O governo federal confirmou, antes de mais nada, que todos os beneficiários do Bolsa Família precisarão ter biometria cadastrada ou a Carteira de Identidade Nacional (CIN) para manter o benefício a partir dos próximos anos. A medida faz parte de uma estratégia nacional para modernizar a identificação civil e, a saber, reduzir fraudes nos programas sociais.
A princípio, muitas famílias acreditaram que precisariam correr para emitir o novo documento. No entanto, o governo esclareceu que o processo será gradual, com prazos amplos, etapas bem definidas e validação automática para quem já possui biometria em outras bases oficiais.
Por que o governo passará a exigir a CIN no Bolsa Família
Em primeiro lugar, o governo decidiu modernizar o sistema de identificação porque precisa tornar a distribuição dos benefícios mais segura. A adoção da base biométrica nacional, que reúne impressões digitais, reconhecimento facial e dados civis, permite cruzar informações com maior precisão.
Ou seja: ao exigir a CIN ou algum registro biométrico válido, o sistema reduz cadastros duplicados, evita inscrições irregulares e garante que o dinheiro chegue a quem realmente tem direito.
Prazos oficiais: entenda o cronograma até 2028
O governo adotou um calendário escalonado. Assim, os beneficiários terão tempo suficiente para se adaptar às novas regras.
A partir de 1º de maio de 2026
O governo passará a exigir biometria para novos pedidos e renovações de benefícios.
Quem já tiver biometria na CNH ou no TSE terá validação automática.
Quem nunca registrou biometria poderá ser orientado a emitir a CIN.
A partir de 1º de janeiro de 2027
O país entrará em uma fase mais rígida:
A biometria será obrigatória para todas as concessões e renovações.
O governo notificará quem não possuir registro biométrico em nenhuma base oficial.
A partir de 1º de janeiro de 2028
Por fim, a CIN se tornará o documento oficial obrigatório para todos os beneficiários.
Em conclusão, documentos antigos ou sem biometria deixarão de ser aceitos nos programas sociais.
Quem já está regular e não precisa agir agora
Antes de mais nada, grande parte das famílias atendidas pelo Bolsa Família já possui biometria ativa. Essas pessoas não precisam ir ao CRAS, nem emitir a CIN imediatamente.
O sistema reconhecerá automaticamente os beneficiários com biometria vinculada à:
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Cadastro Eleitoral com biometria
CIN já emitida
Ou seja, se você já usou biometria para votar ou dirigir, o governo utilizará esse registro sem exigir ação imediata.
Quem realmente precisará emitir a CIN
A saber, o grupo que precisará emitir a CIN antes dos prazos finais inclui:
Pessoas que nunca registraram biometria
Beneficiários com documentos antigos, sem dados digitais
Famílias com inconsistências no CadÚnico
Quem não possui CNH, título de eleitor biométrico ou CIN
Em todas essas situações, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) enviará notificações oficiais, evitando deslocamentos desnecessários.
Exceções previstas pelo governo
O governo também definiu exceções importantes. Entre elas:
Idosos com 80 anos ou mais
Pessoas com dificuldade severa de locomoção
Refugiados e estrangeiros em situação especial
Cidadãos com impedimentos físicos para coleta biométrica tradicional
Esses grupos terão regras diferenciadas e orientações específicas em atos complementares.
Veja como emitir a Carteira de Identidade Nacional
A emissão da CIN ocorre nos Institutos de Identificação de cada estado. O processo exige agendamento prévio, especialmente em períodos de maior demanda.
Documentos necessários
Certidão de nascimento ou casamento
CPF
Comprovante de residência (dependendo do estado)
Valor da emissão
A primeira via da CIN é gratuita. Em muitos estados, beneficiários do CadÚnico também recebem segunda via sem custos, reforçando a inclusão social.
Passo a passo: o que fazer agora para não perder o Bolsa Família
Para orientar as famílias, o governo reforçou um conjunto de ações práticas:
1. Verifique se você já tem biometria
Se você já votou com biometria ou possui CNH, o sistema já tem seus dados. Assim, você não precisa correr para emitir a CIN.
2. Aguarde notificações
A princípio, não vá ao CRAS sem orientação. O MDS avisará sobre qualquer necessidade de atualização.
3. Acompanhe o aplicativo Bolsa Família e o Caixa Tem
As mensagens oficiais serão encaminhadas pelos meios digitais, SMS e pelas prefeituras.
4. Programe-se para emitir a CIN somente quando necessário
Em conclusão, o processo será por etapas, evitando filas e aglomerações.
Qual será o impacto para os beneficiários
Antes de mais nada, o governo garante que ninguém perderá o Bolsa Família de imediato por causa da obrigatoriedade. O cronograma foi desenhado para oferecer tempo, orientação e segurança jurídica.
Além disso, a unificação dos documentos traz benefícios diretos aos cidadãos:
mais segurança contra golpes,
menos risco de fraudes,
maior facilidade na atualização cadastral,
e integração com outros serviços públicos.
O impacto, portanto, é administrativo, não financeiro. Quem seguir as orientações continuará recebendo normalmente.
