Essa profissão discreta está lucrando R$ 15 mil por mês no Brasil em 2025

Enquanto muitos brasileiros ainda acreditam que apenas médicos, advogados ou grandes empresários conseguem chegar à casa dos R$ 15 mil por mês, uma profissão discreta e pouco comentada vem surpreendendo em 2025.
Estamos falando dos profissionais de energia solar — instaladores, consultores e empreendedores do setor fotovoltaico.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), esse mercado já ultrapassa a marca de 2 milhões de sistemas solares instalados no país e cresce, em média, 50% ao ano desde 2020. A expansão abriu espaço para quem se especializa, e o resultado é uma renda que facilmente passa dos R$ 10 mil e pode chegar a R$ 15 mil mensais.
Por que essa profissão está em alta em 2025?
Para entender como alguém consegue lucrar tanto em um setor “silencioso”, é preciso observar alguns fatores:
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Crise energética e alta das contas de luz: A tarifa de energia elétrica subiu em média 12% nos últimos anos, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Isso fez milhares de famílias e empresas buscarem alternativas.
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Incentivos governamentais: Apesar de mudanças nas regras, o financiamento para energia solar continua sendo incentivado por bancos públicos e privados, o que facilita a adesão.
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Consciência ambiental: Cada vez mais brasileiros querem reduzir a pegada de carbono e apostar em energia limpa.
Com esse cenário, quem trabalha no setor encontra um oceano de oportunidades.
Quanto ganha um profissional de energia solar?
O valor varia conforme a área de atuação:
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Instaladores autônomos – recebem de R$ 5 mil a R$ 12 mil por mês, dependendo da quantidade de projetos concluídos.
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Consultores e vendedores – podem ganhar comissão de até R$ 15 mil mensais, já que a venda de um sistema residencial gira em torno de R$ 20 mil a R$ 40 mil.
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Empreendedores – donos de pequenas empresas de instalação chegam a lucrar R$ 50 mil mensais, mas claro, com custos e equipe envolvidos.
Segundo levantamento da plataforma Glassdoor, em 2025 a média salarial de um engenheiro ou gerente de projetos em energia solar no Brasil está entre R$ 12 mil e R$ 18 mil. Ou seja, não é exagero dizer que essa profissão paga muito bem.
Mas afinal, qual é a “mágica” desse setor?
Não existe mágica, existe demanda gigante. Imagine um país como o Brasil, com sol praticamente o ano inteiro, enfrentando contas de energia cada vez mais caras. O consumidor que instala energia solar consegue reduzir até 90% na fatura de luz, algo impossível de ignorar.
É justamente aí que o profissional entra: ele resolve o problema real de milhões de pessoas. E quando você oferece solução para um problema que dói no bolso, o mercado abre as portas.
O que é preciso para entrar nesse mercado?
Muita gente pensa que só engenheiros podem trabalhar com energia solar. Isso não é verdade. O setor é plural e tem espaço para diferentes perfis:
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Técnicos de instalação – basta fazer um curso de qualificação, que dura de 2 a 6 meses.
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Consultores comerciais – precisam mais de habilidade em vendas e comunicação do que de conhecimento técnico profundo.
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Engenheiros e projetistas – esses, sim, precisam de graduação e registro no CREA, mas não representam a maioria.
Instituições como SENAI, Sebrae e até universidades públicas oferecem cursos gratuitos ou a preços acessíveis. Além disso, existem capacitações online reconhecidas pelo mercado.
O investimento inicial é alto?
Nem tanto. Para quem deseja apenas trabalhar como instalador ou consultor, o investimento pode ser inferior a R$ 5 mil, considerando cursos e ferramentas básicas.
Já para empreender e abrir uma pequena empresa, o custo pode chegar a R$ 50 mil, mas o retorno costuma vir rápido. A ABSOLAR aponta que o payback médio de um negócio de instalação é de 12 a 18 meses.
Exemplos reais de sucesso
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Carlos Menezes, 32 anos, de Goiânia: começou como auxiliar de instalação em 2021, fez cursos no SENAI e hoje lidera uma equipe própria. Seu faturamento mensal ultrapassa R$ 40 mil.
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Ana Ribeiro, 28 anos, de Recife: migrou da área de vendas de imóveis para consultoria em energia solar. Em 2024, sua renda média foi de R$ 15 mil, com comissões de grandes projetos.
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Empresas juniores de engenharia em universidades federais já relatam que alunos conseguem clientes reais antes mesmo de se formar.
Esses relatos, divulgados em reportagens da Exame e do Valor Econômico, reforçam que não se trata de promessa vazia, mas de um mercado consolidado.
E por que pouca gente fala sobre isso?
Simples: porque ainda existe a visão de que profissões lucrativas precisam ser glamourosas ou tradicionais. Enquanto isso, instaladores de painéis solares trabalham muitas vezes em silêncio, sem redes sociais cheias de ostentação, mas com a conta bancária cheia.
Além disso, parte da população ainda não entende como funciona a energia solar, o que cria uma espécie de barreira invisível. Quem estuda um pouco, aproveita o espaço aberto.
Energia solar e o futuro do trabalho no Brasil
Segundo dados da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), o setor solar emprega mais de 4,9 milhões de pessoas no mundo. O Brasil já aparece entre os 10 países que mais geram empregos nesse ramo.
Até 2030, a expectativa é que mais de 1 milhão de brasileiros estejam atuando na cadeia da energia solar, desde a fabricação de painéis até a instalação e manutenção.
Ou seja, essa profissão não é apenas uma “onda passageira”. Ela faz parte da transformação energética global e deve se manter entre as mais lucrativas da década.
Quais os riscos e desafios dessa carreira?
Claro, nem tudo são flores. O profissional que deseja entrar no setor precisa considerar:
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Concorrência crescente: com a popularização, novos profissionais chegam todos os meses. Diferenciar-se é essencial.
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Mudanças regulatórias: leis podem afetar tarifas e incentivos, alterando margens de lucro.
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Exigência técnica: mesmo com cursos curtos, é preciso ter responsabilidade, já que um erro em instalação pode trazer prejuízos grandes.
Ainda assim, o saldo é positivo, e a maior parte dos especialistas concorda que a demanda vai continuar em alta.
Outras profissões discretas que também estão pagando bem
Embora a energia solar seja o destaque, não é a única profissão “fora do radar” que vem gerando renda alta em 2025:
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Técnicos em refrigeração – com o aumento de equipamentos de climatização, há profissionais ganhando até R$ 12 mil mensais.
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Programadores low-code/no-code – pessoas que desenvolvem aplicativos sem precisar de linguagem complexa, recebendo valores de R$ 8 mil a R$ 15 mil.
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Especialistas em tráfego pago e marketing digital local – ainda pouco explorado em pequenas cidades, mas altamente lucrativo.
Essas áreas, assim como a energia solar, têm em comum a alta demanda e a baixa oferta de profissionais qualificados.
Como começar do zero em energia solar em 2025
Se você ficou curioso e quer saber como entrar nessa profissão que paga R$ 15 mil por mês, aqui vai um passo a passo:
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Pesquise cursos confiáveis – priorize SENAI, Sebrae e instituições reconhecidas.
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Invista em certificação – isso dá credibilidade e aumenta suas chances de conseguir clientes.
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Ganhe experiência prática – comece como auxiliar para aprender com quem já está no mercado.
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Construa uma rede de contatos – use redes sociais e grupos locais para divulgar seus serviços.
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Seja ético e transparente – nesse mercado, o boca a boca é fundamental para crescer.