A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ajustou, na quarta-feira passada (4), o aumento da tarifa de energia para setembro, mudando do nível dois para o nível um. Com isso, a conta de luz deve ter um acréscimo menor que o previsto antes.
A troca de bandeira aconteceu depois que o ONS (Operador Nacional do Sistema) achou erros nos cálculos do custo da geração térmica em setembro.
Após revisar os dados, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) confirmou que o custo de operação do sistema foi menor que o estimado inicialmente, justificando a mudança da bandeira tarifária.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, já tinha falado sobre essa possível mudança por causa de problemas técnicos. “Isso pode acontecer [rever a bandeira]. São problemas técnicos, objetivos“, disse ele aos jornalistas na quarta-feira passada.
Como a bandeira vermelha afeta a conta de luz?
A bandeira vermelha indica que o custo de gerar energia está alto, geralmente por usar mais usinas térmicas. A bandeira amarela mostra um custo médio, e a verde, um custo mais baixo.
Com base nisso, as pessoas podem pagar mais ou menos na conta de luz, dependendo da cor em vigor.
Com a mudança da bandeira vermelha para o nível um, a cobrança extra será de R$ 4,46 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) usados, em vez de R$ 7,87, que seria cobrado no nível dois.
Essa diferença de R$ 3,41 por 100 kWh diminui um pouco o impacto financeiro nas contas de energia, tanto para famílias quanto para empresas.
Estratégias para reduzir gastos na conta de luz
Com o aumento nas tarifas de energia, existem outras ações que podem diminuir o valor da conta de luz. Veja algumas sugestões:
- Opte por lâmpadas LED, que gastam menos eletricidade.
- Retire os aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem sendo usados.
- Use a luz do sol e evite acender lâmpadas durante o dia.
- Ative o modo de economia de energia dos dispositivos eletrônicos.
- Não deixe a geladeira aberta por períodos longos.
- Use ventiladores em vez de ar-condicionado, quando possível.
- Realize manutenção regular nos equipamentos e na rede elétrica.
Desconto na conta de luz; veja como obter
Além das dicas acima, é essencial procurar outras maneiras de reduzir os gastos com eletricidade. A boa nova é que o Governo Federal disponibiliza o programa Tarifa Social de Energia Elétrica, oferecendo descontos de até 65% na fatura.
Para quem desconhece, a Tarifa Social de Energia Elétrica é uma iniciativa da Aneel e do Governo, que proporciona abatimentos e isenção na conta de luz para famílias de baixa renda. Implementado há cerca de 21 anos, o programa já auxiliou mais de 24 milhões de brasileiros.
A Tarifa Social busca assegurar que as famílias brasileiras de baixa renda tenham acesso à eletricidade, um serviço fundamental, sem comprometer sua renda com essa despesa tão importante.
Os descontos são custeados pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).
Para ter direito aos descontos da Tarifa Social, é necessário atender a alguns critérios específicos. São eles:
- Ser cliente residencial de baixa renda;
- Estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
- Ter uma renda familiar mensal per capita inferior a meio salário mínimo;
- Famílias com pessoas com deficiência que necessitam do uso contínuo de aparelhos elétricos devem ter renda mensal de até três salários mínimos.
Esses critérios garantem que a Tarifa Social seja destinada às famílias que realmente necessitam desse benefício, oferecendo-lhes um suporte adequado para o acesso à energia elétrica.