A falência de uma loja de móveis tradicional deixou centenas de clientes sem prejuízo. A empresa, conhecida como Sofá Design, fechou as portas de forma repentinamente, pagou suas contas nas redes sociais e não deu retorno aos consumidores que fizeram compras.
Esta situação escandalosa ganhou destaque nos veículos de informação em fevereiro do ano passado, e desde então, os clientes afetados estão em busca de soluções para recuperar o dinheiro investido.
O escândalo do Sofá Design
A loja de móveis Sofá Design, localizada em Salvador, protagonizou um escândalo ao fechar as portas sem aviso prévio e deixar seus clientes sem receber os produtos pelos quais tinham pagamento.
A empresa pagou suas contas nas redes sociais e disponibilizou um número de telefone inexistente para contato. Essa atitude suspeita chamou a atenção das autoridades e gerou denúncias em diversas cidades do Brasil.
Os consumidores que foram prejudicados relataram que realizaram compras de valores significativos, chegando a gastar mais de R$ 4 mil. Como os produtos não foram entregues no prazo previsto, os clientes perceberam que foram vítimas de um golpe.
A falta de retorno por parte da loja e a impossibilidade de contato através do telefone oferecido aumentaram a indignação e o sentimento de engano.
Segundo relatos, a única tentativa de comunicação por parte da Sofá Design foi um aviso na porta da loja informando que estavam fechados para troca de showroom, mas que o atendimento poderia ser realizado por WhatsApp ou e-mail.
No entanto, os clientes que pretendiam entrar em contacto através desses meios não obtiveram resposta. A sensação de desespero e revolta tomou conta daqueles que foram enganados pela empresa.
As vítimas do calote da empresa
Mais de 100 clientes relatando terem sido vítimas desse golpe da Sofá Design. Muitos deles investiram em quantias expressivas, chegando a perder até R$ 27 mil. A descoberta de que uma loja em Salvador não era a única prática desse tipo de golpe gerou ainda mais indignação entre os consumidores.
Ingrid, uma das clientes lesadas, contou que tentou entrar em contato com a vendedora para comprar mais poltronas e percebeu que a mensagem não chegava. Ao procurar o Instagram da loja, descobri que não existia mais.
Foi então que encontrei um contato que denunciava o golpe em escala nacional. A situação foi desesperadora para ela e para muitos outros clientes que se sentiram enganados e traídos.
A defensora do Grupo Sofá Design, Sâmoa Martins, afirmou na época que os clientes que não recebiam os móveis comprados seriam ressarcidos. Segundo ela, as vítimas têm direito a receber os produtos ou o valor gasto na compra.
Todavia, não há informações atualizadas sobre o andamento do caso e se os clientes foram realmente indenizados.
Reestruturação e recuperação judicial
Em uma publicação no perfil do Instagram, o Grupo Sofá Design informou que estava passando por uma reestruturação organizacional devido à crise econômica causada pelo aumento dos preços dos insumos de produção e das taxas de juros.
A empresa entrou em processo de recuperação judicial, o que foi ferido pela justiça em março de 2023. A recuperação judicial é um processo legal que visa reestruturar as dívidas de uma empresa e garantir a continuidade de suas atividades.
Contudo, não há informações claras sobre como essa medida afetou os clientes que foram lesados pela Sofá Design. A empresa continua ativa, mas não há detalhes sobre o estágio dos casos e se os consumidores serão efetivamente ressarcidos.
Os direitos dos consumidores e as medidas legais
Diante desse cenário de calote e prejuízos financeiros, é importante ressaltar que os consumidores têm direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor. Quando uma empresa descumpre o contrato de compra e venda, cabe à parte prejudicada buscar seus direitos.
No caso da Sofá Design, os clientes lesados podem buscar medidas legais para recuperar o valor investido ou receber os produtos comprados.
É recomendado que esses consumidores busquem orientação jurídica especializada para tomar as providências cabíveis e ingressar com ações judiciais, se necessário.