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Governo Lula transmite comunicado 18/10 e confirma mudanças em multa do FGTS e seguro-desemprego

No âmbito das iniciativas de redução de despesas elaboradas pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, o governo analisa modificações nas políticas de amparo ao trabalhador, incluindo a multa de 40% do FGTS em casos de demissão sem justa causa e o auxílio-desemprego.

Além de custoso para o erário público, a percepção é que a combinação de benefícios pode desencorajar a continuidade no emprego, principalmente em períodos de aquecimento do mercado de trabalho.

Governo Lula transmite comunicado 18/10 e confirma mudanças em multa do FGTS e seguro-desemprego
Governo Lula transmite comunicado 18/10 e confirma mudanças em multa do FGTS e seguro-desemprego – Imagem: Reprodução.

Entre as alternativas, o governo considera utilizar parte da multa do FGTS paga pelo empregador para custear o auxílio-desemprego, diminuindo assim o ônus do benefício para o Estado.

O orçamento do auxílio-desemprego subiu de R$ 47,7 bilhões em 2023 para R$ 52,1 bilhões na proposta de 2024, apesar dos índices de desemprego estarem em níveis historicamente reduzidos.

Outra sugestão é converter a multa ao trabalhador em um tributo progressivo para empresas, penalizando empregadores que efetuam muitas demissões.

A medida visaria desestimular demissões recorrentes sem criar incentivo para que o trabalhador provoque sua própria dispensa.

Na terça-feira, 15, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, abordaram a próxima etapa do programa de revisão de gastos, focando nas despesas obrigatórias.

Tebet afirmou que o objetivo é implementar as medidas ainda em 2024 para votação até meados de 2025, mas não especificou as ações.

Alterações no abono salarial e BPC também estão sob avaliação

Outra medida em estudo é modificar o critério do abono salarial, atualmente concedido a trabalhadores que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824). A proposta sugere substituir esse parâmetro pela renda familiar per capita, tornando o benefício mais direcionado.

O governo também considera ajustar a idade mínima para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou vincular o benefício apenas à inflação. Atualmente, o BPC está atrelado ao salário mínimo (R$ 1.412), o que desencoraja contribuições previdenciárias.

Além disso, o governo planeja retomar o combate aos supersalários no funcionalismo público. A proposta, já em debate no Congresso, visa eliminar adicionais salariais, conhecidos como “penduricalhos”, que ultrapassam o teto do serviço público. Espera-se que essa medida gere uma economia anual entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões.

O que é o FGTS e como funciona?

O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é um benefício que oferece suporte financeiro aos trabalhadores demitidos sem justa causa. Todo empregado registrado tem direito ao saque-rescisão, e a empresa deve contribuir para o fundo.

Mensalmente, o empregador deposita na Caixa Econômica Federal 8% do salário do funcionário em seu nome, independentemente de receber um salário mínimo ou mais.

Se o empregado for demitido sem motivo justo, poderá sacar todo o valor depositado em sua conta do FGTS, mais uma multa rescisória de 20% a 40%, quando aplicável.

Isso ressalta a importância de saber como consultar o FGTS pelo CPF online. Para calcular a multa rescisória, pode-se usar uma calculadora de porcentagem e obter o valor exato.

Além disso, através da consulta ao extrato do FGTS, o trabalhador pode verificar se os depósitos estão sendo realizados mensalmente e acompanhar o saldo da conta.

Como consultar o FGTS pelo CPF: passo a passo

Após entender o que é FGTS, você provavelmente se pergunta: “Como faço para consultar meu FGTS?” Aqui estão duas maneiras práticas de fazê-lo:

  1. Utilizando o aplicativo Caixa FGTS;
  2. Acessando o site Caixa FGTS.

Veja como consultar pelo app a seguir:

  1. Baixe o app FGTS (Google Play/App Store);
  2. Inicie o aplicativo e toque em “Entrar no aplicativo“;
  3. Digite seu CPF e selecione “Próximo”;
    • Caso não tenha conta, realize o Cadastro de Usuário, preenchendo os dados necessários e crie uma senha.
  4. Confira o e-mail recebido e siga os passos para ativar sua conta;
  5. Após a verificação, feche e reabra o app, inserindo a senha criada;
  6. O app pode pedir confirmação de informações adicionais, então confirme-as;
  7. Concorde com os termos do Contrato de Prestação de Serviços ao Cidadão.

Seguindo essas etapas, você estará apto a acessar o aplicativo e verificar seu FGTS pelo CPF, obtendo informações como saldo, extrato e outras opções disponíveis.

Carolina Ramos Farias

Redatora do Revista dos Benefícios, é Graduada pela Universidade do Estado da Bahia - UNEB. Especialista em redação sobre Direitos do Trabalhador e Benefícios Sociais
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