A Caixa Econômica Federal publicou em suas redes sociais um alerta urgente sobre uma onda de golpes que tem causado prejuízos milionários a clientes em todo o país.
O comunicado, divulgado, reforça que criminosos estão se passando por funcionários da instituição para roubar senhas, dados e valores de contas bancárias, inclusive do aplicativo Caixa Tem.
O recado da Caixa é direto: “Desconfie sempre! A Caixa nunca pede senhas, tokens ou confirmações por telefone, e-mail ou redes sociais.”
E o motivo do alerta é simples — muitos brasileiros estão vendo suas contas ficarem literalmente zeradas em questão de minutos, após caírem em armadilhas cada vez mais elaboradas.
A criatividade dos golpistas não tem limites
Os golpes bancários têm se modernizado na mesma velocidade que os aplicativos de bancos.
E o pior: eles imitam com perfeição os canais oficiais, deixando até mesmo os clientes mais atentos em dúvida sobre o que é verdadeiro.
A seguir, veja os golpes mais aplicados em 2025, segundo os comunicados da própria Caixa.
Vale lembrar que nesta semana, a CAIXA libera novo extra de R$1.518 à lista de trabalhadores com CPFs finais 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9 seguindo apenas esses 3 passos
Golpe do WhatsApp
Esse é o campeão entre os golpes. O criminoso cria um perfil falso usando a foto e o nome de um conhecido da vítima — ou até da própria Caixa — e pede transferências via Pix.
Geralmente, o argumento é convincente:
“Estou precisando fazer um pagamento rápido, me ajuda?”
“O app está com problema, pode transferir pra mim?”
A vítima, acreditando estar ajudando, faz o Pix. Resultado: o dinheiro desaparece, e o contato verdadeiro nem sabia da história.
Golpe da venda falsa
Outro golpe comum é o das falsas vendas em sites e redes sociais.
Os golpistas anunciam produtos com preços muito baixos, criam perfis falsos com avaliações positivas e, quando o pagamento é feito, o produto nunca chega.
A Caixa alerta que nenhum banco consegue reverter o Pix enviado voluntariamente — mesmo que a compra tenha sido fraudulenta. Por isso, pesquise sempre o vendedor e nunca confie em preços milagrosos.
Golpe da falsa central telefônica ou falso funcionário
Nesse golpe, o criminoso liga se passando por atendente da Caixa. Ele pode dizer que houve uma “tentativa de invasão”, que há “movimentações suspeitas” ou que “sua conta foi bloqueada”.
O objetivo é gerar pânico para que a vítima siga instruções rapidamente — como fornecer senhas ou instalar aplicativos de acesso remoto.
Assim que a vítima segue os passos, o golpista assume o controle do celular e esvazia a conta.
Golpe do falso investimento
A promessa é sempre a mesma: “lucros altos e rápidos”.
Criminosos fingem representar empresas associadas à Caixa e oferecem investimentos com rentabilidade muito acima do mercado.
A pessoa transfere o dinheiro, acreditando que está aplicando em CDBs ou fundos, mas o valor vai direto para contas de laranjas.
A Caixa reforça que todos os investimentos oficiais estão disponíveis apenas pelos canais oficiais — nunca por WhatsApp, Instagram ou links patrocinados.
Golpe da troca de cartão
Um clássico que ainda faz vítimas, principalmente idosos.
O golpista se oferece para “ajudar” no caixa eletrônico e, num descuido, troca o cartão verdadeiro por um falso.
Com o cartão e a senha em mãos, ele faz saques e compras antes que o cliente perceba.
Por isso, a Caixa recomenda: nunca aceite ajuda de estranhos em caixas eletrônicos. Se tiver dúvida, procure um funcionário identificado.
Golpe do boleto falso
Os criminosos falsificam boletos de contas e empréstimos, usando logotipos e layout idênticos aos originais.
O detalhe é que o código de barras é alterado, redirecionando o pagamento para a conta do golpista.
A dica da Caixa é simples: confira sempre o beneficiário antes de pagar qualquer boleto e, quando possível, pague direto pelo app oficial.
Golpe da devolução do empréstimo
Esse golpe tem se espalhado rapidamente.
A vítima recebe uma ligação ou mensagem informando que tem direito à devolução de valores pagos em empréstimos antigos.
