O responsável pela área de segurança do Pix no Banco Central, Luis Otávio Vissotto, disse que a nova versão do sistema especial de devolução, chamada de MED 2.0, só deve estar pronta entre o final de 2025 e o começo de 2026.
Ele falou isso no lançamento da segunda etapa da campanha “Tem cara de golpe”, feita pelo BC junto com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).
Segundo o cronograma estimado por Vissotto, no mês que vem deve começar a fase de desenvolvimento, que vai durar de oito a doze meses, depois vêm os testes de aprovação (dois a três meses), seguidos da produção controlada (um a dois meses) e, por último, o lançamento para todos os usuários.
O MED 2.0 vai ampliar o alcance do mecanismo, com mais chances de recuperar dinheiro. Será possível seguir o caminho do dinheiro e bloquear saldos nas contas por onde passou.
Além disso, em 1º de novembro deste ano, novas regras de segurança do Pix entram em vigor. Entre as mudanças, os bancos poderão excluir uma chave Pix sem a permissão do cliente, se houver suspeita de fraude.
As novas regras também limitam as transferências feitas por celulares ou computadores não registrados. Se o aparelho nunca fez uma transação via Pix, as transferências serão limitadas a R$ 200.
Vissotto informou que os bancos terão que usar dados do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).
Ele disse que esse sistema virou um verdadeiro banco de dados de segurança, mas nem todos os bancos estavam usando as informações disponíveis.
“O fraudador vai onde o dinheiro está e infelizmente hoje o Pix é alvo de muitos golpes”, comentou, destacando que o BC tem sete níveis de segurança e está sempre buscando melhorias.
“Temos um grupo estratégico de segurança que reúne os maiores especialistas do mercado e estamos sempre discutindo problemas e soluções. O fraudador está sempre pensando em novas formas, então também tentamos pensar ‘fora da caixinha’, propor novos aprimoramentos regulatórios.”
O que é o Pix?
O Pix é um meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil. Ele permite a transferência de dinheiro entre contas de diferentes instituições financeiras em questão de segundos, a qualquer hora do dia, inclusive finais de semana e feriados.
Essa agilidade e conveniência fazem do Pix uma alternativa cada vez mais adotada pelos brasileiros para realizar transações financeiras do dia a dia.
Além de transferir e receber valores, o Pix também pode ser utilizado para efetuar pagamentos, tanto de contas pessoais (como luz, telefone, impostos) quanto de compras em estabelecimentos comerciais.
Essa versatilidade torna o Pix uma ferramenta essencial para a vida financeira de pessoas físicas e jurídicas.
Como funciona o Pix?
O Pix está integrado aos aplicativos bancários e de instituições de pagamento, como fintechs. Para utilizá-lo, basta acessar a função “Pix” dentro do seu aplicativo e seguir alguns passos simples:
- Cadastre sua “Chave Pix”: Essa chave é o “endereço” da sua conta, podendo ser seu CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone ou uma chave aleatória gerada pelo sistema;
- Selecione a opção “Transferir com Pix” ou “Pagar com Pix”;
- Informe a chave Pix do destinatário e o valor a ser transferido ou pago;
- Confirme os dados e autorize a transação com sua senha.
O dinheiro será transferido ou o pagamento será realizado em questão de segundos, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Além do aplicativo, o Pix também pode ser acessado por outros canais, como internet banking, agências bancárias, caixas eletrônicos e correspondentes bancários. Essa diversidade de opções facilita o acesso e a adoção do Pix por parte dos usuários.
