atrativa para compor a carteira de investimento.
A poupança, como investimento tradicionalmente escolhido pelos brasileiros, tem sua rentabilidade atrelada à taxa Selic. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês, mais a variação da TR.No entanto, quando a taxa básica de juros cai para menos de 8,5%, o retorno da poupança volta a ser de 70% da Selic mais TR.
Com a queda atual da Selic para 11,25% ao ano, um investimento inicial de R$ 10 mil na poupança se transformaria em um montante de R$ 10.639 após um ano, praticamente o mesmo valor obtido quando a Selic estava em 11,75%. Em dois anos, a economia subiria para R$ 11.319 e, em três anos, para R$ 12.042.
Assim, uma pessoa que fizer um investimento de R$10.000 por um, dois e três anos, o retorno seria de R$639, R$1.319 e R$2.042, tanto no Bradesco, quanto na Caixa e Banco do Brasil.
- 1º ano: R$639,00
- 2º ano: R$1.319,00
- 3º ano: R$2.042,00
O Tesouro Direto como opção de investimento
O Tesouro Selic 2029, título público disponível para investimento no Tesouro Direto, é uma opção interessante para quem busca segurança e liquidez.
Com a queda da Selic, um investimento de R$ 10 mil nesse título renderia R$ 10.923 em um ano, já descontando taxas e impostos. Em dois anos, o montante alcançaria R$ 12.019 e, em três anos, R$ 13.134.
As vantagens das LCIs e LCAs
As letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são investimentos isentos de Imposto de Renda, e oferecem o mesmo risco de crédito da poupança. No entanto, essas modalidades garantem uma rentabilidade maior, em troca de prazos maiores, como carência de 90 dias.
Com a nova Selic a 11,25%, um investimento de R$ 10 mil em LCIs ou LCAs que paguem 90% do CDI alcançaria R$ 11.007 após um ano. Esse valor aumentaria para R$ 12.117 em dois anos e R$ 13.262 em três anos.
CDB como alternativa de investimento
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido pelos bancos para captar recursos. Com a queda da Selic, é importante fazer os cálculos para verificar se o investimento em CDB compensa.
Geralmente, o CDB só é vantajoso em relação à LCI ou LCA se a remuneração for pelo menos 110% do CDI, que costuma render 0,1 ponto percentual abaixo da Selic.
Atualmente, um CDB que renda 110% do CDI transformaria R$ 10 mil em R$ 11.017 após um ano, R$ 12.225 em dois anos e R$ 13.464 em três anos, já considerando o desconto do Imposto de Renda.
O que considerar antes de investir
Ao escolher entre os diferentes tipos de investimentos apresentados, é importante levar em conta fatores como liquidez e rentabilidade. A liquidez nem sempre é diária para CDBs, LCIs e LCAs que pagam mais.
Já a rentabilidade está diretamente relacionada aos riscos de crédito das instituições emissoras. Vale lembrar que as aplicações em CDB, LCI, LCA e poupança são cobertas pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que oferece uma proteção de até R$ 250 mil em caso de problemas com o emissor.
Por outro lado, os títulos públicos do Tesouro Direto não contam com essa proteção, mas são considerados “livres de risco” por serem emitidos pelo governo federal.