NOVO RG: Governo define prazo final e revela 3 documentos para emitir a nova carteira de identidade

Uma mudança silenciosa, mas de enorme impacto para todos os brasileiros, está em curso desde 2022. Trata-se da substituição do antigo Registro Geral (RG) pela nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) — um documento que promete unificar, modernizar e tornar mais seguro o sistema de identificação civil no país.

Milhões de cidadãos já fizeram a troca, mas muitos ainda não sabem que há prazo definido pelo governo federal para renovar o documento. E mais: a emissão da nova identidade exige apenas três documentos básicos, o que torna o processo mais simples do que se imagina.

Nos próximos parágrafos, você entenderá o que muda, quais documentos são necessários e como garantir a sua nova identidade antes do prazo limite.

O novo RG e o prazo máximo de validade do antigo

O governo federal, por meio do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), confirmou que o prazo máximo para a substituição do antigo RG é até 2032. Isso significa que todos os brasileiros deverão portar a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) até essa data.

A mudança foi oficializada pelo Decreto nº 10.977/2022, que instituiu o novo modelo padronizado em todo o território nacional. O grande diferencial da CIN é que ela utiliza o CPF como número único de identificação, eliminando a possibilidade de uma mesma pessoa ter registros diferentes em cada estado — um problema que, por décadas, favoreceu fraudes e duplicidades.

Além disso, o novo documento traz elementos de segurança avançada, como QR Code de verificação, permitindo a qualquer cidadão ou instituição validar a autenticidade do documento em segundos.

Por que trocar o RG pelo novo documento de identidade? Descubra as vantagens!
Por que trocar o RG pelo novo documento de identidade? Descubra as vantagens!. Foto: Reprodução

Três documentos obrigatórios para emitir a nova carteira

O processo para solicitar a nova identidade é simples e requer apenas três documentos. De acordo com o MGI, são eles:

  1. Certidão de Nascimento ou Casamento – É necessário apresentar o documento original ou uma cópia autenticada, conforme a situação civil.

  2. CPF regularizado – O Cadastro de Pessoa Física precisa estar ativo e sem pendências junto à Receita Federal, já que será o número único da nova identidade.

  3. Comprovante de residência recente – Aceitam-se contas de água, luz, gás, telefone ou internet em nome do solicitante.

Esses três documentos são obrigatórios para qualquer cidadão que queira emitir o novo RG.

Onde e como emitir a nova Carteira de Identidade Nacional

A emissão do novo documento é feita pelos Institutos de Identificação dos estados e do Distrito Federal. Cada unidade da federação possui seu próprio sistema de agendamento, geralmente disponível em sites oficiais ou portais de serviços digitais.

O cidadão deve acessar o link do estado onde reside, preencher o formulário e escolher data e horário para atendimento presencial. Durante o procedimento, são coletadas biometria, fotografia e assinatura digital.

Após a emissão física, a versão digital da CIN fica automaticamente disponível no aplicativo Gov.br, na aba “Documentos”.

Custo da emissão: quando é gratuito

De acordo com a Lei Federal nº 7.116/1983, a primeira via da nova Carteira de Identidade Nacional é gratuita, tanto na versão em papel quanto na digital.

No entanto, quem precisar da segunda via (em caso de perda, roubo ou danificação) deve pagar uma taxa que varia de acordo com o estado. Em média, o valor fica entre R$ 35 e R$ 60, dependendo da unidade federativa.

Vale destacar que pessoas em situação de vulnerabilidade social cadastradas no CadÚnico podem solicitar a isenção da taxa mediante comprovação.

Por que o novo RG é mais seguro

A nova Carteira de Identidade Nacional foi projetada para reduzir fraudes e modernizar a gestão de dados pessoais. O documento segue padrões internacionais de segurança, incorporando tecnologias antifraude como:

  • QR Code dinâmico, que permite a validação em tempo real;

  • zona de leitura automática (MRZ), semelhante à dos passaportes;

  • uso exclusivo do CPF, impedindo múltiplos números de identidade;

  • camada criptográfica que protege contra falsificações e adulterações.

Além disso, a CIN possibilita o acesso rápido a outros serviços públicos, como INSS, Receita Federal e programas sociais, já que todos passam a reconhecer o CPF como identificador nacional.

Mais de 30 milhões de brasileiros já possuem a nova identidade

Segundo dados do governo federal atualizados até julho de 2025, mais de 30 milhões de brasileiros já emitiram a nova CIN. A meta do MGI é alcançar 60% da população até 2026, consolidando a transição do modelo antigo.

Alguns estados se destacam pelo avanço nas emissões. Na Bahia, por exemplo, o número ultrapassou 1 milhão de carteiras emitidas em maio de 2025, tornando-se uma das unidades da federação mais adiantadas na adoção do novo documento.

Validade e renovação do novo RG

A validade da CIN varia conforme a idade do titular no momento da emissão:

  • Até 12 anos: validade de 5 anos.

  • De 12 a 60 anos: validade de 10 anos.

  • Acima de 60 anos: validade indeterminada.

Já o modelo antigo do RG continuará sendo aceito até 2032, o que dá tempo para que todos os brasileiros realizem a troca gradualmente. Após esse prazo, apenas a nova CIN será considerada válida para fins oficiais.

Como consultar a autenticidade da nova identidade

Para verificar se uma Carteira de Identidade Nacional é legítima, basta ler o QR Code impresso com a câmera do celular. O sistema direciona automaticamente para uma página do Gov.br, que confirma os dados e mostra se o documento é autêntico.

Essa função é especialmente útil para empresas, instituições financeiras e órgãos públicos, pois garante maior segurança nas transações e evita fraudes de identidade.

Versões física e digital: entenda as diferenças

A versão física da CIN é entregue no formato de cartão de papel de segurança, semelhante ao antigo RG, com elementos visuais modernizados e informações dispostas de forma padronizada.

Já a versão digital, disponível no aplicativo Gov.br, oferece conveniência e praticidade, podendo ser usada em diversas situações do dia a dia — inclusive em embarques aéreos domésticos e atendimentos públicos.

Ambas as versões possuem o mesmo valor legal, e o acesso digital é liberado automaticamente após a emissão da versão física.

Inclusão de outros documentos na versão digital

Um dos grandes diferenciais da CIN é a integração com outros registros pessoais. O cidadão pode incluir, na versão digital, informações como:

  • CNH (Carteira Nacional de Habilitação)

  • Título de Eleitor

  • Cartão do SUS

  • Tipo sanguíneo e fator RH

  • Informações de saúde relevantes

Essa integração facilita o dia a dia, especialmente em situações emergenciais ou burocráticas, e reduz a necessidade de portar diversos documentos físicos.

O que acontece se não fizer a troca até 2032

Quem não emitir a nova Carteira de Identidade Nacional até 10 de março de 2032 continuará com um documento inválido. A partir dessa data, apenas a CIN será aceita em órgãos públicos, bancos e demais instituições que exijam identificação oficial.

Por isso, o governo recomenda não deixar para a última hora. A demanda tende a crescer conforme se aproxima o prazo final, o que pode gerar filas e atrasos nos agendamentos.

Resumo: principais pontos sobre o novo RG

  • Prazo final: até 2032.

  • Número único: o CPF passa a ser o identificador nacional.

  • Primeira via gratuita.

  • Emissão nos Institutos de Identificação estaduais.

  • Versão digital disponível no Gov.br.

  • Mais de 30 milhões de emissões até julho de 2025.

  • Validade variável conforme idade.

  • Antigo RG perde validade após 2032.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.