Depósito imediato? Regra do INSS surpreende e revela quanto tempo o benefício realmente demora para cair na conta após a aprovação — e o que fazer se atrasar

Muita gente imagina que, assim que o INSS aprova o pedido, o dinheiro já pinga na conta. Mas… não é bem assim. O depósito não é imediato, e existe toda uma jornada até o primeiro pagamento chegar ao beneficiário.

De acordo com a Lei nº 8.213/1991, o INSS tem um prazo de até 45 dias para colocar o pagamento em prática depois da aprovação. Pode parecer burocracia, mas é o tempo que o órgão precisa para rodar sistemas, processar valores e liberar a grana de forma segura.

E para quem está contando os dias, entender o passo a passo faz toda a diferença.

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Etapa 1: análise e concessão do benefício

Tudo começa com a análise do pedido. O INSS avalia os documentos, o histórico de contribuições e, claro, se o segurado cumpre os requisitos exigidos.

Quando o benefício é deferido (aprovado), o órgão emite a famosa Carta de Concessão, o documento que confirma oficialmente o direito ao pagamento.

Nessa carta constam informações preciosas:

• Número do Benefício (NB)

• Data de início do pagamento

• Banco onde o valor será depositado

• Valor do benefício mensal

Ou seja: a carta é o primeiro sinal verde para quem está esperando.

Etapa 2: processamento do pagamento

Mesmo com a aprovação feita, o dinheiro ainda não está liberado. É nesta fase que o INSS processa o benefício dentro do sistema de folha de pagamento.

Essa etapa costuma demorar entre 15 e 30 dias, dependendo do tipo de benefício e da época do mês em que a concessão foi feita.

O sistema do INSS precisa cruzar informações com bancos conveniados, verificar dados de conta e garantir que tudo esteja correto antes de efetuar o depósito.

Etapa 3: depósito na conta do segurado

Finalmente, chega o tão esperado momento: o pagamento.

Em geral, o primeiro depósito é feito em até 45 dias após a aprovação.

No entanto, existem variações:

• Benefícios concedidos no início do mês podem cair antes, pois ainda entram na folha daquele mês.

• Aprovações no fim do mês normalmente entram só na folha seguinte, o que pode estender o prazo até 60 dias, em alguns casos.

Portanto, se o seu benefício foi aprovado, calma — ele está a caminho. Mas há formas simples de acompanhar tudo sem precisar sair de casa.

Como saber a data exata do primeiro pagamento

A ferramenta mais confiável para descobrir quando o dinheiro cai na conta é o extrato de pagamento do Meu INSS.

Em poucos cliques, dá pra ver datas, valores e o banco responsável pelo crédito.

Passo a passo:

1. Acesse o Meu INSS:
   Entre no site meu.inss.gov.br ou baixe o aplicativo (Android e iOS).

2. Faça login:
   Use seu CPF e a senha cadastrada no Gov.br.

3. Selecione “Extrato de Pagamento de Benefício”:
   No menu principal, procure essa opção e clique.

4. Confira os detalhes:
   O extrato mostrará o valor a ser pago, a data do depósito e o banco responsável.

5. Acompanhe as atualizações:
   Depois da emissão da Carta de Concessão, o sistema costuma ser atualizado em até 20 dias com as informações do primeiro pagamento.

Outras formas de saber sobre o pagamento

Se você prefere o bom e velho atendimento humano, ainda dá pra resolver de outros jeitos:

• Central 135:
  Ligando para o número 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h, é possível confirmar se o pagamento já foi enviado e para qual banco.

• Carta de Concessão:
  O documento que o INSS envia após a aprovação informa onde e quando o primeiro pagamento será liberado.

• Calendário oficial do INSS:
  Para os meses seguintes, o benefício segue o calendário de pagamentos divulgado anualmente.
  O dia depende do número final do benefício (NB) — e quem recebe até um salário mínimo tem um cronograma diferente de quem ganha acima do piso.

E se o pagamento atrasar? Veja o que fazer passo a passo

Agora, se o prazo de 45 dias já passou e nada do dinheiro cair na conta, é hora de agir.

