O Pix, o sistema de pagamentos instantâneos introduzido pelo Banco Central do Brasil em 2020, tem se tornado cada vez mais popular entre os brasileiros.
No entanto, com o aumento da adoção, também surgiram preocupações em relação à segurança dos usuários, especialmente aqueles que realizam transações via dispositivos móveis.
Para enfrentar esses desafios, o Banco Central anunciou uma série de mudanças na modalidade do Pix, com o objetivo de proteger os cidadãos e combater fraudes.
O que é o Pix?
O Pix é um sistema de pagamentos eletrônicos lançado pelo Banco Central do Brasil em 2020. Ele permite a transferência de dinheiro entre contas bancárias de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem a necessidade de informar dados bancários completos.
Ao invés disso, o Pix utiliza “chaves” de identificação, como número de celular, e-mail, CPF/CNPJ ou uma sequência alfanumérica, para direcionar o dinheiro diretamente para a conta do beneficiário.
Dessa forma, as transações são processadas em poucos segundos, revolucionando a experiência dos usuários em comparação com métodos tradicionais como TED e DOC.
Além da agilidade, o Pix também se destaca por ser gratuito para pessoas físicas. As instituições financeiras podem, no entanto, cobrar tarifas de pessoas jurídicas pela utilização deste serviço.
Para utilizar o Pix, é necessário ter uma conta em um banco, instituição de pagamentos ou carteira digital que ofereça este meio de pagamento.
O primeiro passo é cadastrar uma ou mais “chaves PIX” nesta conta, que servirão como identificadores para receber e enviar transferências.
Depois disso, basta acessar o aplicativo ou internet banking da sua instituição financeira, selecionar a opção “Pagar” ou “Transferir” e informar a chave Pix do beneficiário, o valor a ser transferido e, opcionalmente, uma descrição da transação. Tudo isso é concluído em poucos segundos, com a confirmação do recebimento imediata.
Outra forma prática de utilizar o Pix é por meio de QR Codes. Neste caso, o beneficiário gera um código QR que contém as informações necessárias para receber o pagamento. O pagador então basta apontar a câmera do celular para este código e confirmar a transação.
As chaves Pix podem ser de cinco tipos diferentes: CPF/CNPJ, número de celular, e-mail ou uma sequência aleatória de letras e números. Cada pessoa física pode cadastrar até 5 chaves, enquanto pessoas jurídicas podem ter até 20.
Mudanças no Pix a partir de novembro
A partir de 1º de novembro de 2024, o Banco Central implementará uma série de alterações no sistema Pix, com foco na segurança dos usuários que realizam transações por meio de smartphones e computadores.
Neste sentido, entenda as mudanças a seguir:
Limitação de valores e dispositivos desconhecidos
Uma das principais mudanças é a imposição de limites para as transações realizadas por meio de dispositivos desconhecidos.
Caso o acesso ao Pix seja feito por smartphones, tablets ou computadores que não estejam cadastrados na instituição financeira do usuário, o valor máximo da transferência será restrito a R$ 200.
Essa medida visa coibir fraudes e golpes, uma vez que os criminosos geralmente utilizam dispositivos não registrados para tentar enganar as vítimas.
Além disso, os clientes que mudarem de aparelho celular também ficarão sujeitos a essa limitação, com um teto diário de R$ 1.000 para as transações.
Utilização de chaves aleatórias
Outra recomendação importante do Banco Central é a adoção de chaves Pix aleatórias, em vez de utilizar o número do celular ou o número do CPF como identificador.
As chaves aleatórias oferecem um nível adicional de proteção, dificultando a ação de criminosos que buscam obter informações pessoais dos usuários.
Essa prática ajuda a prevenir golpes comuns, como a solicitação de estornos de transações fraudulentas.
Ao utilizar uma chave aleatória, o cliente fica menos exposto a esse tipo de tentativa de fraude, reforçando a segurança de suas operações Pix.
Autenticação em duas etapas
Para complementar as medidas de segurança, o Banco Central também recomenda que os usuários ativem a autenticação em duas etapas em suas contas.
Essa funcionalidade adiciona uma camada extra de proteção, exigindo a confirmação da identidade do usuário por meio de um código enviado por SMS, e-mail ou aplicativo de autenticação.
A autenticação em duas etapas dificulta o acesso não autorizado à conta, dificultando a ação de criminosos que tentam se passar por legítimos titulares.
Essa é uma prática essencial para garantir a segurança das transações Pix, especialmente em cenários de maior risco, como a utilização de dispositivos desconhecidos.