Economia

Os erros que quase todo mundo comete nas redes sociais (e nem percebe)! Entenda como pequenos deslizes podem afetar sua imagem, segurança e até sua saúde mental

Os erros que quase todo mundo comete nas redes sociais (e nem percebe)

As redes sociais são como uma grande vitrine digital: todo mundo mostra o que quer, mas nem sempre pensa no que está por trás. É um lugar onde compartilhamos alegrias, conquistas, opiniões e, às vezes, até frustrações. Mas, nesse universo de curtidas e stories, muitos acabam cometendo erros sem perceber — e alguns deles podem custar caro.

De pequenos deslizes de etiqueta até falhas sérias de segurança, o comportamento online pode revelar mais sobre nós do que imaginamos. E o pior: certas atitudes podem afetar diretamente a saúde mental, o bem-estar e até as relações pessoais e profissionais.

A seguir, você vai descobrir os principais erros cometidos nas redes sociais, o que eles causam e, claro, como evitá-los antes que se tornem um problema.

Erros que comprometem sua privacidade

Se tem algo que muita gente ignora, é que as redes sociais não são tão privadas quanto parecem. Mesmo que seu perfil seja fechado, qualquer deslize pode expor dados sensíveis e colocar sua segurança em risco.

1. Compartilhar informações pessoais em excesso

Parece inofensivo postar uma foto no restaurante favorito ou compartilhar o destino das próximas férias, mas cada detalhe publicado ajuda a montar um quebra-cabeça sobre sua rotina.

Criminosos virtuais adoram essas pistas: localização, horários e até hábitos podem ser usados em golpes. Quando você publica a geolocalização, basicamente está dizendo “estou aqui e minha casa está vazia”.

2. Permitir o acesso de aplicativos desconhecidos

Muitos aplicativos pedem “acesso ao seu perfil” ou “autorização para conectar com o Facebook”. O problema é que, em alguns casos, eles continuam coletando informações mesmo depois da desinstalação.

Antes de permitir qualquer integração, leia as permissões com atenção — e desconfie de apps que pedem mais do que precisam.

3. Deixar o perfil totalmente público

Um erro comum é achar que um perfil aberto traz mais engajamento. Em alguns casos, sim. Mas isso também significa abrir as portas para curiosos, golpistas e bots.

Manter o perfil privado ou limitar quem pode ver suas publicações é uma forma simples e eficaz de proteger sua privacidade.

4. Usar senhas fracas e repetidas

“123456” e “senha123” continuam entre as combinações mais usadas no Brasil. E, claro, entre as primeiras descobertas em ataques.

Crie senhas fortes, com letras, números e símbolos — e nunca use a mesma em todas as plataformas. Um vazamento em uma rede pode comprometer todas as suas contas.

Erros que afetam a saúde mental

As redes sociais podem parecer um parque de diversões digital, mas o excesso de uso pode se transformar em uma armadilha emocional. Estudos mostram que passar muito tempo online afeta diretamente o humor, o sono e a autoestima.

1. Comparar-se constantemente com os outros

As redes mostram versões editadas da realidade. Aquela viagem perfeita, o corpo escultural ou o casamento de filme geralmente têm um filtro por trás.

Quando nos comparamos com esses recortes, criamos uma percepção distorcida da própria vida, o que pode gerar ansiedade, frustração e baixa autoestima.

2. Usar as redes em excesso

Passar horas rolando o feed causa uma sensação de “tempo perdido” e pode alterar até o funcionamento do cérebro.

O vício em notificações ativa o sistema de recompensa com a liberação de dopamina — o mesmo mecanismo que ocorre em vícios químicos, segundo estudos do McLean Hospital, ligado a Harvard.

3. Consumir conteúdo de forma passiva

Assistir stories e vídeos sem interagir cria uma falsa sensação de conexão. Na prática, esse comportamento está ligado ao aumento da solidão e da sensação de vazio.
Interagir, comentar e conversar ajuda o cérebro a perceber que existe troca real, não apenas observação.

4. Ignorar sinais de cyberbullying ou cyberstalking

Mesmo sem participar ativamente, ser alvo de perseguição online causa danos emocionais profundos.
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que jovens vítimas de cyberbullying têm maior risco de desenvolver depressão e ansiedade. Aprender a denunciar e bloquear é fundamental.

Erros de etiqueta e imagem pessoal

Nem tudo nas redes é sobre segurança e saúde mental. A forma como nos comunicamos também pode afetar a imagem pessoal e até a carreira. E aqui, muitos caem em armadilhas simples.