O atraso pode acontecer por motivos simples — como dados bancários errados — ou mais sérios, como falhas administrativas.

A boa notícia? Existe solução.

1. Verifique o status no Meu INSS

O primeiro passo é entrar no app ou site e checar o extrato de pagamento.

Essa consulta mostra rapidamente o que está acontecendo:

• Pagamento efetuado, mas não caiu na conta:
  Pode ser falha do banco. O valor foi liberado, mas o crédito não chegou por erro no sistema ou dados incorretos.

• Benefício bloqueado ou suspenso:
  O extrato pode mostrar que o benefício foi bloqueado por indícios de irregularidade, ausência de prova de vida ou divergência cadastral.

• Pagamento não processado:
  Se o sistema indicar ausência total de informação, o problema é interno do INSS e precisa ser reportado.

2. Entre em contato com o banco

Se o extrato confirmar que o pagamento foi feito, o próximo passo é falar com o banco.

Tenha em mãos o número do benefício e o CPF, e verifique:

• Falha temporária no sistema bancário

• Conta bloqueada ou encerrada

• Número de agência ou conta incorretos

• Transferência para conta errada (casos de golpe)

Os bancos parceiros do INSS — como Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander — possuem atendimento exclusivo para beneficiários.

Muitas vezes o problema é resolvido em minutos, apenas com uma atualização cadastral.

3. Fale com o INSS para regularizar

Se o problema não for no banco, é hora de acionar o próprio INSS.

Existem dois jeitos principais de resolver:

• Pelo site ou app Meu INSS:
  Busque o serviço “Solicitar Emissão de Pagamento não Recebido”.
  O pedido pode ser feito 100% online, sem precisar ir até uma agência.

• Pela Central 135:
  Ligue para registrar sua reclamação. Tenha seus documentos em mãos e anote o protocolo de atendimento — ele será útil para acompanhar o caso.

O atendimento telefônico funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h, e costuma ser bastante eficiente para resolver falhas pontuais.

4. Acompanhe o andamento do requerimento

Depois de abrir a solicitação, é essencial acompanhar pelo Meu INSS.

Normalmente, o órgão atualiza o status dentro de cinco a dez dias úteis.

Se houver necessidade de enviar documentos, o próprio sistema avisará o que falta.

5. Se o problema persistir, recorra

Quando o atraso foge do controle — ou o INSS simplesmente não resolve — há outras saídas legais.

• Ouvidoria:
  Acesse a plataforma Fala.BR e registre uma reclamação formal.
  Esse canal costuma ter mais peso e acelera a resposta do órgão.

• Justiça:
  Se o INSS descumprir o prazo legal, é possível acionar a Justiça para obrigar o pagamento.
  Dependendo do caso, os valores são pagos por RPV (Requisição de Pequeno Valor) ou precatório, conforme o montante devido.

E quanto aos valores retroativos?

Se o pagamento atrasar por culpa do INSS, o beneficiário não perde o direito ao dinheiro.

Os valores retroativos são pagos integralmente, corrigidos, e entram na conta junto com as parcelas seguintes.

Esses atrasados podem ser pagos de duas formas:

• RPV (Requisição de Pequeno Valor):
  Para dívidas de até 60 salários mínimos, o pagamento costuma ser feito em até 60 dias após a decisão judicial.

• Precatório:
  Para valores maiores, o pagamento entra na fila e pode ser realizado no ano seguinte, conforme o cronograma do governo federal.

Resumo prático para o segurado

Para quem acabou de ter o benefício aprovado, aqui vai o resumo direto e útil:

Dica final: acompanhe tudo pelo celular

O aplicativo Meu INSS é o verdadeiro “atalho” para quem quer evitar dor de cabeça.
Com ele, dá pra:

• Acompanhar o status do benefício em tempo real

• Ver o extrato completo de pagamentos

• Emitir comprovantes

• Fazer solicitações de correção

• E até reagendar perícias

O app é gratuito, leve e está disponível na Play Store e na App Store.

Além disso, as informações são atualizadas constantemente, o que torna o Meu INSS a fonte mais segura e rápida para confirmar a data do seu pagamento.