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Brasil está construindo o maior rio artificial do mundo? Projeto bilionário no Nordeste promete mudar a vida de milhões com mais de 10.000 km de água no sertão

Saulo Moreira by Saulo Moreira
04/08/2025
in Economia
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Brasil está construindo o maior rio artificial do mundo? Projeto bilionário no Nordeste promete mudar a vida de milhões com mais de 10.000 km de água no sertão

Imagine transformar um dos maiores problemas históricos do Brasil em uma solução à altura das maiores obras de engenharia do planeta.

Essa é a proposta da transposição do Rio São Francisco, um projeto bilionário que está criando o que já é considerado por especialistas o maior rio artificial do mundo em extensão potencial. Com mais de 10.000 km planejados e milhões de pessoas beneficiadas, a megaestrutura está redesenhando o mapa da água no semiárido nordestino — e o impacto já pode ser sentido em centenas de cidades.

Uma solução gigantesca para um problema histórico

Secas severas, colapsos no abastecimento e uma realidade de escassez hídrica marcaram o Nordeste por décadas. Enquanto parte do Brasil desfruta de chuvas regulares e reservatórios cheios, muitas regiões nordestinas convivem com chuvas irregulares e um cenário de insegurança hídrica crônica.

É nesse contexto que nasceu a ideia de integrar bacias hidrográficas a partir do Rio São Francisco, um dos rios mais antigos e extensos do Brasil, com nascente em Minas Gerais e foz no Oceano Atlântico, entre Alagoas e Sergipe. O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) começou oficialmente em 2007, mas foi sonhado por engenheiros, ambientalistas e governantes desde o século XIX.

Canais que cruzam o sertão: o que já está pronto

O sistema da transposição foi pensado em quatro grandes eixos: Norte, Leste, Sul e Oeste. Até agora, dois deles já estão 100% operacionais:

  • Eixo Norte: com 260 km, leva água do São Francisco para municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

  • Eixo Leste: com 217 km, abastece regiões da Paraíba e de Pernambuco.

Juntos, os dois canais somam 477 km de canais, aquedutos, túneis e estações de bombeamento. Eles atendem hoje cerca de 390 municípios e mais de 12 milhões de pessoas que antes dependiam de açudes ou caminhões-pipa.

Um dos destaques é o Túnel Cuncas I, com 15 km de extensão, o maior da América Latina no transporte de água.

Ramal do Agreste: alívio para o interior de Pernambuco

Outro trecho essencial já entregue é o Ramal do Agreste, que leva água da transposição até o coração de Pernambuco. São 71 km de extensão, conectando dezenas de municípios que sofriam com abastecimento intermitente, especialmente em períodos de estiagem.

A obra está em funcionamento e tem sido apontada como uma das mais eficazes no combate à seca na região central do estado.

Obras em andamento: foco no Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba

O avanço mais aguardado atualmente é o Ramal do Apodi, com 115 km de extensão. A previsão do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) é que ele esteja concluído até outubro de 2026. Quando estiver pronto, o canal beneficiará mais de 750 mil pessoas em 54 municípios do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A obra já atingiu 74,8% de execução, segundo o MDR, e vem recebendo atenção especial do governo federal, principalmente devido ao impacto social e agrícola que deve gerar.

Além disso, está em andamento a duplicação da capacidade de bombeamento do Eixo Norte, passando de 25 m³/s para 49 m³/s. O projeto foi autorizado por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2025 e terá um investimento de R$ 491 milhões, segundo informações do Governo do Ceará. O objetivo é levar água a mais 237 municípios, impactando diretamente 8,1 milhões de brasileiros.

Expansão histórica: eixos Sul e Oeste podem levar o projeto a 10.000 km

Se hoje o Brasil já é capaz de operar quase 700 km de canais e ramais, os planos para o futuro são ainda mais ambiciosos. Estão em fase de estudo técnico e viabilidade os eixos Sul e Oeste, que prometem transformar o projeto em um verdadeiro “rio artificial” com mais de 10.000 km de extensão.

  • O Eixo Sul deve atender regiões da Bahia e de Sergipe com cerca de 400 km de novos canais.

  • O Eixo Oeste mira o abastecimento de áreas do Piauí, com ramificações que ainda estão sendo definidas.

Com essas expansões, o Brasil poderá superar até mesmo o projeto chinês de desvio Sul-Norte, considerado atualmente o maior sistema de redistribuição hídrica do mundo.

O impacto na vida das pessoas: água, comida, emprego e dignidade

Não se trata apenas de uma obra de infraestrutura. Para quem vive no semiárido, ter água corrente em casa significa redução de doenças, melhora na produção agrícola familiar, abastecimento de escolas e hospitais, e um salto importante na qualidade de vida.

De acordo com especialistas do setor hídrico, a transposição já está gerando efeitos diretos no combate à pobreza, além de abrir caminho para novos polos de desenvolvimento, especialmente na agricultura irrigada e no turismo sustentável.

Críticas e controvérsias: a água é para todos?

Apesar do alcance positivo, a transposição do São Francisco não escapou de polêmicas. Algumas organizações ambientais e movimentos sociais apontam riscos como:

  • Retirada excessiva de água em épocas de seca no próprio rio São Francisco;

  • Destinação preferencial da água para agroindústrias e projetos de carcinicultura (criação de camarões);

  • Falta de investimento em sistemas locais de abastecimento e saneamento nas comunidades mais vulneráveis.

Ainda assim, o governo afirma que as ações seguem critérios técnicos e que a prioridade é o uso humano e a segurança hídrica. O ministro Waldez Góes afirmou em entrevista à Agência Brasil:

“A transposição do São Francisco é uma obra de integração nacional. A água tem que chegar de forma justa e com eficiência. O próximo passo é garantir que a gestão e distribuição sejam feitas com qualidade”.

PPP até 2025: nova fase promete modernização

Pensando em eficiência e sustentabilidade a longo prazo, o governo federal pretende lançar uma Parceria Público-Privada (PPP) para administrar os eixos Norte e Leste. O modelo será de concessão patrocinada, com leilão previsto para o fim de 2025.

A expectativa é que uma gestão mais profissional e técnica possa reduzir custos, melhorar a manutenção das estruturas e garantir o uso responsável da água, sem depender exclusivamente do orçamento público.

O maior rio artificial do planeta pode estar nascendo no Brasil

A transposição do Rio São Francisco representa uma das maiores apostas da história brasileira em infraestrutura hídrica. Mais do que uma promessa, o projeto é uma realidade viva, que já mudou o cotidiano de milhões e segue avançando.

Com a possível expansão para mais de 10.000 km de canais, o Brasil pode estar criando o maior rio artificial do mundo, um feito inédito para uma região que durante séculos viveu sob a sombra da seca.

Agora, a grande expectativa recai sobre a continuidade das obras, a inclusão social nos critérios de distribuição e o compromisso de governos — atuais e futuros — com a gestão justa da água, um dos bens mais preciosos para a vida no planeta.

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