FGTS pode liberar abatimento de parcelas para imóveis de até R$ 2,25 milhões: veja quem será beneficiado

FGTS pode liberar abatimento de parcelas para imóveis de até R$ 2,25 milhões

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) analisa uma proposta que pode transformar o orçamento de milhões de famílias com financiamentos habitacionais ativos. A ideia é simples, mas poderosa: permitir o uso do FGTS para abater parcelas de imóveis mais caros, elevando o teto atual de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

A princípio, essa mudança busca corrigir uma defasagem que se agravou com a valorização dos imóveis e o aumento dos custos de construção. Em outras palavras, o limite atual já não reflete a realidade de quem vive em grandes centros urbanos, onde o valor de um imóvel médio ultrapassa facilmente R$ 1,5 milhão.

Antes de mais nada, é importante compreender o impacto dessa possível revisão e como ela pode influenciar o mercado imobiliário e o programa Minha Casa, Minha Vida, um dos pilares da política habitacional do governo federal.

Como funciona hoje o uso do FGTS em financiamentos habitacionais

Atualmente, o trabalhador pode usar o saldo do FGTS para amortizar parcelas, reduzir o saldo devedor ou dar entrada na compra da casa própria. No entanto, o benefício se limita a imóveis avaliados em até R$ 1,5 milhão.

Esse limite foi criado para priorizar moradias populares e evitar que o fundo financie imóveis de luxo. Entretanto, o cenário mudou. O preço dos imóveis disparou e, com ele, muitos brasileiros ficaram impedidos de utilizar o próprio FGTS, mesmo tendo saldo disponível.

Ou seja, quem comprou imóveis de maior valor não consegue usar o fundo para aliviar as prestações, o que gera insatisfação entre trabalhadores de classe média e média alta.

Nova proposta amplia o teto para R$ 2,25 milhões

O Conselho Curador do FGTS, a saber, pretende alterar essa regra. A proposta em análise aumenta o limite para R$ 2,25 milhões, o que permitiria o uso do fundo em imóveis mais caros, compatíveis com os preços atuais do mercado.

Com essa mudança, o trabalhador poderia usar o saldo do FGTS para amortizar parcelas, quitar parte da dívida ou até antecipar a quitação do imóvel, mesmo que ele ultrapasse o limite atual.

Em primeiro lugar, essa ampliação traz mais flexibilidade financeira para quem já possui contrato de financiamento ativo. Além disso, estimula novas compras, movimenta o setor da construção civil e aquece a economia.

Por fim, o aumento do teto também reduz desigualdades regionais. Afinal, os preços de imóveis variam muito entre capitais e cidades do interior, e a regra atual acaba sendo injusta para quem vive em regiões com custo de vida mais alto.


Quem será beneficiado com a mudança

Em síntese, a proposta beneficia trabalhadores que compraram imóveis acima de R$ 1,5 milhão e não conseguem usar o FGTS para amortizar dívidas. Essa faixa inclui especialmente famílias de classe média e média alta.

Esses trabalhadores poderão usar o saldo acumulado no fundo para abater o valor das prestações ou reduzir o tempo total do financiamento, gerando economia expressiva em juros.

Além disso, quem está renegociando contratos antigos também pode sair ganhando. A medida deve facilitar acordos entre bancos e mutuários, reduzindo o risco de inadimplência.

Antes de mais nada, é importante destacar que a proposta também favorece a mobilidade no mercado imobiliário, já que facilita a quitação de imóveis e a compra de novos. Isso significa mais liquidez para o setor e mais oportunidades de investimento para o consumidor.

Impacto esperado no mercado imobiliário

A mudança no limite do FGTS promete reaquecer o mercado imobiliário, que já mostra sinais de crescimento em 2025.

A princípio, a possibilidade de usar o fundo para imóveis mais caros deve atrair compradores que estavam esperando por melhores condições de pagamento. Ou seja, o crédito imobiliário pode se expandir, beneficiando tanto bancos quanto construtoras.

