O comércio digital no Brasil apresenta uma expansão constante, com uma parcela expressiva da população realizando transações online.
No entanto, a percepção de segurança entre os compradores tem apresentado uma queda notável. Segundo levantamento realizado pela Serasa Experian, cerca de metade dos consumidores brasileiros já abandonou uma compra online por insegurança nos sistemas.
Esta percepção é sustentada por indicadores que demonstram um crescimento significativo nas inquietações sobre segurança digital.
Embora o volume de compras pela internet continue aumentando, a apreensão quanto a golpes e exposição de dados pessoais se intensifica.
O estudo revela que 48% dos consumidores já desistiram de finalizar compras devido a questionamentos sobre a segurança do ambiente virtual.
Esta tendência evidencia uma transformação no perfil dos compradores, que demonstram maior prudência em suas interações digitais.
Quais são os principais medos dos consumidores brasileiros de acordo com a Serasa?
Entre as preocupações mais significativas manifestadas pelos brasileiros, destacam-se o risco de compras em websites fraudulentos e o uso indevido de informações pessoais.
Cerca de 41% dos participantes expressaram temor quanto ao uso não autorizado de seus dados. Estas inquietações são alimentadas por casos recorrentes de fraude, gerando desconfiança sobre os protocolos de segurança das plataformas de e-commerce.
O temor relacionado ao vazamento de dados bancários, violação de contas e acesso irregular a informações confidenciais também são preocupações centrais. Estes pontos ressaltam a necessidade de sistemas robustos de proteção de dados.
Entre as alternativas sugeridas, destaca-se a implementação de verificação biométrica, uma tecnologia que proporciona maior segurança aos usuários.
Estatísticas recentes e possíveis soluções para um ambiente mais seguro
Em 2024, observou-se uma expansão considerável na implementação de sistemas biométricos para autenticação em transações online, com 67% dos consumidores manifestando aprovação desta tecnologia.
Esta metodologia engloba diferentes modalidades de verificação, incluindo reconhecimento facial, autenticação por impressão digital e identificação por voz.
Tais inovações constituem uma barreira adicional de proteção que, segundo especialistas, minimiza consideravelmente as possibilidades de ataques fraudulentos.
Contudo, mesmo com estes avanços tecnológicos, dados de novembro de 2024 revelaram mais de um milhão de tentativas de fraude, evidenciando um panorama que demanda atenção redobrada.
Como os consumidores podem proteger-se de fraudes?
A adoção de medidas preventivas permanece como principal estratégia defensiva. A verificação minuciosa da autenticidade dos websites, análise das experiências compartilhadas por outros compradores e cautela com promoções extraordinariamente atrativas são práticas fundamentais.
Complementarmente, a utilização de cartões virtuais e a precaução com links duvidosos constituem comportamentos essenciais para redução de riscos.
- Verificar a credibilidade do site: priorize estabelecimentos reconhecidos e consulte avaliações no Reclame Aqui.
- Checar o CNPJ e dados da empresa: utilize os serviços da Receita Federal para confirmar a legitimidade do estabelecimento.
- Desconfiança de ofertas: mantenha-se alerta quanto a preços extraordinariamente reduzidos, possíveis indicadores de fraude.
- Preferir meios de pagamento seguros: priorize cartões virtuais para minimizar exposição a riscos.
- Evitar cliques em links suspeitos: acesse páginas inserindo o endereço diretamente na barra do navegador.
Desafios e direitos dos consumidores
Os compradores online possuem garantias legais específicas que precisam ser amplamente conhecidas para evitar transtornos. Destaca-se o direito de arrependimento, permitindo a desistência da compra em até sete dias após recebimento do produto.
Adicionalmente, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece diretrizes rigorosas sobre o tratamento de dados pessoais pelas empresas, fortalecendo a confiabilidade do ambiente digital.
Os consumidores precisam manter-se vigilantes quanto aos seus direitos e garantir que as empresas cumpram suas obrigações legais, especialmente no que tange aos prazos estabelecidos para entrega e à salvaguarda das informações pessoais.
Quando houver violação destes direitos, instituições como o Procon estão disponíveis para mediar e resolver eventuais disputas.