Você coloca o seu CPF em postos de combustíveis? Então este comunicado de hoje (17/07) é para você

Nos últimos anos, pedir o CPF dos clientes em postos de gasolina se tornou comum no Brasil, com empresas como Ipiranga, Petrobras e Shell argumentando que isso proporciona vantagens e descontos aos consumidores. No entanto, essa prática tem gerado debate sobre privacidade e conformidade com a lei.

Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em setembro de 2020, a coleta e o uso do CPF como informação pessoal exigem que o cliente dê um consentimento claro e bem informado. O não cumprimento dessas regras pode resultar em penalidades severas para as empresas.

Comunicado para brasileiros que colocam CPF na nota em postos de combustíveis. Confira!
Comunicado para brasileiros que colocam CPF na nota em postos de combustíveis. Confira! | Foto: reprodução

O que a LGPD diz sobre colocar CPF em postos de combustíveis?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi estabelecida no Brasil com o objetivo principal de proteger os dados pessoais dos cidadãos. Ela classifica informações como o CPF como sensíveis, exigindo que sua obtenção seja feita mediante consentimento prévio e específico.

Essa legislação visa garantir que o uso desses dados seja transparente e seguro, protegendo os consumidores contra abusos e vazamentos que possam comprometer sua privacidade.

No contexto dos postos de combustíveis, conforme determinado pela LGPD, solicitar o CPF dos clientes para fins comerciais requer que a empresa obtenha permissão explícita dos consumidores. Isso significa que os postos devem informar claramente como o CPF será utilizado, garantindo que seja apenas para fins legítimos e que os dados sejam protegidos contra acessos não autorizados ou vazamentos. O descumprimento dessas normas pode resultar em multas e penalidades significativas.

Como a falta de privacidade afeta o consumidor?

A falta de privacidade nos postos de combustíveis pode expor os consumidores a diversos riscos significativos. Em primeiro lugar, há ameaças financeiras consideráveis, como fraudes, clonagem de cartões e golpes de phishing, onde dados sensíveis como números de cartão e códigos de segurança podem ser comprometidos e utilizados para transações não autorizadas.

Além disso, a coleta de informações sobre hábitos de consumo pode levar ao rastreamento detalhado das atividades dos consumidores, resultando em publicidade direcionada e até mesmo na venda desses dados para terceiros, aumentando os riscos de assédio e spam por empresas mal-intencionadas.

Para se proteger contra esses perigos, é aconselhável evitar o uso de cartões de crédito ou débito em postos de gasolina suspeitos e verificar sempre a segurança dos sites durante pagamentos online. Desconfiar de mensagens e ligações que solicitam informações pessoais ou bancárias também é crucial, além de monitorar regularmente as faturas dos cartões para identificar atividades fraudulentas.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.