Esse movimento também estimula a geração de empregos na construção civil, um dos setores que mais empregam no país. Com mais obras em andamento e mais pessoas financiando imóveis, o ciclo de crescimento tende a se fortalecer.

Por fim, o mercado espera redução nas taxas de inadimplência, já que o uso do FGTS como amortização ajuda o trabalhador a manter o pagamento das parcelas em dia, especialmente em períodos de aperto financeiro.

O que muda para quem já tem contrato em andamento

Em primeiro lugar, quem já possui um financiamento habitacional poderá, se a proposta for aprovada, usar o saldo do FGTS para amortizar parcelas mesmo em imóveis de valor mais alto.

Atualmente, essa possibilidade é bloqueada pelo limite de R$ 1,5 milhão, o que impede o uso do fundo para quitar dívidas em contratos fora da faixa permitida.

Com o novo teto, o trabalhador poderá aplicar o saldo a cada dois anos, conforme as regras já existentes. Em conclusão, o FGTS se tornará uma ferramenta ainda mais útil para reduzir o valor das prestações e encurtar o prazo de pagamento.

Ou seja, quem hoje está limitado pelas regras antigas ganhará mais liberdade financeira e condições de administrar melhor o próprio orçamento.

O papel do Conselho Curador do FGTS

O Conselho Curador do FGTS, responsável por definir as diretrizes de aplicação dos recursos, precisa aprovar a proposta antes que ela entre em vigor.

O colegiado é composto por representantes do governo, dos trabalhadores e dos empregadores. Segundo fontes ligadas ao grupo, a análise técnica e o estudo de impacto orçamentário estão em fase final.

A princípio, a votação deve ocorrer até o final de 2025, com possibilidade de implementação em 2026. Caso o Conselho aprove o novo teto, a medida passará a valer em todo o país, beneficiando tanto contratos novos quanto antigos.

Minha Casa, Minha Vida receberá R$ 144 bilhões até 2026

Enquanto o Conselho Curador discute o novo limite do FGTS, o governo federal planeja investir R$ 144 bilhões no programa Minha Casa, Minha Vida até 2026.

Esse investimento reforça a política habitacional e busca ampliar o número de unidades construídas, subsidiar famílias de baixa renda e reduzir as taxas de juros aplicadas no crédito imobiliário.

A saber, parte desse valor vem do próprio FGTS, que financia a maior parte das operações do programa.

Em primeiro lugar, o governo quer aumentar o alcance do programa, incluindo famílias que antes não se enquadravam nas faixas de renda.

Além disso, o investimento promete impulsionar a construção civil, gerar empregos e fortalecer o setor imobiliário, em sintonia com a possível ampliação do uso do FGTS.

Por que a proposta ganha força agora

Antes de mais nada, o debate sobre o novo teto do FGTS ganha relevância em um contexto de redução da taxa Selic e retomada do crédito imobiliário.

Com o custo do financiamento mais baixo, mais brasileiros voltam a buscar a casa própria. A proposta, portanto, se encaixa em uma estratégia do governo para estimular o consumo, reduzir a inadimplência e aquecer o mercado.

Ou seja, ao liberar o uso do FGTS em imóveis mais caros, o governo cria um efeito multiplicador na economia, movimentando bancos, construtoras e o comércio de materiais de construção.

Por fim, a medida também fortalece a política de habitação ao lado do Minha Casa, Minha Vida, ampliando o acesso à moradia digna e equilibrando o uso dos recursos do fundo entre diferentes faixas de renda.

Expectativas para os próximos anos

Em conclusão, a proposta de ampliar o teto do FGTS para imóveis de até R$ 2,25 milhões pode marcar uma nova fase no crédito habitacional brasileiro.

A princípio, a mudança traz benefícios diretos para famílias endividadas, estimula a economia e fortalece o setor imobiliário.

Agora, resta acompanhar as próximas reuniões do Conselho Curador, que definirá o futuro da proposta. Caso seja aprovada, milhares de famílias poderão usar o FGTS para aliviar o orçamento e garantir mais estabilidade financeira.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.