Prazo para pedir devolução do INSS termina dia 14; mais de 1 milhão ainda não solicitaram o ressarcimento

Prazo para pedir devolução do INSS termina dia 14; mais de 1 milhão ainda não solicitaram o ressarcimento

Antes de mais nada, é importante destacar que o prazo para pedir a devolução dos descontos indevidos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) termina em 14 de novembro. Até o momento, mais de 1 milhão de aposentados e pensionistas ainda não solicitaram o ressarcimento.

Desde o início do programa, em 24 de julho, o INSS já devolveu R$ 2,4 bilhões a 3,5 milhões de beneficiários. Esses valores correspondem a descontos associativos irregulares, realizados entre março de 2020 e março de 2025.

A princípio, o governo criou o programa para devolver valores cobrados sem autorização em mensalidades de sindicatos e associações.

Quem pode aderir ao acordo de ressarcimento

Em primeiro lugar, o acordo está aberto a aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos em seus benefícios.

A saber, podem aderir ao acordo:

  • Quem contestou os descontos indevidos e não recebeu resposta dentro do prazo de 15 dias úteis;

  • Quem recebeu resposta irregular da entidade — como assinaturas falsificadas ou gravações de áudio genéricas;

  • Quem sofreu descontos entre março de 2020 e março de 2025;

  • Quem tem processo judicial, desde que ainda não tenha recebido os valores (neste caso, é necessário desistir da ação para aderir).

O INSS também informou que, em casos de ações individuais propostas antes de 23 de abril de 2025, o órgão pagará 5% de honorários advocatícios, o que reconhece o trabalho dos advogados que já haviam iniciado o processo.

Como fazer a adesão ao acordo

O processo de adesão é totalmente gratuito e pode ser realizado de duas formas: pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas agências dos Correios.

1. Contestar o desconto indevido

Antes de tudo, o beneficiário precisa registrar a contestação do desconto que considera irregular. Essa etapa pode ser feita:

  • Pelo aplicativo Meu INSS;

  • Pela Central 135;

  • Ou presencialmente em uma agência dos Correios.

2. Aguardar a resposta da entidade

Em seguida, é preciso aguardar o retorno da entidade responsável pelo desconto. O prazo é de até 15 dias úteis.

3. Sem resposta?

Caso a entidade não responda dentro do prazo, o sistema libera automaticamente a opção de aderir ao acordo.

4. Resposta irregular

Se o aposentado ou pensionista recebeu resposta irregular, como assinaturas falsificadas ou documentos incompletos, também poderá aderir à devolução.

5. Aderir ao acordo

Por fim, após a liberação, o beneficiário deve seguir o passo a passo:

Pelo aplicativo Meu INSS

  1. Acesse o app com CPF e senha do gov.br;

  2. Vá em “Consultar Pedidos” e depois em “Cumprir Exigência”;

  3. Role até o último comentário do pedido;

  4. Marque “Sim” em “Aceito receber”;

  5. Clique em enviar.

Vale reforçar: a adesão não pode ser feita pela Central 135, apenas pelo aplicativo ou nos Correios.

INSS
INSS. Imagem: Reprodução

Prazo para contestar e aderir

Antes de mais nada, é essencial entender que o prazo para contestar descontos indevidos termina em 14 de novembro de 2025.

Ou seja, após essa data, não será mais possível registrar novas contestações. Entretanto, quem já tiver feito a solicitação dentro do prazo ainda poderá aderir ao acordo posteriormente.

Portanto, quem acredita ter direito ao ressarcimento precisa agir agora.

Atenção: aumentam os golpes durante o prazo final

O INSS alertou que golpistas estão se aproveitando do prazo final para enganar aposentados e pensionistas.

Antes de mais nada, é importante reforçar que o INSS não envia links por e-mail, SMS ou WhatsApp, não cobra taxas e não solicita intermediários.

Toda a comunicação é feita pelos canais oficiais:

  • Aplicativo Meu INSS;

  • Site gov.br/inss;

  • Central 135;

  • Agências dos Correios.

Em caso de mensagens suspeitas, o cidadão deve ignorar e denunciar à Ouvidoria-Geral da Previdência.

Como começou a devolução dos valores

A devolução nasceu de uma grande investigação federal. A princípio, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriram um esquema nacional de descontos de mensalidades associativas não autorizadas, conhecido como Operação Sem Desconto.

Entre 2019 e 2024, o grupo envolvido teria descontado cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões sem consentimento dos beneficiários.

Diante disso, o governo federal suspendeu os descontos e lançou, em 24 de julho de 2025, o programa oficial de devolução dos valores cobrados irregularmente.

Como saber se você tem direito ao ressarcimento

Em primeiro lugar, o beneficiário deve verificar seu extrato de pagamento no aplicativo Meu INSS.

Basta seguir este passo a passo:

  1. Abra o app Meu INSS e entre com CPF e senha;

  2. Toque em “Extrato de Pagamento”;

  3. Veja se há mensalidades associativas que você não reconhece;

  4. Se encontrar, registre a contestação imediatamente.

Os valores variam conforme o tempo e o valor de cada desconto. Em alguns casos, os ressarcimentos chegam a R$ 2 mil por beneficiário.

Entenda a “Operação Sem Desconto”

A investigação revelou que centenas de entidades usaram autorizações forjadas e cadastros falsos para aplicar descontos mensais nos benefícios do INSS.

Ao cruzar dados e denúncias, a PF descobriu assinaturas digitalizadas falsificadas e gravações genéricas, apresentadas como supostas confirmações de adesão.

Como consequência, o Ministério da Previdência Social determinou a suspensão imediata dos descontos associativos e criou um sistema automatizado de devolução — o programa que está ativo até hoje.

Impacto do programa e próximos passos

De acordo com o INSS, o programa já representa o maior ressarcimento coletivo da história previdenciária brasileira. Até agora, R$ 2,4 bilhões foram devolvidos, beneficiando 3,5 milhões de pessoas.

Contudo, ainda há mais de 1 milhão de beneficiários pendentes. O objetivo do governo é zerar essa fila até o fim do ano, devolvendo integralmente os valores cobrados de forma irregular.

A saber, o pagamento do ressarcimento ocorre diretamente na mesma conta bancária usada para receber o benefício do INSS. Não é necessário abrir nova conta nem fornecer informações adicionais.

Em resumo

Antes de mais nada, o beneficiário deve verificar se sofreu descontos não autorizados. Em seguida, precisa contestar até 14 de novembro e aderir ao acordo no aplicativo Meu INSS ou nos Correios.

Por fim, vale reforçar: o ressarcimento é gratuito, seguro e oficial. Não há necessidade de intermediários nem pagamento de taxas.

Em conclusão, agir dentro do prazo é essencial para garantir o direito ao reembolso e proteger o próprio benefício.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.