Salário de R$ 13 mil logo na primeira contratação? Descubra as 10 profissões mais bem pagas do Brasil em 2024 e como engenheiros e diretores de espetáculos estão disparando na frente
Começar a carreira profissional com um salário acima de R$ 13 mil é realidade para um grupo seleto de brasileiros. Um estudo recente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), divulgado no início de 2024, revela as 10 ocupações com os maiores salários médios de admissão no país. Os números indicam que profissionais formados em engenharia estão largando na frente, mas há também espaço para médicos, pesquisadores e até artistas.
No topo do ranking, os engenheiros em computação recebem, em média, R$ 13.794 logo na contratação. Em segundo lugar, aparecem os engenheiros de minas e áreas afins, com R$ 13.055. Uma surpresa interessante é o terceiro lugar, ocupado pelos diretores de espetáculos e afins, que recebem R$ 11.716 ainda no início da carreira — mostrando que o setor cultural também pode oferecer remunerações expressivas.
A lista completa das profissões mais bem pagas no início de 2024 é a seguinte:
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💻 Engenheiros em computação: R$ 13.794
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⛏️ Engenheiros de minas e afins: R$ 13.055
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🎭 Diretores de espetáculos e afins: R$ 11.716
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⚗️ Engenheiros químicos e afins: R$ 11.181
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⚙️ Engenheiros mecânicos e afins: R$ 10.838
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🌍 Geólogos, oceanógrafos, geofísicos e afins: R$ 10.642
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🩺 Médicos clínicos: R$ 10.071
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🏭 Engenheiros de produção, qualidade, segurança e afins: R$ 9.960
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🔬 Pesquisadores de engenharia e tecnologia: R$ 9.708
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⚡ Engenheiros eletricistas, eletrônicos e afins: R$ 9.489
O levantamento da Firjan mostra que sete das 10 profissões mais bem pagas estão ligadas à engenharia, reforçando a alta demanda por profissionais técnicos e especializados em áreas estratégicas do país. Ao mesmo tempo, a pesquisa demonstra que outros setores, como saúde, pesquisa e artes, também podem oferecer salários competitivos, desmistificando a ideia de que apenas áreas tecnológicas garantem bons rendimentos.
Como foi realizada a pesquisa
O estudo considera os salários reais de admissão, ou seja, os valores pagos no momento da contratação já descontada a inflação medida pelo INPC. Os dados foram extraídos do Novo Caged, sistema do governo federal que acompanha o mercado de trabalho formal no Brasil.
A pesquisa abrange todas as unidades da federação e diversos setores econômicos, com o objetivo de entender como o mercado se comporta frente à baixa taxa de desemprego e ao aumento nas demissões voluntárias, que atingiram 36% em 2024 — o maior índice desde o início da série histórica.
Salários iniciais por setor e região
Além das profissões, o levantamento detalha os setores e regiões que oferecem os maiores salários de entrada. No setor industrial, a área de Extração de Petróleo e Gás Natural se destaca, com remuneração média de R$ 9.104. No setor de serviços, a maior remuneração inicial foi registrada em Atividades de Exploração de Jogos de Azar e Apostas, com R$ 9.301.
Na Agropecuária, a divisão mais bem remunerada é a de Pesca e Aquicultura, com R$ 2.113, enquanto no Comércio, o maior salário inicial está no Comércio por Atacado, exceto veículos, com R$ 2.267.
Geograficamente, os maiores salários médios de admissão estão concentrados em:
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São Paulo: R$ 2.473
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Distrito Federal: R$ 2.284
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Rio de Janeiro: R$ 2.223
Apesar de figurar entre os três estados com melhor remuneração, o Rio de Janeiro apresentou queda real de -0,4% nos salários de entrada, sendo o único estado com recuo no período.
O que os dados revelam sobre o mercado de trabalho
O aumento médio de 2% nos salários de admissão no Brasil reflete um mercado mais competitivo, no qual empresas precisam oferecer condições atrativas para conquistar e reter profissionais qualificados. A valorização salarial foi observada em 77% das ocupações analisadas, com destaque para os setores de Agropecuária e Comércio, que apresentaram crescimento proporcional acima da média nacional, mesmo com valores absolutos menores do que os setores industriais e de serviços.
De acordo com a equipe técnica da Firjan, o cenário atual exige atenção das empresas, que enfrentam dificuldades crescentes para contratar mão de obra especializada, especialmente nas áreas de tecnologia, engenharia e inovação. Para os profissionais, os dados podem servir como um guia para identificar oportunidades e preparar-se de forma estratégica para os setores mais promissores.
Engenharia em alta: a prioridade do mercado
Sete das 10 profissões mais bem remuneradas estão relacionadas à engenharia, o que reforça a importância dessa formação em um país que busca desenvolver infraestrutura, tecnologia e indústria com mais eficiência. A área de computação se destaca pelo potencial de crescimento e inovação, enquanto engenharia de minas, química e mecânica continuam sendo cruciais para a produção industrial e exploração de recursos naturais.
Surpresas no ranking: cultura e saúde
Embora a engenharia domine a lista, duas profissões se destacam fora desse eixo: diretores de espetáculos e médicos clínicos.
Os diretores de espetáculos aparecem em terceiro lugar, com salário médio de admissão de R$ 11.716, mostrando que o setor cultural pode oferecer rendimentos competitivos, principalmente em produções de grande porte ou voltadas ao entretenimento de massa. Já os médicos clínicos garantem R$ 10.071 na entrada, demonstrando que a área de saúde continua sendo estratégica, com alta valorização no mercado de trabalho.
Tendências para recém-formados
Para quem está começando a carreira, o levantamento da Firjan funciona como um mapa do tesouro. Investir em formações voltadas à engenharia, tecnologia, pesquisa ou saúde aumenta consideravelmente as chances de ingressar em posições bem remuneradas desde o início. Além disso, o estudo evidencia a importância de estar atento aos setores em crescimento e às regiões com maior valorização salarial, como São Paulo e Distrito Federal.
Como se preparar para salários altos de admissão
O mercado competitivo exige mais do que apenas formação acadêmica. Experiência em estágios, projetos práticos, cursos de especialização e certificações podem fazer diferença na hora da contratação. Para engenheiros, conhecimentos em tecnologia, inovação e softwares específicos são diferenciais. Para profissionais da saúde, especializações médicas e experiência em hospitais de grande porte agregam valor. E para diretores de espetáculos, portfólios sólidos e experiência em produções destacam-se na seleção.
Resumo de tudo o que você viu até aqui
O levantamento da Firjan revela um cenário promissor para profissionais qualificados e mostra que salários de admissão podem ser bastante atrativos em setores estratégicos. Enquanto a engenharia continua liderando o ranking, áreas como saúde e cultura também oferecem oportunidades de destaque.
O estudo reforça que investir em formação e especialização é essencial para quem deseja começar a carreira profissional com remuneração acima da média, acompanhando as tendências de um mercado cada vez mais competitivo e exigente.