O Banco Central (BC) tem avançado significativamente no desenvolvimento do DREX, a versão digital do real. Este artigo visa aprofundar-se sobre o DREX, seu progresso atual e impacto potencial na economia brasileira.
O DREX é a versão digital do real, criada pelo Banco Central do Brasil para facilitar as transações online. Desde julho, o BC tem conduzido testes bem-sucedidos com a Moeda Digital de Banco Central (CBDC), com 500 operações já realizadas. A plataforma DREX já conta com a participação de 11 instituições, conhecidas como nós ou nodes. Entre elas, encontram-se entidades como Mercado Bitcoin, Genial Investimentos, Mastercard, CERC e Sinqia.
Simulação DREX
Na plataforma DREX, já foi realizada a primeira emissão de títulos públicos federais para fins de simulação. Os participantes habilitados recebem uma cota da versão de simulação dos títulos públicos e podem iniciar a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos.
Na plataforma, estão sendo realizadas simulações como criação de carteiras, emissão e destruição de DREX e transferências simuladas entre bancos e clientes. O BC planeja continuar essas operações até meados de 2024.
DREX deve ser lançado para o público em 2025
O DREX deve ser disponibilizado para o público no início de 2025, de acordo com Fabio Araujo, coordenador do projeto DREX no BC. Assim como o Pix democratizou o acesso a serviços de pagamentos, o DREX tem potencial para democratizar o acesso a serviços financeiros, como crédito, investimento e seguros.
Os participantes na plataforma DREX já começaram a realizar operações de transferência que podem ser diretamente entre participantes, entre um participante e seus clientes, entre clientes de um mesmo participante e até mesmo entre clientes de diferentes participantes.
É importante salientar que o BC enfatiza que todas as transações atuais são apenas simuladas e destinam-se ao teste de infraestrutura básica do DREX. As soluções de proteção à privacidade serão testadas ao longo do Piloto DREX.
Nova plataforma vai substituir o PIX?
O DREX é descrito pelo BC como “uma nova representação do real, o dinheiro do nosso dia a dia”. A nova representação será feita em uma plataforma com tecnologias que permitem a prestação de serviços financeiros de forma eficiente e democrática.
O termo “DREX” é composto pelas letras iniciais das palavras ‘Digital’, ‘Real’, ‘Eletrônica’ e o “X” representa modernidade e conexão, repetindo a última letra do Pix.
O BC demonstrou exemplos de como os brasileiros poderão usar o real digital no dia a dia, incluindo a compra e venda de carros, imóveis e outros bens. Com o avanço do DREX, o Brasil caminha para uma era digital na qual os serviços financeiros se tornarão cada vez mais acessíveis e eficientes. Enquanto isso, o BC continua a conduzir testes para garantir a segurança e eficiência desta nova representação do real.