Profissão pouco conhecida já paga mais de R$ 20 mil por mês e cresce no Brasil

Nem sempre as profissões mais conhecidas são as que garantem os maiores salários. Enquanto muitos ainda associam altos ganhos a cargos de diretoria ou áreas que exigem formação universitária, há carreiras pouco divulgadas que podem render verdadeiras fortunas mensais.

Uma delas chama atenção pelo alto risco, pelas condições de trabalho extremas e pelo salário que ultrapassa facilmente os R$ 20 mil por mês.

Trata-se do Técnico em Segurança do Trabalho Offshore, um profissional fundamental na indústria do petróleo e gás, especialmente em plataformas localizadas em alto-mar. Essa função, embora pouco popular entre os brasileiros, é uma das mais valorizadas do setor, tanto pela responsabilidade quanto pelo ambiente desafiador em que atua.

O que faz o Técnico em Segurança do Trabalho Offshore

O principal objetivo desse profissional é garantir a segurança dos trabalhadores embarcados em plataformas.

Ele atua diretamente na prevenção de acidentes, na inspeção de equipamentos e no cumprimento rigoroso das normas de segurança ocupacional (NRs).

Entre suas atividades diárias, estão:

  • Inspeções e auditorias internas (HSE): checar se os procedimentos de segurança e meio ambiente estão sendo seguidos corretamente.
  • Treinamento de equipes: ministrar palestras e simulações sobre riscos, combate a incêndios e uso de EPIs.
  • Análise de riscos: identificar possíveis falhas em equipamentos ou processos e propor soluções imediatas.
  • Planos de emergência: coordenar ações em caso de incidentes, como vazamentos, incêndios ou evacuações.
  • Comunicação técnica: elaborar relatórios e manter o diálogo constante com engenheiros e gestores de bordo.

Em resumo, o técnico offshore é o elo entre a segurança e a operação, garantindo que todos possam trabalhar com o menor risco possível.

Por que essa profissão paga tão bem

O salário elevado é resultado direto da complexidade e dos riscos do ambiente de trabalho. As plataformas offshore funcionam 24 horas por dia, em locais isolados, a quilômetros da costa. Isso exige profissionais extremamente capacitados, capazes de agir sob pressão e manter a calma em situações de emergência.

Além disso, o sistema de escala de trabalho também influencia o valor pago. O mais comum é o regime 14×14 ou 28×28, ou seja, o técnico passa duas ou quatro semanas embarcado e o mesmo período em casa.

Essa rotina intensa e o isolamento geográfico tornam a profissão menos atrativa para muitos, o que eleva a remuneração para quem aceita o desafio.

Segundo especialistas do setor, um técnico offshore pode começar ganhando entre R$ 10 mil e R$ 12 mil, mas com experiência, fluência em inglês e certificações adicionais, o valor pode ultrapassar facilmente os R$ 20 mil por mês.

Requisitos e certificações obrigatórias

Para atuar como técnico offshore, não basta apenas ter o curso técnico em Segurança do Trabalho. Existem certificações específicas que garantem a qualificação necessária para embarcar e operar com segurança em alto-mar.

Entre elas, as mais importantes são:

  • CBSP (Curso Básico de Segurança de Plataforma): obrigatório para qualquer trabalhador embarcado, cobre temas como abandono de plataforma, combate a incêndio e primeiros socorros.
  • HUET (Helicopter Underwater Escape Training): simula situações de queda de helicóptero no mar e ensina técnicas de sobrevivência e fuga subaquática.
  • NR-33 e NR-35: voltadas para trabalhos em espaços confinados e em altura, comuns nas operações offshore.

Ter experiência prévia em ambientes industriais de alto risco, como refinarias ou siderúrgicas, também é um diferencial que aumenta a empregabilidade e o salário.

Rotina e desafios do trabalho em alto-mar

A rotina de um técnico de segurança offshore é marcada pela disciplina e pelo foco constante em prevenção. A qualquer momento, uma falha mínima pode se transformar em um acidente grave, colocando vidas e milhões de reais em risco.

Por isso, o profissional precisa ter perfil técnico e emocional equilibrado. Durante o período embarcado, ele convive com colegas em espaços limitados, longe da família e em condições climáticas extremas. Em contrapartida, os períodos de folga são longos e permitem um excelente equilíbrio entre trabalho e descanso.

Além do salário, as empresas oferecem benefícios adicionais, como plano de saúde premium, alimentação, transporte aéreo e hospedagem completa durante o período embarcado.

Como ingressar nessa carreira

O caminho para se tornar um Técnico em Segurança do Trabalho Offshore começa com a formação técnica, que pode ser feita em instituições públicas ou privadas. O curso, de duração média de dois anos, inclui disciplinas como higiene ocupacional, gestão ambiental, ergonomia e legislação trabalhista.

Após a conclusão, o profissional precisa obter o registro profissional no Ministério do Trabalho e, em seguida, buscar as certificações específicas para o ambiente marítimo. Cursos como CBSP e HUET são oferecidos por centros especializados, principalmente em cidades com polos de petróleo, como Macaé (RJ), Santos (SP) e Aracaju (SE).

Com as qualificações em dia, o próximo passo é se candidatar a empresas do setor de petróleo, gás e energia, incluindo gigantes como Petrobras, Shell, Equinor e outras prestadoras de serviço offshore.

Outras carreiras que também pagam R$ 20 mil ou mais

O técnico offshore não é o único exemplo de profissão pouco conhecida com altos salários. Há outros caminhos, principalmente em nichos tecnológicos e estratégicos, que podem oferecer remunerações semelhantes.

1. Especialista em Inteligência Artificial (IA)
Com o avanço da automação e da análise de dados, a demanda por profissionais capazes de desenvolver algoritmos e sistemas inteligentes cresce rapidamente. No Brasil, um especialista sênior pode ganhar entre R$ 18 mil e R$ 25 mil, dependendo do porte da empresa.

2. Gestor de Tráfego Pago Avançado
Profissionais que dominam o marketing digital e gerenciam grandes orçamentos de anúncios online podem atingir faturamentos mensais superiores a R$ 20 mil, especialmente quando atuam como consultores independentes.

3. Geólogos e Geofísicos
Em cargos de liderança dentro de companhias de mineração ou petróleo, esses especialistas chegam a R$ 25 mil ou mais, conforme a experiência e o nível técnico exigido.

Ester Farias

Ester Farias

Ester Santos Farias, 24 anos, é uma profissional apaixonada pela escrita e pelo universo jurídico. Graduanda em Direito, ela combina sua formação acadêmica com uma sólida experiência como redatora web.Com mais de seis anos de atuação no mercado digital, Ester se especializou na produção de conteúdos sobre benefícios sociais, direitos trabalhistas e direito previdenciário, tornando temas como INSS e BPC mais acessíveis e compreensíveis. Sua dedicação à escrita se reflete na precisão e qualidade dos textos, consolidando sua reputação como referência na produção e revisão de materiais voltados para o público online.Sempre em busca de aprimoramento, Ester alia sua expertise em redação à base jurídica adquirida na graduação. Seu trabalho é guiado pelo compromisso de informar e esclarecer, garantindo que o acesso à informação seja um direito de todos.