Nos últimos dias, um escândalo que abalou o país veio à tona: o desvio de dinheiro do governo para contas bancárias através do Pix.
Um montante impressionante de R$ 14 milhões foi desviado do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e transferido para 17 contas em diferentes estados.
Acredita-se que o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) tenha sido invadido, levantando sérias preocupações em relação à segurança dos sistemas governamentais.
O Desvio Milionário
De acordo com informações do oficiais, o desvio de R$ 14 milhões teve como destino 17 contas bancárias espalhadas por quatro estados diferentes.
As transferências foram realizadas através do sistema de pagamentos instantâneos Pix, o que levanta suspeitas sobre a invasão do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Essa invasão colocou em xeque a segurança das informações governamentais e gerou um grande alerta para a necessidade de reforçar as medidas de proteção.
As contas Bancárias envolvidas
As contas bancárias que receberam o dinheiro desviado são de empresas e pessoas físicas localizadas na Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ainda não se sabe se essas contas pertencem a laranjas ou se são de pessoas envolvidas diretamente na fraude. A Polícia Federal já está investigando o caso, mas as informações estão sendo mantidas em sigilo, visando garantir o sucesso das investigações.
Movimentações Suspeitas
A fraude ocorreu em duas datas distintas. No dia 28 de março, foram transferidos R$ 3,8 milhões do Ministério da Gestão que deveriam ter sido destinados ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). No entanto, esse dinheiro foi enviado para três contas diferentes:
- R$ 2 milhões para uma empresa de móveis em Campinas (SP);
- R$ 1 milhão para uma construtora no Rio de Janeiro;
- R$ 763,9 mil para uma gestora de investimentos, também na capital fluminense.
Do total desviado, o governo conseguiu recuperar R$ 2 milhões. Já no dia 16 de abril, R$ 10,2 milhões foram desviados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que também deveriam ter sido direcionados ao Serpro.
O dinheiro foi transferido para 14 contas diferentes, incluindo empresas em São Paulo e Minas Gerais, bem como contas de pessoas físicas em Paulínia (SP). Uma das transferências foi cancelada, mas ainda não se sabe se o dinheiro desviado do TSE foi recuperado ou perdido.
A invasão do Siafi
A suspeita é de que a invasão do Siafi tenha sido o ponto de partida para essa fraude milionária. Segundo informações do Estadão, no dia 8 de abril, servidores receberam mensagens suspeitas via SMS, com tentativas de roubo de dados do sistema.
Embora os funcionários tenham sido alertados sobre as mensagens fraudulentas e orientados a não clicar em links suspeitos, uma semana depois ocorreu o desvio milionário.
No dia 22 de abril, o Tesouro Nacional emitiu um alerta confirmando a utilização indevida de credenciais obtidas de maneira irregular no Siafi.
Além disso, o órgão afirmou que medidas adicionais foram implementadas para reforçar a segurança do sistema. Essa invasão representa uma grave falha na proteção das informações governamentais e levanta questionamentos sobre a eficiência dos controles de segurança adotados.
Diante desse escândalo, o governo federal está tomando medidas para investigar e solucionar o caso. A Polícia Federal está conduzindo as investigações em sigilo, visando identificar os responsáveis e recuperar o dinheiro desviado. Além disso, estão sendo reforçadas as medidas de segurança dos sistemas governamentais, a fim de evitar futuras invasões e fraudes.