Imposto de Renda 2025: Receita Federal antecipa pagamentos, acaba com o 5º lote e confirma que todos os contribuintes que tinham direito já receberam a restituição; veja calendário atualizado, como consultar online e o que fazer se caiu na malha fina

A Receita Federal anunciou nesta terça-feira (2) uma mudança importante no cronograma de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025, ano-base 2024. Segundo o órgão, o calendário, que inicialmente previa cinco lotes de pagamentos até setembro, foi encerrado de forma antecipada, com a quitação completa já em agosto.

Com isso, todos os contribuintes que entregaram a declaração no prazo e estavam aptos a receber a restituição já foram contemplados até o 4º lote, pago no dia 29 de agosto.

A medida surpreendeu muitos contribuintes, já que o último lote, previsto para 30 de setembro, não será mais necessário.

Antecipação dos lotes de restituição

Tradicionalmente, a Receita Federal organiza os pagamentos de restituições em cinco etapas, distribuídas de maio a setembro. Porém, em 2025, o processo foi acelerado.

Segundo a Receita, a agilidade no cruzamento de dados e no processamento das informações enviadas pelos contribuintes permitiu que os valores fossem liberados antes do prazo final.

Cronograma atualizado das restituições do IR 2025:

• 1º lote: 30 de maio

• 2º lote: 30 de junho

• 3º lote: 31 de julho

• 4º lote: 29 de agosto

• 5º lote: (cancelado, não houve necessidade)

Ou seja, quem tinha direito já recebeu até agosto.

Valores já pagos em 2025

Até o momento, a Receita Federal confirmou a devolução de R$ 36,9 bilhões em restituições, beneficiando 22,67 milhões de declarações.

Esse montante é significativo e reforça a importância da restituição como uma injeção de recursos na economia brasileira, especialmente em um período de inflação controlada e taxas de juros ainda altas.

Como saber se você recebeu a restituição

Mesmo com a confirmação do fim dos lotes, muitos contribuintes ainda ficam em dúvida se o pagamento realmente foi efetuado.

Para consultar, é simples:

1. Acesse o site oficial da Receita Federal (gov.br/receitafederal).

2. Clique na opção “Meu Imposto de Renda”.

3. Selecione “Extrato do Processamento”.

4. Informe seus dados de acesso (CPF e senha gov.br).

5. Verifique se a restituição foi liberada e em qual lote caiu.

Quem preferir pode fazer a consulta também pelo aplicativo “Meu Imposto de Renda”, disponível para Android e iOS.

E quem não recebeu?

A Receita Federal foi clara: quem declarou ter direito à restituição, mas não recebeu até agosto, caiu na malha fina.

Isso significa que a declaração apresentou alguma inconsistência, como:

• Informações divergentes sobre rendimentos;

• Despesas médicas sem comprovação;

• Dependentes declarados por mais de uma pessoa;

• Dados bancários incorretos para depósito.

Nesses casos, o contribuinte precisa acessar o extrato da declaração e verificar quais pendências foram apontadas.

Como resolver pendências da malha fina

Se você está nessa situação, há duas possibilidades:

1. Retificação da declaração – o contribuinte pode corrigir os dados errados ou enviar documentos adicionais que comprovem as informações prestadas.

2. Aguardar análise do Fisco – em casos mais complexos, a Receita pode chamar o contribuinte para prestar esclarecimentos presenciais.

Segundo a Receita, quanto antes o cidadão regularizar sua situação, mais rápido terá acesso ao valor da restituição.

O que explica a agilidade em 2025?

Especialistas apontam que a antecipação tem relação direta com:

• Adoção de sistemas mais modernos de cruzamento de dados;

• Integração com outras bases de informações, como e-Social, bancos e cartórios;

• Maior número de declarações pré-preenchidas, que reduzem erros e inconsistências.

Essa combinação de fatores reduziu o tempo de análise e permitiu à Receita finalizar os pagamentos antes do previsto.

Importância da restituição para o contribuinte e para a economia

A restituição do IR não é apenas uma devolução de imposto pago a mais:

• Para o contribuinte, é um alívio financeiro que pode ajudar a quitar dívidas ou reforçar a poupança.

• Para a economia, significa mais dinheiro circulando, especialmente em meses estratégicos como agosto e setembro.

O valor total de quase R$ 37 bilhões liberados representa uma das maiores antecipações da última década.

Malha fina em 2025: quem corre mais risco?

Segundo dados da Receita, os principais motivos que levam contribuintes à malha fina continuam sendo:

• Omissão de rendimentos (trabalhos extras, aluguel, pensões não declaradas);

• Despesas médicas incompatíveis com os rendimentos;

• Erros em informações de dependentes;

• Doações e contribuições sem comprovação.

A recomendação é sempre guardar documentos e recibos por pelo menos cinco anos, prazo em que a Receita pode revisar declarações.

Como evitar cair na malha fina nos próximos anos

Algumas dicas práticas incluem:

• Conferir todos os informes de rendimentos antes de enviar a declaração;

• Usar a declaração pré-preenchida sempre que possível;

• Revisar dados bancários e de dependentes;

• Não incluir despesas médicas sem recibos válidos;

• Declarar rendimentos de todas as fontes, mesmo pequenos valores.

O que fazer se não conseguiu consultar online

Se o contribuinte não conseguir acessar o extrato da declaração pela internet, também pode entrar em contato com a Receita por telefone, no número 146, ou buscar atendimento presencial em uma unidade do órgão.

Perspectivas para o Imposto de Renda 2026

Com o avanço tecnológico, a expectativa é que em 2026 a Receita amplie ainda mais o uso de dados cruzados e automatização. Isso pode significar ainda mais rapidez nos pagamentos de restituição e redução do número de contribuintes na malha fina.

Além disso, há discussões no Congresso sobre mudanças na tabela do IR, que podem impactar o volume de restituições nos próximos anos.

Considerações finais

O anúncio da Receita Federal de que todos os contribuintes com direito já receberam a restituição do Imposto de Renda 2025 até agosto traz alívio para milhões de brasileiros.

Ao antecipar os pagamentos, o órgão demonstra maior eficiência tecnológica e operacional, beneficiando tanto os cidadãos quanto a economia.

Por outro lado, quem não recebeu até agora precisa ficar atento: a declaração foi retida na malha fina e exige regularização.

Assim, o recado é claro: quem entregou corretamente, já foi contemplado; quem não recebeu, precisa agir.