Imposto de Renda 2025: veja a lista das 16 doenças graves que garantem isenção e como solicitar o benefício
Confira quais são as 16 doenças graves que dão direito à isenção do Imposto de Renda em 2025, quem pode solicitar, limite de rendimentos e como pedir o benefício pelo INSS.
Com a chegada do prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda, milhões de brasileiros precisam revisar as regras atualizadas pela Receita Federal. Entre elas, está a possibilidade de isenção para contribuintes diagnosticados com doenças graves.
Essa medida é especialmente relevante para aposentados, pensionistas e pessoas reformadas por invalidez que convivem com condições de saúde debilitantes. A isenção pode significar uma economia significativa ao longo do ano, desde que o contribuinte atenda aos critérios exigidos.
O que mudou na regra de isenção
Em 2025, o governo federal implementou um limite de valor para aposentados do INSS com doenças graves. Agora, rendimentos previdenciários de até R$ 20 mil mensais estão livres da cobrança do Imposto de Renda. Valores que ultrapassam esse teto passam a ser tributados normalmente sobre a diferença.
Essa alteração foi criada como uma forma de equilibrar as contas públicas, mas sem retirar totalmente o direito de quem depende do benefício. Importante destacar que a isenção não se estende a todos os rendimentos: salários, aluguéis, aplicações financeiras e demais fontes continuam sujeitos à tributação.
Quais doenças garantem a isenção do Imposto de Renda?
A legislação brasileira prevê uma lista específica de doenças que permitem a isenção. São 16 condições médicas consideradas graves, incapacitantes ou com alto custo de tratamento. Confira a relação oficial:
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AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
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Alienação mental
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Cardiopatia grave
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Cegueira (em qualquer grau)
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Contaminação por radiação
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Doença de Paget em estado avançado (osteíte deformante)
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Doença de Parkinson
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Esclerose múltipla
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Espondiloartrose anquilosante
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Fibrose cística (mucoviscidose)
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Hanseníase
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Nefropatia grave (doenças renais crônicas graves)
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Hepatopatia grave (doenças graves no fígado)
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Neoplasia maligna (câncer em geral)
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Paralisia irreversível e incapacitante
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Tuberculose ativa
Essa lista é taxativa, ou seja, apenas as doenças mencionadas dão direito à isenção. Condições médicas não listadas ficam de fora, mesmo que exijam tratamentos complexos e caros.
Quem tem direito à isenção
A isenção é válida apenas para rendimentos de aposentadoria, reforma ou pensão, incluindo aqueles pagos por entidades privadas de previdência complementar. Isso significa que:
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Aposentados do INSS diagnosticados com doenças graves podem solicitar a isenção.
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Pensionistas, desde que recebam o benefício por falecimento de segurado, também podem ter direito.
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Militares reformados em razão de invalidez ou doença prevista na lista são contemplados.
Por outro lado, contribuintes em atividade profissional, que ainda recebem salário ou pró-labore, não têm direito à isenção sobre esses rendimentos, mesmo se diagnosticados com alguma das doenças listadas.
Como solicitar a isenção do Imposto de Renda por doença grave
O processo para obter a isenção é relativamente simples e gratuito. Todo o trâmite pode ser feito pela internet, pelo site ou aplicativo Meu INSS. Veja o passo a passo:
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Acesse o portal ou app Meu INSS.
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Faça login com sua conta Gov.br.
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Clique em “Novo Pedido”.
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Na busca, digite “Isenção de Imposto de Renda”.
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Selecione o serviço e anexe os documentos solicitados.
É necessário apresentar:
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Laudo médico oficial emitido por serviço médico de instituição pública federal, estadual ou municipal.
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Documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de endereço).
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Documentos do benefício (carta de concessão da aposentadoria ou pensão).
Após o envio, o INSS poderá convocar o contribuinte para uma perícia médica presencial. Caso isso ocorra, o segurado deve comparecer no local e horário indicados, levando todos os documentos originais.
Acompanhamento do pedido
Depois de protocolar a solicitação, o contribuinte pode acompanhar o andamento pelo próprio Meu INSS, na aba “Consultar Pedidos”.
Se aprovado, o benefício de isenção passa a valer imediatamente. Importante lembrar que a Receita Federal pode solicitar informações adicionais na hora de analisar a declaração de Imposto de Renda, por isso é fundamental manter os laudos e comprovantes sempre atualizados.
Dúvidas comuns sobre a isenção
1. Preciso renovar o pedido todos os anos?
Não. Uma vez concedida, a isenção é definitiva. Porém, em alguns casos, o INSS pode convocar para reavaliação.
2. Posso ter restituição de valores pagos em anos anteriores?
Sim. Se a doença foi diagnosticada em data anterior, é possível solicitar a restituição dos valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos.
3. Posso deduzir despesas médicas mesmo sendo isento?
Sim. As deduções médicas continuam valendo, o que pode aumentar o valor da restituição em alguns casos.
Organização é essencial
Embora o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2025 já tenha terminado, é recomendável que contribuintes que se enquadram na regra de isenção reúnam desde já a documentação necessária para o próximo ano. Isso evita transtornos e atrasos na hora da prestação de contas à Receita Federal.
Além disso, quem já possui o laudo médico emitido deve mantê-lo arquivado em local seguro, pois ele será indispensável em futuras conferências.
Importância da isenção para aposentados
O benefício é uma forma de aliviar a carga financeira de aposentados que enfrentam doenças graves. Os gastos com medicamentos, tratamentos e consultas médicas costumam ser altos, e a isenção do Imposto de Renda funciona como um reforço de renda indireto.
Para alguns beneficiários, a economia mensal pode chegar a milhares de reais, dependendo do valor da aposentadoria ou pensão recebida.
Considerações finais
A lista de 16 doenças graves que dão direito à isenção do Imposto de Renda é uma ferramenta importante de justiça social. Ela garante que aposentados, pensionistas e reformados diagnosticados com condições de saúde debilitantes não sejam sobrecarregados com tributos sobre sua renda previdenciária.
Com as novas regras e o limite de R$ 20 mil mensais, o governo busca equilibrar as contas públicas sem retirar completamente o benefício. Para os contribuintes, o mais importante é conhecer seus direitos, manter a documentação em dia e solicitar a isenção corretamente pelo INSS.
Assim, é possível reduzir gastos e garantir maior tranquilidade financeira diante de uma situação de saúde já delicada.