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Idosos de 60 anos ou mais estão redescobrindo o corpo com esses 5 exercícios que rejuvenescem a mente e fortalecem o coração

Manter o corpo ativo depois dos 60 anos é uma das melhores decisões que alguém pode tomar. Além de garantir mais disposição, o exercício físico melhora o humor, fortalece o coração e ainda ajuda a preservar a independência — algo que todo mundo valoriza com o passar dos anos. A boa notícia é que não é preciso virar atleta para colher esses benefícios: bastam pequenas doses de movimento, feitas com segurança e regularidade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas com mais de 60 anos devem praticar, no mínimo, 150 minutos de atividade física moderada por semana. Parece muito? Nem tanto. Dividido ao longo dos dias, isso significa apenas 30 minutos diários de movimento — e pode ser uma caminhada, uma aula de hidroginástica ou até uma sequência leve de alongamentos.

A seguir, conheça os 5 exercícios mais recomendados para idosos acima dos 60 anos, segundo instituições de saúde e estudos científicos. E o melhor: todos podem ser adaptados à rotina e ao condicionamento físico de cada um.

1. Exercícios aeróbicos: o coração agradece e o humor melhora

Caminhar, nadar ou pedalar. Simples, acessíveis e extremamente eficazes — os exercícios aeróbicos estão entre os mais indicados para quem busca qualidade de vida após os 60 anos.

Essas atividades ajudam o corpo a usar o oxigênio de forma mais eficiente, fortalecendo o sistema cardiovascular e respiratório. De quebra, ainda controlam o peso, diminuem a pressão arterial e reduzem o risco de doenças crônicas como diabetes e colesterol alto.

Segundo a OMS, idosos devem realizar 150 minutos semanais de atividade aeróbica moderada (como caminhada leve ou hidroginástica) ou 75 minutos de atividade mais intensa (como ciclismo).

Mas o benefício não é apenas físico. Caminhar ao ar livre, por exemplo, melhora o humor, combate a solidão e estimula o cérebro. Estudos mostram que a prática regular reduz sintomas de depressão e ansiedade — e isso é fundamental nessa fase da vida.

Dica prática: comece com 10 a 15 minutos de caminhada por dia e aumente gradualmente. Escolha trajetos planos, use calçados confortáveis e hidrate-se bem.

2. Exercícios de força: músculos firmes e ossos mais resistentes

O treinamento de força é um dos maiores aliados dos idosos. Seja com halteres leves, faixas elásticas, pilates ou até o próprio peso do corpo, ele ajuda a preservar a massa muscular e óssea, combatendo a temida sarcopenia (perda de massa muscular que ocorre naturalmente com a idade).

Estudos do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) mostram que treinos de resistência aumentam a densidade dos ossos, o que reduz o risco de fraturas — especialmente entre mulheres, que sofrem mais com a osteoporose.

Além disso, músculos fortes facilitam tarefas simples do dia a dia, como subir escadas, carregar compras ou levantar-se da cama. E, quando o corpo responde bem, a mente ganha confiança.

A OMS recomenda que os idosos façam exercícios de força moderada a intensa pelo menos três vezes por semana.

Exemplos simples:

  • Sentar e levantar de uma cadeira repetidas vezes;

  • Levantar garrafinhas de água (como pesos improvisados);

  • Usar faixas elásticas para braços e pernas.

Esses movimentos parecem pequenos, mas trazem resultados surpreendentes quando feitos com regularidade.

3. Exercícios de equilíbrio: o segredo para evitar quedas

Uma das maiores preocupações após os 60 anos são as quedas. Elas são responsáveis por milhares de internações todos os anos e podem comprometer gravemente a mobilidade. Por isso, investir em atividades que melhorem o equilíbrio é essencial.

O tai chi chuan e a ioga são dois exemplos poderosos. Combinam movimentos suaves e foco mental, fortalecendo o corpo e a mente ao mesmo tempo. Além disso, trabalham a consciência corporal — o que ajuda o idoso a perceber melhor os próprios limites e a reagir rapidamente em situações de risco.

Pesquisas apontam que o tai chi pode reduzir em até 50% o risco de quedas entre idosos que praticam regularmente.

Outras opções eficazes incluem:

  • Ficar em um pé só por alguns segundos;

  • Caminhar em linha reta, colocando um pé à frente do outro;

  • Fazer exercícios de equilíbrio apoiado em superfícies estáveis (como uma parede).

