A princípio, o governo federal lançou a Nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que passa a unificar o sistema de identificação de todos os brasileiros. O país adota agora o CPF como número único, deixando para trás o antigo modelo com diferentes numerações de RG por estado. A mudança já acontece em todo o território nacional e promete mais segurança, padronização e facilidade no acesso a serviços públicos.
Antes de mais nada, o cidadão deve entender que a troca não é obrigatória no momento. O antigo RG continua válido até 28 de fevereiro de 2032, conforme determina o Decreto nº 10.977/2022. Ou seja, você pode se organizar com calma, mas especialistas recomendam não deixar para a última hora, já que a demanda tende a crescer à medida que o prazo se aproxima.
Por que o Brasil adotou o CPF como número único
O governo decidiu padronizar a identificação civil porque o Brasil convivia com mais de 27 modelos de RG diferentes. Essa fragmentação dificultava o cruzamento de dados, aumentava o risco de fraudes e criava falhas no atendimento público.
A saber, com o CPF como identificador único, o Estado passa a:
cruzar informações com mais precisão;
evitar duplicidade de cadastros;
facilitar a comprovação de identidade;
ampliar a segurança na emissão de documentos;
simplificar cadastros em bancos, escolas, hospitais e programas sociais.
Ou seja, o cidadão ganha maior proteção e o governo, mais eficiência.
Como funciona a Nova Carteira de Identidade Nacional
Em primeiro lugar, a CIN chega com padrões tecnológicos que se aproximam dos documentos mais modernos do mundo. O novo RG traz:
QR Code, que permite verificar a autenticidade em segundos;
Zona MRZ, a mesma usada em passaportes internacionais;
Formato físico em papel de segurança ou cartão de policarbonato;
Versão digital disponível automaticamente no aplicativo gov.br;
Dados padronizados, que garantem validade nacional imediata.
Com essas características, a CIN também pode funcionar como documento de viagem nos países do Mercosul. Por fim, vale reforçar: fora do bloco, ela não substitui o passaporte.

Até quando posso usar o RG antigo
O governo mantém o RG tradicional válido até 2032. Em conclusão, você ainda tem muito tempo para fazer a troca, mas a recomendação é não esperar a reta final. Quem precisa atualizar informações pessoais — como nome, estado civil ou dados de filiação — deve aproveitar para emitir o novo documento quanto antes.
Como emitir a Nova Carteira de Identidade Nacional (CIN)
A saber, todos os estados já participam da emissão. O processo é simples, mas segue regras próprias de cada unidade da federação. Apesar disso, o passo a passo permanece praticamente igual em todo o Brasil.
1. Agende o atendimento
Você deve entrar no site oficial de agendamento do seu estado. Veja alguns exemplos:
SP: Poupatempo
BA: ba.gov.br
ES: agenda.es.gov.br
RJ: Detran-RJ
DF: Gov.br/identificação
MG: Polícia Civil
RS: Instituto-Geral de Perícias
A lista completa inclui todos os 26 estados e o Distrito Federal. Antes de mais nada, prepare sua conta gov.br, pois vários estados exigem login para agendar.
2. Separe a documentação necessária
No dia do atendimento, você deve apresentar:
CPF atualizado
Certidão de nascimento ou casamento (original ou autenticada)
Comprovante de residência (dependendo do estado)
O cidadão também pode incluir dados adicionais, como:
Título de Eleitor
CNH
Certificado Militar
Tipo sanguíneo (com laudo)
Ou seja, quem desejar centralizar mais informações deve levar todos os documentos originais.
3. Compareça ao atendimento presencial
No posto de identificação, os servidores realizam:
conferência dos documentos;
coleta de biometria;
captura de foto;
assinatura digital;
atualização cadastral.
Por fim, você receberá o prazo estimado para retirar o documento ou acompanhará eletronicamente o andamento.
4. Retire o documento e acesse a versão digital
Depois da emissão, você realiza a retirada da CIN física no local indicado. Além disso, a versão digital ficará disponível automaticamente no aplicativo gov.br. Ou seja, você pode usar a identidade no celular, mesmo sem internet, desde que tenha baixado antes.
Quanto custa emitir o novo documento
A primeira via da CIN permanece gratuita em todo o Brasil, conforme determina a Lei nº 7.116/1983. Em contrapartida, a segunda via tem valor variável, dependendo do estado — na maioria dos casos, as taxas ficam entre R$ 30 e R$ 80.
O cartão de policarbonato também tem custo específico, pois não faz parte da gratuidade obrigatória.
Antes de mais nada, consulte o site oficial do seu estado para confirmar valores atualizados.
Formatos disponíveis e tecnologia aplicada
Você pode escolher entre dois modelos:
Papel de segurança (gratuito)
Cartão de policarbonato (pago)
O cartão é mais resistente, tem maior durabilidade e traz uma camada extra de segurança. Além disso, a zona MRZ permite leitura rápida em aeroportos e fronteiras, o que agiliza processos de identificação.
Validade da CIN por faixa etária
O novo documento estabelece prazos diferentes conforme a idade do titular:
0 a 12 anos incompletos: validade de 5 anos
12 a 60 anos incompletos: validade de 10 anos
Acima de 60 anos: validade indeterminada
Ou seja, quanto maior a idade, maior o prazo de validade — o que evita a necessidade de renovações constantes.
Quem deve trocar o documento agora
Embora ninguém seja obrigado a trocar imediatamente, alguns grupos podem se beneficiar da atualização antecipada:
pessoas que viajam ao Mercosul;
quem perdeu o RG ou foi vítima de furto;
quem precisa unificar documentos;
quem tem dados desatualizados;
candidatos de concursos, provas ou processos seletivos.
Por fim, antecipar a troca reduz o risco de enfrentar longas filas perto de 2032.
