Chaves Pix serão excluídas em 2025? Entenda novas regras do Banco Central e quem será afetado

O Banco Central do Brasil iniciou, em 2025, uma série de mudanças importantes no Pix, o sistema de pagamentos instantâneos que já soma mais de 170 milhões de usuários no país.

Entre as novas medidas, está a exclusão de chaves Pix associadas a CPFs e CNPJs irregulares na Receita Federal. A decisão busca aumentar a segurança e coibir fraudes que vinham crescendo nos últimos meses.

Antes de mais nada, é importante entender o que muda e quem pode ser afetado diretamente.

Por que o Banco Central decidiu alterar as regras do Pix

Segundo o Banco Central, criminosos passaram a criar chaves com dados falsos ou adulterados, fingindo ser bancos, operadoras de cartão e até órgãos públicos. Essa prática levou o sistema a ser alvo de tentativas de golpe e clonagem de perfis.

Para conter o avanço dessas ações, a autarquia determinou que todas as instituições financeiras façam uma verificação automática dos dados de cada chave Pix junto à Receita Federal.

Ou seja, toda vez que o usuário cadastrar, alterar ou transferir uma chave, o CPF ou CNPJ será checado em tempo real.

Quem pode ter a chave Pix excluída

O Banco Central estima que mais de 8 milhões de chaves Pix estão associadas a CPFs com algum tipo de irregularidade. Entre os principais motivos:

  • 4,5 milhões de CPFs com erro de digitação ou grafia;
  • 3,5 milhões de CPFs de pessoas falecidas;
  • 30 mil CPFs suspensos;
  • 20 mil CPFs cancelados;
  • 100 CPFs considerados nulos.

No caso das empresas, as exclusões atingem CNPJs suspensos, inaptos, baixados ou nulos, conforme classificação da Receita Federal.

Em outras palavras, se o documento estiver irregular, a chave Pix será automaticamente desativada pelo sistema, e o titular precisará resolver a pendência antes de cadastrar novamente.

Como saber se seu CPF ou CNPJ está regular

A princípio, a verificação é simples. O usuário pode consultar a situação cadastral diretamente no site da Receita Federal. Basta inserir o número do CPF ou CNPJ e confirmar o código de segurança. O resultado é exibido na hora.

Se houver alguma irregularidade, é possível corrigir ou atualizar os dados pelo portal gov.br ou em uma unidade física da Receita.

Essa verificação prévia é a melhor forma de evitar a exclusão automática de chaves Pix e possíveis transtornos nas transferências.

Novas regras que entram em vigor no Pix

Além da exclusão de chaves irregulares, o Banco Central também anunciou outras mudanças operacionais no Pix.
As principais envolvem restrições no uso e na gestão das chaves:

  • Chaves aleatórias: não podem mais ser alteradas; é necessário excluir a antiga e gerar uma nova.
  • Chaves de e-mail: não podem ser transferidas para outro usuário.
  • Devoluções: passam a ser permitidas para qualquer valor, inclusive quando feitas por dispositivos não cadastrados — antes, o limite era de R$ 200.

Essas medidas visam aumentar a rastreabilidade e dificultar tentativas de fraude.

O que fazer se sua chave for excluída

Caso o usuário perceba que sua chave foi apagada, o primeiro passo é verificar se o CPF ou CNPJ está regularizado na Receita Federal. Se estiver tudo certo, é possível registrar uma nova chave pelo aplicativo do banco, sem custo.

Já se a irregularidade persistir, será necessário corrigir o cadastro junto à Receita, pois o sistema não permitirá o uso de dados inconsistentes. Após a regularização, o banco poderá solicitar uma nova validação.

Fiscalização reforçada pelo Banco Central

O Banco Central informou que vai monitorar ativamente as instituições financeiras e poderá aplicar punições severas caso sejam detectadas falhas na checagem das chaves.

A autoridade monetária também afirmou que atuará para identificar inconsistências entre os nomes registrados e os dados da Receita, exigindo correções imediatas. Na prática, isso significa que qualquer divergência — por menor que seja — pode gerar bloqueios temporários.

Como cadastrar e usar o Pix de forma segura

A seguir, um passo a passo para entender como usar o Pix corretamente e reduzir riscos:

1. Cadastro das chaves Pix

A chave Pix funciona como um apelido para a sua conta bancária, evitando o compartilhamento de informações sensíveis.
Você pode registrar:

  • CPF;
  • E-mail;
  • Número de celular;
  • Chave aleatória (um código automático gerado pelo sistema).

O cadastro é feito dentro do aplicativo bancário, na área “Pix”.

2. Como realizar pagamentos e transferências

Existem três formas principais de pagar ou transferir via Pix:

A. Usando uma chave Pix:
Basta digitar o CPF, e-mail, celular ou chave aleatória do destinatário, informar o valor e confirmar. O dinheiro cai na hora.

B. Usando QR Code:
Aponte a câmera do celular para o código gerado pelo recebedor. O sistema preenche automaticamente os dados da transação.

C. Usando o Pix Copia e Cola:
Comum em sites e lojas virtuais, o usuário copia o código fornecido e cola no campo indicado dentro do app bancário.

3. Dicas de segurança

Para evitar golpes:

  • Nunca compartilhe sua senha nem aceite ajuda de terceiros ao usar o Pix.
  • Desconfie de promessas de bônus, sorteios ou devoluções automáticas.
  • Verifique o nome do destinatário antes de confirmar a transferência.
  • Mantenha seu app sempre atualizado, pois as versões novas trazem correções de segurança.

Como entrar em contato com o Banco Central

Quem tiver dúvidas pode entrar em contato com o Banco Central (Bacen) por meio da Central de Atendimento ao Público, pelo telefone 145, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h (horário de Brasília).
A ligação tem custo de chamada local, inclusive para celulares.

Outra opção é acessar o formulário eletrônico no site oficial do Banco Central, onde é possível enviar perguntas, reclamações ou sugestões.

Ester Farias

Ester Farias

Ester Santos Farias, 24 anos, é uma profissional apaixonada pela escrita e pelo universo jurídico. Graduanda em Direito, ela combina sua formação acadêmica com uma sólida experiência como redatora web.Com mais de seis anos de atuação no mercado digital, Ester se especializou na produção de conteúdos sobre benefícios sociais, direitos trabalhistas e direito previdenciário, tornando temas como INSS e BPC mais acessíveis e compreensíveis. Sua dedicação à escrita se reflete na precisão e qualidade dos textos, consolidando sua reputação como referência na produção e revisão de materiais voltados para o público online.Sempre em busca de aprimoramento, Ester alia sua expertise em redação à base jurídica adquirida na graduação. Seu trabalho é guiado pelo compromisso de informar e esclarecer, garantindo que o acesso à informação seja um direito de todos.