Esses movimentos simples ativam músculos estabilizadores e melhoram a postura e a coordenação motora.

Dica prática: comece com apoios, como uma cadeira firme, e aumente o desafio aos poucos. O importante é se sentir seguro.

4. Exercícios de flexibilidade: liberdade para se movimentar

Com o passar dos anos, é natural sentir rigidez nas articulações e músculos mais “duros”. Por isso, os exercícios de flexibilidade são tão importantes. Eles ajudam a aumentar a amplitude de movimento, melhorando a postura e prevenindo lesões.

O Instituto Nacional de Envelhecimento (NIH) recomenda alongamentos diários, especialmente para pescoço, ombros, costas e pernas.

A ideia é manter o corpo em movimento suave, sem forçar os limites. Um bom alongamento é aquele que gera leve desconforto, mas nunca dor.

Sugestão de rotina simples:

  • Alongar o pescoço, inclinando a cabeça para os lados;

  • Estender os braços acima da cabeça e segurar por 15 segundos;

  • Inclinar-se levemente à frente para alongar as costas e as pernas.

O ideal é manter cada posição entre 15 e 30 segundos e repetir de duas a três vezes. Além de melhorar a flexibilidade, o alongamento ajuda a relaxar e aliviar tensões — perfeito para quem deseja mais leveza no dia a dia.

Curiosidade: segundo pesquisas, idosos que se alongam regularmente têm melhor equilíbrio e menor chance de desenvolver dores crônicas.

5. Atividades de baixo impacto: corpo ativo sem sobrecarregar as articulações

Para quem tem dores nas articulações ou está se recuperando de lesões, atividades de baixo impacto são a escolha perfeita. Elas mantêm o corpo em movimento, sem gerar sobrecarga.

A hidroginástica, por exemplo, é uma das queridinhas entre os idosos. Na água, o corpo pesa menos e os movimentos ficam suaves. Isso permite trabalhar força, resistência e coordenação sem risco de impacto.

Além de divertida, a hidroginástica melhora a circulação, estimula a respiração e ajuda no equilíbrio. Já o pilates é uma opção excelente para quem busca fortalecer o abdômen, corrigir a postura e ganhar consciência corporal.

Ambas as práticas são amplamente recomendadas por fisioterapeutas e educadores físicos, pois reduzem dores e melhoram a mobilidade.

Recomendações gerais:

  • Fazer de 2 a 3 sessões por semana;

  • Sempre sob orientação profissional;

  • Iniciar com movimentos leves e aumentar gradualmente a intensidade.

Essas atividades também têm um impacto emocional positivo: são feitas em grupo, o que favorece a socialização e o bem-estar mental.

Por que se exercitar depois dos 60 é uma decisão inteligente

A ideia de que “idoso deve descansar” ficou no passado. A ciência já mostrou que movimento é o verdadeiro segredo da longevidade. Pessoas que mantêm uma rotina ativa têm menos dores, dormem melhor e envelhecem com mais independência.

Além dos ganhos físicos, o exercício regular melhora a memória, estimula o raciocínio e reduz o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Isso acontece porque a atividade física aumenta o fluxo de sangue no cérebro e estimula a produção de novas conexões neurais.

Outro benefício notável é o impacto emocional. Participar de aulas em grupo, por exemplo, traz novas amizades e reduz o isolamento social, algo que afeta muitos idosos.

Em suma, exercitar-se depois dos 60 não é apenas uma questão de saúde — é um investimento em qualidade de vida.

Como começar com segurança

Antes de iniciar qualquer tipo de atividade física, é importante consultar um médico. O profissional avaliará o histórico de saúde e poderá indicar exames, caso necessário.

Também é essencial contar com a orientação de um educador físico. Ele ajuda a adaptar os exercícios à condição individual, evita lesões e cria um plano de treino adequado.

Dicas extras para um início tranquilo:

  • Use roupas leves e confortáveis;

  • Prefira horários frescos (pela manhã ou fim da tarde);

  • Beba bastante água antes e depois dos exercícios;

  • Faça aquecimento e alongamento sempre.

A regularidade é mais importante que a intensidade. Comece devagar, mas mantenha o hábito. Em poucas semanas, o corpo responde com mais energia e disposição.

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos, 29 anos, é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Salvador, descobriu sua verdadeira vocação na escrita e na criação de conteúdo digital. Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol. Sua busca por precisão e relevância fez dele uma referência nesses segmentos, ajudando milhares de leitores a se manterem informados e atualizados.… Mais »
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