Para receber, o “atendente” pede que a pessoa pague uma taxa antecipada — geralmente pequena.
Mas é golpe! Nenhum banco cobra taxa para liberar reembolso. Quem paga, perde o dinheiro e não recebe nada em troca.
Phishing e Smishing: o golpe digital mais perigoso
O chamado phishing (via e-mail) e smishing (via SMS) continuam entre os mais perigosos.
O criminoso envia mensagens com aparência idêntica às da Caixa, usando logotipos, linguagem oficial e até links com endereços parecidos com o original.
O conteúdo normalmente alerta sobre:
bloqueio da conta,
atualização de cadastro,
suposto prêmio,
ou necessidade de “verificação de segurança”.
Quando o cliente clica no link e insere suas informações, o golpista acessa a conta e realiza transferências imediatas.
A Caixa reforça: jamais envia links pedindo atualização de dados. Todo contato deve ser feito diretamente pelos canais oficiais.
Golpe do link patrocinado e aplicativo falso
Com o aumento do uso do Caixa Tem, criminosos criam versões falsas do aplicativo e compram anúncios em buscadores como Google e redes sociais.
Ao pesquisar “baixar Caixa Tem”, o cliente pode acabar clicando em um link patrocinado falso, que instala um app malicioso.
Esse app coleta senhas, tokens e dados bancários, permitindo que o criminoso acesse a conta.
A recomendação da Caixa é baixar o app somente nas lojas oficiais (Google Play e App Store) e nunca por links compartilhados.
Golpe do Pix agendado ou falso comprovante
Esse é um golpe moderno e muito convincente.
Durante uma compra ou negociação, o golpista envia um comprovante falso de Pix ou um Pix “agendado” — que pode ser cancelado depois.
A vítima, acreditando ter recebido o dinheiro, libera o produto ou serviço. Horas depois, descobre que nenhum valor caiu na conta.
A Caixa orienta que todo Pix cai em segundos — se o dinheiro não entrou imediatamente, desconfie.
Como se proteger: dicas da própria Caixa
Desconfie de tudo que parece fácil demais.
Nenhum banco liga pedindo senha, instala apps remotamente ou oferece lucro rápido.Busque referências.
Antes de contratar empréstimos ou fazer transferências, verifique se a instituição é registrada no Banco Central e na Febraban.Nunca pague nada antecipado para liberar empréstimos.
Qualquer taxa cobrada antes da liberação é golpe.Se ligarem oferecendo crédito, desligue.
Depois, entre você mesmo em contato com a Caixa pelos canais oficiais.Proteja seus dados.
Nunca envie fotos de documentos ou comprovantes por WhatsApp, e-mail ou redes sociais.Evite clicar em links suspeitos.
Digite manualmente o endereço do site no navegador e confira se há cadeado de segurança na barra do site.Ative notificações da conta.
Assim, você saberá de qualquer movimentação em tempo real.
O que fazer se você cair em um golpe
Mesmo tomando cuidado, qualquer pessoa pode ser vítima.
Nesses casos, a Caixa orienta que o cliente:
Ligue imediatamente para a central de atendimento e solicite o bloqueio do cartão ou da conta.
Anote o número de protocolo do atendimento.
Registre um boletim de ocorrência (que pode ser feito online).
E, se possível, notifique o Procon e o Banco Central, relatando o caso.
Quanto mais rápido for o aviso, maiores são as chances de recuperar o valor.
Por que esses golpes funcionam tanto?
Porque os criminosos estudam o comportamento das vítimas.
Eles usam linguagem convincente, criam sites falsos idênticos aos verdadeiros e exploram momentos de medo ou pressa.
A vítima, acreditando estar protegendo sua conta, acaba entregando os dados ao próprio golpista.
Por isso, a Caixa insiste em repetir:
“A Caixa nunca pede senhas ou tokens por telefone, e-mail ou mensagem.”
Atenção redobrada em 2025
Com a popularização do Pix, do Caixa Tem e de serviços digitais, os golpes se tornaram mais sofisticados e rápidos.
Os criminosos agora usam inteligência artificial para falsificar vozes, imagens e até vídeos, o que aumenta o risco de engano.
O alerta da Caixa é claro: “Se desconfiar, não clique, não responda e não forneça dados.”
Em caso de dúvida, procure uma agência ou acesse o site oficial: www.caixa.gov.br.