Robô do INSS toma decisão equivocada e aposentado recebe 20 mil de indenização

O sistema previdenciário brasileiro, embora vise garantir a segurança financeira dos cidadãos, nem sempre funciona como deveria.

Infelizmente, a adoção de inteligência artificial pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para agilizar os processos nem sempre produz os resultados esperados, como demonstra o caso de Mariano Gomes da Silva, um idoso que fez uma verdadeira odisseia para receber seu benefício.

Robô do INSS toma decisão equivocada e aposentado recebe 20 mil de indenização
Robô do INSS toma decisão equivocada e aposentado recebe 20 mil de indenização – Imagem: Reprodução.

Idoso é prejudicado pela falha do “Robô” do INSS

Mariano Gomes da Silva, de 65 anos, é um aposentado que passou por diversas dificuldades antes de finalmente receber uma indenização de R$ 20 mil por danos morais do INSS.

Após ter seu benefício suspenso em 2021 sem justificativa aparente, Mariano ficou quase dois anos sem receber seu pagamento, comprometendo seriamente sua subsistência.

De acordo com o advogado especialista em Direito Previdenciário, Renan Fontana, que atuou no caso de Mariano, o “robô” do INSS declarou ser ineficiente ao suspender indevidamente o benefício do idoso.

Essa falha da inteligência artificial administrada pelo órgão causou prejuízos aos materiais diretos à subsistência de Mariano, que dependia desse recurso como sua única fonte de renda.

As limitações do sistema automatizado do INSS

A coordenadora-adjunta do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário no Espírito Santo (IBDP-ES), Maria Regina Couto Uliana, ressalta que o sistema de análise automática do INSS ainda é precário.

Ela explica que os cruzamentos de dados realizados pelos “robôs” nem sempre são suficientes, especialmente em casos de trabalhadores rurais, cujas exigências carecem de análise de documentos físicos.

Falhas no cadastro do INSS geram indeferimentos equivocados

A advogada especialista em Direito Previdenciário, Renata Prado, também destaca que o cadastro do INSS possui diversas falhas, o que acaba gerando diversos indeferimentos equivocados de benefícios.

Segundo ela, uma análise puramente “robotizada” não é capaz de identificar e corrigir esses problemas de dados inconsistentes.

Diante dessas limitações do sistema automatizado, os especialistas defendem que a análise humana ainda é obrigatória nos processos do INSS.

Eles sugerem que a coleta de documentos poderia ser realizada por funcionários temporários, que poderiam identificar e corrigir eventuais erros nos requisitos dos seguros.

O impacto devastador da suspensão indevida do benefício

O caso de Mariano Gomes da Silva evidencia o quão devastador pode ser a suspensão indevida de um benefício previdenciário.

Sendo sua única fonte de renda, a falta desse pagamento afetou diretamente sua subsistência e qualidade de vida, agravando ainda mais suas já precárias condições de saúde.

Carolina Ramos Farias

Carolina Ramos Farias

Carolina Ramos Farias é uma profissional apaixonada pela educação e comunicação digital. Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Departamento de Educação do Campus X da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), ela alia sua formação acadêmica à habilidade com a escrita, atuando como redatora web há mais de cinco anos.Com expertise na criação de conteúdos sobre concursos públicos, benefícios sociais e direitos trabalhistas, Carolina se destaca por sua capacidade de transformar informações complexas em textos claros e acessíveis. Seu compromisso com a disseminação do conhecimento a impulsiona a produzir materiais informativos que ajudam milhares de pessoas a se manterem bem informadas sobre temas essenciais para a vida profissional e social.Ao interpretar legislações trabalhistas, analisar editais de concursos ou detalhar benefícios sociais, Carolina Ramos Farias reafirma sua missão de tornar a informação mais compreensível e relevante para o público.