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Justiça exige mudanças surpreendentes de Coca-Cola e Pepsi

Saulo Moreira Por Saulo Moreira
05/08/2025
em Economia
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Justiça exige mudanças surpreendentes de Coca-Cola e Pepsi

Foto: Coca-Cola e Pepsi estão obrigadas a usar ao menos 30% de plástico reciclado nas garrafas na Índia. Medida visa reduzir a poluição.

Desde abril de 2025, duas das maiores empresas de bebidas do planeta, Coca-Cola e Pepsi, enfrentam uma mudança significativa na forma como produzem suas embalagens na Índia. O governo do país asiático passou a exigir que todas as garrafas plásticas contenham ao menos 30% de plástico reciclado. A medida, parte de uma nova política ambiental mais rígida, foi aprovada como forma de combater a crise do lixo plástico, promovendo também a chamada economia circular.

Apesar de ser uma exigência localizada, o impacto é global. Especialistas apontam que, como Índia é um dos maiores mercados consumidores do mundo, as adaptações feitas por essas multinacionais podem se tornar padrões internacionais nos próximos anos. A regra pode, inclusive, influenciar decisões futuras em países como o Brasil, onde garrafas PET dominam as prateleiras e práticas sustentáveis começam a ser mais cobradas por consumidores e autoridades.

A nova lei que desafia gigantes

A legislação indiana determina que todas as embalagens plásticas para bebidas vendidas no país devem conter, obrigatoriamente, pelo menos 30% de plástico reciclado a partir de abril de 2025. A regra vale para garrafas PET, que representam cerca de 70% do mercado de bebidas no país.

O plano do governo é ainda mais ambicioso: até o ano fiscal de 2028-2029, esse índice deverá dobrar, chegando a 60% de material reciclado em todas as embalagens. A medida busca reduzir a dependência do plástico virgem e diminuir o impacto ambiental do descarte irregular, uma das grandes fontes de poluição no país.

Contudo, a estrutura para viabilizar a regra ainda é insuficiente. Atualmente, a Índia conta com apenas cinco usinas certificadas capazes de reciclar plástico com qualidade alimentar, ou seja, adequado para embalar bebidas e alimentos. Juntas, essas unidades atendem somente 15% da demanda nacional.

Empresas cogitam recorrer à Justiça

Diante dos desafios logísticos, operacionais e econômicos, empresas do setor já demonstram preocupação com a viabilidade de cumprir as metas. Fontes ligadas à indústria de bebidas relataram à imprensa local que algumas companhias avaliam entrar com ações judiciais para tentar suspender ou postergar a obrigatoriedade.

O argumento central é que não há infraestrutura suficiente para atender ao volume exigido e que isso poderia afetar a segurança alimentar e a estabilidade da cadeia de suprimentos. A Coca-Cola e a Pepsi, embora tenham assumido compromissos ambientais em escala global, estão sob forte pressão para ajustar suas operações em ritmo acelerado.

Custos podem subir até 30%

A adoção de plástico reciclado em escala industrial não é barata. O custo de produção pode subir até 30%, segundo estimativas do setor, o que provavelmente será repassado ao consumidor final. O aumento pode afetar não apenas o preço das bebidas, mas também desencadear ajustes logísticos, reformulação de rótulos e mudanças no design das embalagens.

Ainda assim, ambientalistas consideram a mudança essencial. A Índia é um dos países que mais contribui para a poluição plástica nos oceanos, segundo dados do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Por isso, medidas rígidas como essa são vistas como urgentes e necessárias.

O que muda para o consumidor

A curto prazo, consumidores indianos podem começar a notar diferenças nas garrafas, como mudanças de cor, textura ou rigidez, comuns quando se utiliza material reciclado. Além disso, há expectativa de aumento gradual nos preços, especialmente de produtos importados ou distribuídos por grandes marcas.

Apesar disso, especialistas acreditam que a medida pode gerar benefícios duradouros, como a criação de novos empregos na cadeia de reciclagem, estímulo à inovação sustentável e fortalecimento da economia circular no país.

E o Brasil? Regras similares podem chegar aqui?

Embora o Brasil ainda não tenha imposto uma regra parecida, o país vem aumentando o cerco ao uso de plásticos descartáveis e ampliando incentivos à reciclagem. Grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba já têm legislações que restringem o uso de certos tipos de embalagens plásticas em eventos e estabelecimentos comerciais.

Além disso, a pressão dos consumidores por marcas mais sustentáveis está crescendo. Dados de uma pesquisa realizada em 2025 pela Associação Brasileira de Embalagens (ABRE) mostram que 72% dos brasileiros preferem produtos com embalagens sustentáveis, mesmo que isso signifique pagar um pouco mais.

Nesse contexto, decisões como a da Índia podem servir como modelo ou inspiração para ações semelhantes no Brasil, especialmente considerando que Coca-Cola e Pepsi também têm forte presença no mercado brasileiro e costumam seguir padrões globais em suas cadeias de produção.

O papel das marcas: discurso versus prática

Tanto Coca-Cola quanto PepsiCo já divulgaram metas ambiciosas em relação à sustentabilidade. A Coca-Cola, por exemplo, anunciou o compromisso de coletar e reciclar uma garrafa ou lata para cada unidade vendida até 2030. Já a PepsiCo promete que 100% de suas embalagens sejam recicláveis, compostáveis ou biodegradáveis até 2025.

Contudo, ativistas ambientais criticam a lentidão e a falta de transparência no cumprimento dessas promessas. Em diversos relatórios internacionais, Coca-Cola e Pepsi ainda aparecem entre as principais geradoras de lixo plástico do mundo. A nova legislação indiana pode funcionar como um teste de realidade, obrigando as empresas a acelerar a transformação de seus modelos produtivos.

Por que isso importa (e muito)

A discussão vai além do plástico. O que está em jogo é o futuro da produção e do consumo de bens embalados. Quando uma legislação exige mudanças de gigantes como Coca-Cola e Pepsi, isso tende a desencadear efeitos em cadeia, influenciando fornecedores, revendedores, recicladores e consumidores.

Além disso, a medida reforça a ideia de que governos podem (e devem) agir de forma mais firme para enfrentar a crise ambiental global. A era da autorregulação parece ter prazo de validade, e a regulamentação pode ser a chave para acelerar transformações reais no setor privado.

O começo de uma nova era?

A exigência imposta pela Índia pode marcar o início de uma nova era nas embalagens plásticas, em que o uso de materiais reciclados deixa de ser uma opção e passa a ser uma obrigação legal. Apesar dos desafios operacionais e econômicos, a medida é um passo necessário diante da urgência climática e do excesso de resíduos no planeta.

Coca-Cola e Pepsi, líderes globais do setor de bebidas, estão agora sob os holofotes. E o mundo inteiro — incluindo o Brasil — estará observando como essas gigantes irão responder ao desafio de mudar para melhor.

Tags: Coca-Colaconsumo conscienteeconomia circularembalagens sustentáveisempresas e meio ambientegarrafas PETimpacto ambientaljustiça ambientallegislação ambiental.nova regra na ÍndiaPepsiplástico recicladopreço das bebidasreciclagem de plásticosustentabilidade
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