CONFIRAMADO HOJE (09/09): Valor do NOVO salário mínimo é anunciado e pega todo mundo de surpresa
Foi divulgado oficialmente nesta sexta-feira (8) o tão aguardado novo valor do salário mínimo. Essa notícia tem o potencial de transformar a vida de milhões de brasileiros. A proposta de aumento, feita pelo Governo Federal, foi enviada ao Congresso e aguarda aprovação.
O que esperar do novo salário mínimo
De acordo com a proposta, o salário mínimo terá um aumento de 7,7% em 2024, indo de R$1.320 para R$1.421. Caso a proposta seja aprovada, ela terá um impacto significativo na remuneração dos trabalhadores, na pensão, no seguro-desemprego, no abono salarial PIS/Pasep e no BCP, pagos pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), respectivamente.
A contribuição para o INSS será ajustada de acordo com o novo valor do salário mínimo. De acordo com dados do Diese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo é a base da remuneração de 60,3 milhões de trabalhadores e beneficiários do INSS.
Implicações do novo salário mínimo
Um estudo revelou que cada real acrescido no salário mínimo tem um impacto estimado de R$322,7 milhões por ano na folha de benefícios da Previdência Social.
O valor do benefício do abono será ajustado automaticamente na data da publicação efetiva do novo valor. Os funcionários que recebem remuneração mensal de até dois salários mínimos (ou seja, R$ 2.842) têm direito ao abono. O valor total do abono pode chegar a um salário mínimo, dependendo do tempo de serviço no ano.
O cálculo do valor do benefício corresponde ao número de meses trabalhados no ano-base multiplicado por 8,3% do valor do salário mínimo vigente na data do pagamento.
Requisitos para receber os benefícios
Abono salarial PIS/PASEP
A saber, o abono salarial é um benefício concedido pelo governo federal aos trabalhadores com carteira assinada que recebem até dois salários mínimos por mês.
O valor do benefício varia de acordo com o número de dias trabalhados e pode chegar, no máximo, a um salário mínimo vigente (R$ 1.320 em 2023).
Além disso, é necessário:
- Estar cadastrado no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos;
- Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos durante o ano-base;
- Ter exercido atividade remunerada para uma empresa durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração;
- Ter seus dados informados corretamente pelo empregador na Rais (Relação Anual de Informações Sociais).
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Para ter direito ao benefício, é preciso ter 65 anos ou uma deficiência que incapacite para uma vida independente e para o trabalho. Essa incapacidade é avaliada pelo serviço social e pela perícia médica do INSS.
Ademais, para ter acesso as parcelas é preciso:
- Ser brasileiro nato ou naturalizado; ou
- Ter nacionalidade portuguesa;
- Não possuir nenhum outro benefício no âmbito da seguridade social ou de outro regime;
- Ter o CadÚnico atualizado;
- Ser inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF;
- Ter renda familiar per capita no valor igual ou menor à ¼ do salário mínimo vigente no ano do pedido, ou não ter recursos suficientes para prover a manutenção da família.
Conheça algumas doenças que dão direito ao BPC:
- Alienação mental;
- Artrite reumatoide;
- Cardiopatia grave;
- Cegueira;
- Contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada;
- Doença de Chagas;
- Doença de Crohn;
- Doença de Huntington;
- Doença de Parkinson;
- Epilepsia refratária;
- Esclerose lateral amiotrófica (ELA);
- Esclerose múltipla;
- Espondiloartrose anquilosante;
- Estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
- Fibrose cística;
- Hanseníase;
- Hepatopatia grave;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Mal de Alzheimer;
- Nefropatia grave;
- Neoplasia maligna;
- Paralisia irreversível e incapacitante;
- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV – AIDS);
- Transtorno bipolar;
- Tuberculose ativa.
Contudo, é importante frisar que o diagnóstico da doença não garante o benefício. Isso porque, é necessário comprovar a baixa renda e a impossibilidade de trabalhar mediante a uma perícia médica.