1. Entrar em brigas e discussões públicas

Sabe aquele debate que começa sobre política e termina em ofensa? Pois é. Mesmo que você “tenha razão”, a imagem que fica é de alguém intolerante.

Empresas e recrutadores observam comportamentos assim — e podem descartar candidatos por atitudes agressivas online.

2. Compartilhar fake news

Com a velocidade da internet, é fácil cair na armadilha das notícias falsas. Repassar informações sem checar a fonte afeta sua credibilidade e contribui para a desinformação.

Antes de compartilhar, verifique se o conteúdo vem de um site confiável ou de uma fonte oficial.

3. Expor problemas pessoais ou profissionais

Muita gente usa as redes como diário público. Mas desabafar sobre o chefe, colegas ou familiares pode gerar consequências sérias.

Além de constrangimentos, há casos de demissões por publicações consideradas inadequadas.

4. Não adaptar o conteúdo à plataforma

Cada rede tem uma linguagem. O que funciona no TikTok pode não funcionar no LinkedIn. Publicar o mesmo conteúdo em todas as plataformas mostra falta de estratégia e pode afastar seguidores.

5. Ser inconsistente nas postagens

Sumir por meses e depois publicar tudo de uma vez confunde o público e o algoritmo. Manter uma frequência equilibrada ajuda a construir uma presença sólida e confiável.

Como evitar esses erros no dia a dia

Não é preciso abandonar as redes sociais para ter uma relação saudável com elas. O segredo está no equilíbrio e na consciência do que se compartilha.

1. Defina limites de tempo

Use as ferramentas disponíveis nos próprios aplicativos para controlar o tempo de uso.

Estudos da Yale Medicine mostram que reduzir o tempo online para menos de 2 horas diárias melhora o bem-estar e reduz a ansiedade.

2. Faça um “detox digital” regularmente

Desconectar-se por um fim de semana pode parecer difícil, mas é libertador. Essa pausa permite redescobrir prazeres simples, como ler, cozinhar ou conversar sem olhar o celular a cada cinco minutos.

3. Filtre o conteúdo que consome

Seguir perfis que inspiram, informam e agregam valor muda totalmente a experiência digital.
Evite páginas que provocam comparações, ódio ou fake news. O algoritmo vai se adaptar às suas escolhas.

4. Revise suas configurações de privacidade

Reserve alguns minutos, uma vez por mês, para revisar quem pode ver suas postagens e quais aplicativos estão conectados ao seu perfil.

Essa simples prática evita vazamentos de dados e reduz riscos de invasão.

O que dizem os estudos científicos sobre o uso das redes

A relação entre redes sociais e saúde mental já é tema de pesquisas em todo o mundo. Universidades e instituições renomadas vêm alertando para os efeitos do uso descontrolado.

Yale Medicine (2024)

Um estudo mostrou que adolescentes que passam mais de três horas diárias nas redes têm o dobro de risco de desenvolver sintomas de depressão e ansiedade.

Johns Hopkins Medicine (2023)

Pesquisas indicam que o uso frequente de redes sociais altera áreas cerebrais ligadas às emoções e ao aprendizado, especialmente em jovens.

Organização Mundial da Saúde (2024)

A OMS alerta que o uso problemático das redes reduz o bem-estar e está ligado ao aumento do consumo de álcool e drogas entre adolescentes.

Stanford Law School (2024)

Um levantamento destacou a relação direta entre tempo de tela e aumento da solidão, tristeza e pensamentos suicidas.

McLean Hospital (2025)

A instituição ligada à Harvard reforça que o vício em redes sociais ativa o mesmo mecanismo cerebral de vícios químicos, explicando a dificuldade de “largar o celular”.

SciELO e ResearchGate (2025)

Pesquisas recentes mostram que a exposição constante a “corpos perfeitos” nas redes gera insatisfação corporal e distorção da autoimagem, principalmente entre mulheres jovens.

Pew Research Center e HelpGuide.org

Ambas as entidades apontam que o uso intenso das redes prejudica o sono, a memória e até o desempenho acadêmico. Além disso, aumenta os sentimentos de culpa e isolamento.

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos, 29 anos, é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, descobriu sua verdadeira vocação na escrita e na criação de conteúdo digital. Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol. Sua busca por precisão e relevância fez dele uma referência nesses segmentos, ajudando milhares de leitores a se manterem informados e atualizados.… Mais »
Botão Voltar ao topo