O Programa de Reinserção Laboral do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) proporciona uma chance valiosa para segurados com incapacidade total ou parcial de se prepararem para novas ocupações e voltarem à ativa no mercado de trabalho.
Por meio de um sistema organizado com cursos técnicos, treinamentos práticos e, quando necessário, fornecimento de próteses ou órteses, o programa busca reintegrar os segurados à vida social e profissional.
Quem pode participar da Reinserção Laboral do INSS?
O Programa de Reinserção Laboral é voltado principalmente para segurados que recebem o benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).
Essas pessoas, embora incapazes de exercer sua função anterior, têm potencial para retornar ao trabalho em uma nova atividade.
O programa também pode atender dependentes de segurados, pessoas com deficiência e aposentados por invalidez, desde que cumpram os requisitos legais.
O processo de reinserção geralmente começa com a indicação da perícia médica do INSS ou, em alguns casos, por ordem judicial.
Como funciona o processo de reinserção?
O processo inicia após o encaminhamento do segurado pelo INSS. A partir desse momento, ele é acompanhado por uma equipe multidisciplinar de especialistas, incluindo médicos, assistentes sociais e pedagogos.
Durante o processo de reabilitação, o beneficiário continua recebendo seu auxílio e, ao finalizar o programa, obtém um Certificado de Reabilitação Profissional, permitindo sua entrada no mercado de trabalho.
As etapas principais do programa englobam:
- Avaliação inicial: o beneficiário passa por uma análise de suas condições físicas, mentais e sociais para determinar a nova função que poderá exercer;
- Seleção do curso ou treinamento: baseado em habilidades anteriores, nível educacional e demandas do mercado;
- Acompanhamento e apoio: durante o processo, o beneficiário recebe orientação de profissionais qualificados e, se necessário, próteses ou órteses para facilitar seu retorno ao trabalho;
- Capacitação: cursos e Aumento de Escolaridade
Muitos dos beneficiários que ingressam no programa enfrentam o obstáculo do baixo nível educacional.
Para superar esse desafio, o INSS proporciona a chance de elevar o nível educacional e oferece cursos profissionalizantes, sempre alinhados com as aptidões e o perfil do beneficiário.
Esses cursos são disponibilizados através de parcerias com instituições como Senac e Sest/Senat, além de acordos com outras entidades educacionais.
As formações podem abranger áreas técnicas, como segurança do trabalho, administração, mecânica, entre outras, com alta procura no mercado.
Além dos cursos teóricos, o programa oferece treinamento prático, onde os beneficiários têm a oportunidade de aplicar sua nova profissão em ambientes reais de trabalho.
Em diversos casos, os beneficiários que se destacam nos treinamentos são contratados, beneficiando-se da Lei de Cotas, que obriga empresas de determinado porte a reservarem vagas para pessoas com deficiência ou reabilitadas.
Para aqueles que precisam de recursos auxiliares de locomoção, como próteses ou órteses, o INSS também fornece esses dispositivos. A recomendação é feita pela perícia médica, visando garantir que o beneficiário tenha as condições adequadas para retornar ao trabalho.
Ao concluir o programa, o participante recebe um Certificado de Reabilitação Profissional, documento que o qualifica para buscar oportunidades de emprego através da Lei de Cotas.
É crucial destacar que o programa é compulsório para segurados encaminhados pela perícia médica ou por ordem judicial. A recusa em participar pode resultar na suspensão do benefício por incapacidade.
Além de abrir caminhos para uma nova carreira, o programa oferece apoio essencial para que o segurado recupere sua independência e dignidade profissional.
