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China mira etanol brasileiro para produzir 46 milhões de toneladas de combustível de aviação por ano até 2030 em acordo bilionário

Saulo Moreira Por Saulo Moreira
12/08/2025
em Economia
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China mira etanol brasileiro para produzir 46 milhões de toneladas de combustível de aviação por ano até 2030 em acordo bilionário

A China está de olho no etanol brasileiro como peça central de sua estratégia para se tornar líder global na produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês). Em negociações que podem movimentar bilhões de dólares, autoridades e empresas chinesas discutem com o governo brasileiro um acordo de fornecimento de longo prazo que colocaria o Brasil como protagonista na transição energética da segunda maior economia do planeta.

Segundo informações apuradas pela Folha de S.Paulo, o diálogo envolve representantes da China Petroleum and Chemical Industry Federation (CPCIF), da Chimbusco — subsidiária da PetroChina — e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A meta chinesa é ambiciosa: atingir 3% de mistura de SAF em todos os voos comerciais até 2030, o que significa produzir cerca de 46 milhões de toneladas por ano. Para alcançar esse objetivo, Pequim considera o etanol de cana-de-açúcar brasileiro como a alternativa mais viável.

Por que o etanol brasileiro é estratégico para a China

O interesse chinês não é por acaso. A China enfrenta limitações estruturais para a produção interna de etanol — como escassez de terras agrícolas para culturas não alimentares e baixa produtividade em matérias-primas como milho e beterraba. Entre as quatro rotas tecnológicas avaliadas para o SAF — óleo reciclado, combustível sintético, hidrocarbonetos e etanol —, a cana-de-açúcar brasileira desponta como a mais competitiva em custo e escalabilidade.

O presidente Xi Jinping teria dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a parceria pode servir de exemplo de “unidade e autossuficiência” entre países do Sul Global. Segundo ele, a cooperação bilateral permitirá aos dois países evitar dependência de regras impostas por terceiros, como os Estados Unidos, que já aplicaram tarifas pesadas sobre o etanol brasileiro.

Além da questão técnica, há um componente geopolítico claro: para a China, depender menos de fornecedores ocidentais e criar cadeias de suprimento próprias é fundamental para garantir segurança energética a longo prazo.

Combustível sustentável e geopolítica energética

O movimento chinês também deve ser visto no contexto da disputa comercial global. O protocolo técnico para a padronização do SAF, em fase final de elaboração na CPCIF, permitirá que o etanol brasileiro atenda aos requisitos de qualidade e segurança exigidos pelo mercado chinês.

Para viabilizar a parceria, estão sendo discutidos fundos bilaterais de financiamento verde e o uso de mecanismos do Brics que possam baratear investimentos. Também entram na pauta iniciativas para recuperar pastagens degradadas no Brasil, ampliando a área disponível para a produção de biocombustíveis sem pressionar o desmatamento.

Uma das propostas em análise prevê linhas de crédito com juros baixos e proteção contra variação cambial, reduzindo riscos para produtores e investidores.

O papel do Brasil nas negociações

Do lado brasileiro, a estratégia é aproveitar a oportunidade para ampliar as exportações de etanol, agregar valor à produção agrícola e atrair investimentos para infraestrutura de logística, refino e armazenamento. O país já conta com tecnologia consolidada para produção de etanol de cana e de milho, além de uma rede de usinas em operação que pode ser adaptada para fornecer insumos ao mercado chinês.

O governo pretende assinar, durante a COP30, em Belém (PA), um memorando de entendimento (MoU) com o China Council for the Promotion of International Trade (CCPIT). Esse documento deve formalizar a cooperação não apenas em SAF, mas também em certificações ambientais de produtos agropecuários. A meta é fazer com que selos como Carne Carbono Neutro (CCN) e Carne Baixo Carbono (CBC) sejam reconhecidos na China, abrindo novas oportunidades para exportações sustentáveis.

O acordo também reforçaria a conexão entre o Novo PAC e a Iniciativa Cinturão e Rota, estratégia chinesa para ampliar sua influência em cadeias produtivas globais.

Impacto econômico e ambiental para o Brasil

Especialistas apontam que a parceria pode representar uma nova fronteira de crescimento para o agronegócio brasileiro. Estima-se que, se o acordo se concretizar, as exportações anuais de etanol ao país asiático possam ultrapassar a casa dos bilhões de dólares, impulsionando empregos e arrecadação fiscal.

Por outro lado, será preciso criar mecanismos para equilibrar o abastecimento interno e externo, evitando pressão sobre os preços domésticos de combustíveis e alimentos. Organizações ambientais também alertam que o aumento da produção deve respeitar critérios de sustentabilidade para não gerar impactos negativos no uso da terra.

Entre as oportunidades, está o fortalecimento da imagem do Brasil como líder em energias renováveis e na chamada economia verde. Com a demanda chinesa crescente, o país pode consolidar uma posição estratégica como exportador não apenas de matérias-primas, mas também de tecnologia e know-how na produção de biocombustíveis.

O que é o SAF e por que ele é importante

O Sustainable Aviation Fuel (SAF) é um combustível produzido a partir de fontes renováveis que reduz significativamente as emissões de gases de efeito estufa em comparação com o querosene de aviação tradicional. Seu uso é considerado essencial para que a aviação global atinja metas de neutralidade de carbono nas próximas décadas.

A produção a partir de etanol — especialmente o derivado da cana-de-açúcar — é vista como uma das rotas mais promissoras, pois combina baixo custo, alta eficiência energética e redução de emissões. Estudos indicam que o SAF de etanol de cana pode cortar em até 80% as emissões de CO₂ por voo.

Próximos passos

As conversas devem avançar nas próximas rodadas de reuniões bilaterais e fóruns internacionais. Se confirmada, a parceria Brasil–China para o SAF pode se tornar um dos maiores acordos já firmados na área de energia renovável, com impactos diretos sobre comércio, indústria e meio ambiente.

O anúncio oficial é esperado para 2025 ou 2026, com o início da produção escalonada até atingir a meta de 46 milhões de toneladas anuais em 2030.

Tags: acordo bilionário Brasil Chinabiocombustível Brasil China.China etanol brasileirocombustível sustentável de aviaçãoetanol de cana para aviaçãoexportação de etanolSAF Brasil China
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