Economia

Serasa transmite comunicado hoje 18/10 sobre fraudes no setor bancário e bets

Serasa transmite comunicado hoje 18/10 sobre fraudes no setor bancário e bets - Foto: Reprodução
Serasa transmite comunicado hoje 18/10 sobre fraudes no setor bancário e bets – Foto: Reprodução

Entre os brasileiros que apostaram online no último ano, apenas 10% dizem ter sido vítimas de fraudes. Contudo, esse número sobe para 31% entre os apostadores frequentes, conforme revela um estudo da Serasa Experian.

Os problemas mais comuns incluem o vazamento de dados pessoais e bancários, além do acesso não autorizado às contas.

Dos que sofreram golpes em sites e apps de apostas ou jogos de azar online, 20% tiveram suas informações usadas para criar contas falsas. Pedro Moreno, gerente executivo de Prevenção à Fraude da Serasa Experian, compara essas fraudes às praticadas no setor bancário.

É um padrão de fraudes muito similar ao que vemos em telefonia e bancos — observa o especialista. — No caso dos bancos, a criação de contas com dados roubados são as “contas laranjas”, usadas por criminosos para receber dinheiro de golpes como o do Pix. Nas casas de apostas, o motivo é diferente, mas o método é parecido.

Quais são as fraudes?

Quase metade dos entrevistados mencionou o vazamento de dados como principal fraude. 28% relataram que suas informações foram usadas em outros sites e apps, enquanto 20% apontaram o vazamento de dados financeiros. O acesso indevido às contas foi citado por 34% dos apostadores.

O golpe mais comum é o uso indevido de dados e a invasão de contas, principalmente porque existe um mercado de venda de contas com histórico de perdas — explica Moreno. — Os apostadores buscam essas contas porque acreditam que a chance de ganhar é maior após uma sequência de perdas.

O especialista acredita que as novas regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda para o setor devem reduzir essas práticas. A regulamentação exige que os jogadores sejam identificados por documentos e um sistema de reconhecimento facial com prova de vida.

Retorno financeiro é a principal motivação para apostas, segundo pesquisa da Serasa

Uma pesquisa da Serasa Experian, realizada em agosto, ouviu 2.008 pessoas maiores de 18 anos que fizeram apostas esportivas online nos últimos 12 meses. O estudo revelou que metade dos entrevistados desconhecia as regras de regulamentação do setor.

A pesquisa mostrou que o ganho financeiro, não o entretenimento, é o principal motivo para apostar para 54% dos brasileiros das classes C e D. Entre os mais abastados, esse número cai para 34%. Além disso, 10% dos brasileiros de menor renda veem as apostas como uma forma de investimento.

As novas regras do setor proíbem que a publicidade apresente as apostas online como meio de enriquecimento ou investimento. No geral, 47% dos apostadores são atraídos pelos prêmios, enquanto apenas 25% jogam por diversão.

Entre os participantes, 35% afirmaram ter perdido mais do que ganhado, e 31% tiveram mais ganhos. Dos que ganharam, 31% reapostaram o dinheiro e 29% usaram para quitar dívidas.

Origem do dinheiro das apostas

A maioria (51%) usa parte do salário para apostar, 23% cortam gastos diários e outros 23% usam poupança ou reserva de emergência. Na Geração Z, 31% recorrem a economias para jogar.

Em média, os apostadores gastam 10% da renda mensal com apostas esportivas“, afirma Pedro Moreno, da Serasa Experian.

O estudo também avaliou o impacto das apostas na saúde e bem-estar. Seis em cada dez entrevistados não relataram prejuízos, mas 20% admitiram negligenciar a saúde após começar a apostar. Um quarto dos participantes não soube responder.

A pesquisa revela um cenário preocupante, onde muitos veem as apostas como uma possível solução financeira, apesar dos riscos envolvidos. A falta de conhecimento sobre as regulamentações e o uso de recursos essenciais para apostar indicam a necessidade de mais educação financeira e conscientização sobre os perigos do jogo compulsivo.

Thaymã Rocha

Thaymã Oliveira Rocha é graduando em Licenciatura em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), no Departamento de Educação, situado na Rodovia Itabuna-Ilhéus. Aos 20 anos, já acumula mais de cinco anos de experiência como redator web, desenvolvendo conteúdos de alta qualidade sobre concursos públicos, benefícios sociais e direitos trabalhistas. Apaixonado pela escrita e pela produção de conteúdo digital, Thaymã encontrou na redação uma maneira de tornar informações complexas mais acessíveis e compreensíveis para o público. Seu trabalho se destaca pela clareza, objetividade e compromisso com a precisão das informações. Sempre atento às mudanças no cenário digital e educacional,… Mais »
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