Pode preparar a feira do mês! Bolsa Família inclui 400 mil novos domicílios em outubro e alegra brasileiros
O Bolsa Família vai incluir 400 mil novas famílias em outubro, com foco em lares com crianças, adolescentes e grupos vulneráveis, como indígenas e pessoas em situação de rua. No total, 20,73 milhões de famílias receberão os recursos a partir desta sexta-feira (18.10). O MDS investirá R$ 14,03 bilhões, com benefício médio de R$ 678,46.
Bolsa Família inclui 400 mil novos domicílios em outubro
Das novas famílias, 371 mil (62%) têm crianças até 12 anos, 86 mil têm adolescentes de 13 a 17 anos, e 66 mil são de grupos tradicionais e específicos. O Nordeste lidera com 163,67 mil (41%) novas inclusões, seguido pelo Sudeste com 130,58 mil (33%).
Em termos de indivíduos, o programa atinge 54,32 milhões de pessoas em outubro. Desse total, 30% (16,46 milhões) são crianças de 0 a 11 anos, e 7,7 milhões são adolescentes de 12 a 17 anos. As mulheres representam 58,2% dos beneficiários, somando 31,6 milhões.
As mulheres também são maioria entre os responsáveis familiares, com 17,29 milhões (83,4%) recebendo em seu nome. Além disso, 10,68 milhões de lares (51,54%) são chefiados por mulheres com filhos e sem cônjuge.
Esses grupos recebem adicionais de R$ 150 (crianças de 0 a 6 anos) ou R$ 50 (7 a 18 anos incompletos). Gestantes e nutrizes também ganham R$ 50. Em outubro, serão pagos 9,34 milhões de Benefícios Primeira Infância (BPI), totalizando R$ 1,31 bilhão.
Além disso, 12,34 milhões de Benefícios Variáveis Familiares são destinados a crianças e adolescentes de 7 a 12 anos, totalizando R$ 564 milhões. O programa também atende 3,3 milhões de jovens de 16 a 18 anos incompletos, com um investimento de R$ 147,38 milhões.
O PBF repassa ainda 1,27 milhão de Benefícios Variáveis Familiares para gestantes, somando R$ 59,57 milhões, e 422,03 mil para nutrizes, no valor de R$ 20,23 milhões.
Regra de Proteção
Este mês, 2,88 milhões de famílias estão protegidas pela Regra de Proteção, recebendo em média R$ 371,42. Dessas, 488,48 mil são novas inclusões, após aumento de renda acima de R$ 218 por pessoa, mas ainda abaixo de meio salário mínimo per capita.
Essas famílias continuam recebendo apoio por até dois anos, com 50% do valor do benefício, incluindo adicionais. Já 295,45 mil famílias deixaram o programa por superarem o limite de meio salário mínimo per capita em outubro.
Raça, GPTE e cor
A maioria dos beneficiários, 39,5 milhões ou 72,8%, se declara preta ou parda no Cadastro Único.
O programa atende também 962,24 mil famílias em situação de maior vulnerabilidade, incluindo 233,7 mil indígenas e 265,87 mil quilombolas.
Há ainda 391,92 mil famílias com catadores de material reciclável, 14,93 mil com crianças em situação de trabalho infantil e 63,98 mil com pessoas resgatadas de trabalho análogo ao escravo.
A transferência de renda alcança também 231,97 mil famílias com pessoas em situação de rua.
Regional
A região Nordeste lidera em número de famílias beneficiadas pelo Programa, com 9,41 milhões de lares recebendo um total de R$ 6,36 bilhões. O valor médio na região é de R$ 676,10.
O Sudeste vem em segundo, com 6,01 milhões de famílias atendidas e um repasse de R$ 3,99 bilhões. Cada domicílio recebe em média R$ 667,75.
O Norte tem o maior benefício médio do país, R$ 714,84, com 2,63 milhões de famílias no PBF. O repasse para os sete estados da região soma R$ 1,88 bilhão em outubro.
No Sul, 1,53 milhão de famílias recebem R$ 1,02 bilhão, com um benefício médio de R$ 671,31.
O Centro-Oeste tem 1,13 milhão de lares contemplados com R$ 772,87 milhões em investimento. O valor médio é de R$ 679,77.
Calendário
Os pagamentos do Bolsa Família são feitos de forma escalonada. Em outubro, começam nesta sexta-feira (18.10) para beneficiários com NIS final 1, seguindo até 31 para NIS final zero, sempre nos dias úteis.
Municípios em situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pelo Governo Federal são exceção. Nesses casos, os beneficiários podem usar o recurso no primeiro dia de pagamento, independente do NIS.
As cidades gaúchas terão calendário unificado até dezembro deste ano, devido à tragédia climática que afetou o Rio Grande do Sul.