Bolsa Família desliga 160 mil famílias após pente-fino: veja por que tanta gente perdeu o benefício e como evitar cortes em 2026

O Governo Federal desligou 160 mil famílias do Bolsa Família em outubro de 2025 após realizar um pente-fino rigoroso em todo o país. A ação, a saber, analisou milhares de informações de renda e verificou divergências no CadÚnico. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) coordenou a fiscalização para garantir que o benefício alcance exclusivamente quem se enquadra nas regras.

A princípio, o governo explica que esse monitoramento ocorre de forma contínua e automática. Antes de mais nada, o sistema cruza dados declarados no CadÚnico com registros de emprego, programas federais e vínculos formais presentes no eSocial. Quando encontra uma inconsistência, o programa interrompe o pagamento sem aviso prévio.

Ou seja, qualquer informação desatualizada — por menor que pareça — pode gerar bloqueio, suspensão e até cancelamento definitivo.

Segundo o MDS, o alto volume de cortes em outubro decorreu do avanço das ferramentas de cruzamento de dados, que identificaram mais rapidamente quem ultrapassou a renda permitida ou deixou o cadastro desatualizado.

Pente-fino mira renda acima do limite permitido

Em primeiro lugar, o governo reforça que a renda per capita continua sendo o critério mais determinante para permanecer no Bolsa Família. O programa atende famílias com renda mensal de até R$ 218 por pessoa. Quando esse valor é superado, ainda que por pouco, o sistema identifica risco de corte.

Antes de mais nada, o MDS destaca que muitos desligamentos ocorreram porque famílias que conseguiram emprego não registraram a mudança de renda no CadÚnico. Mesmo quando a nova renda ainda permitia ingresso na Regra de Proteção, a omissão da informação gerou inconsistência.

A saber, a Regra de Proteção permite que famílias cuja renda suba acima de R$ 218 e permaneça abaixo de R$ 651 continuem recebendo 50% do valor do benefício por até 24 meses. Entretanto, por fim, quando esse período termina, o sistema reavalia automaticamente a renda da família. Se o valor permanecer acima do limite de entrada, o corte ocorre de imediato.

Grande parte dos desligamentos de outubro aconteceu justamente após o encerramento desse período de transição.

CadÚnico desatualizado causa a maioria dos cancelamentos

Embora a renda represente um ponto central da análise, o governo afirma que a maior parte dos cancelamentos decorre de CadÚnico desatualizado. O cadastro precisa ser atualizado a cada dois anos e sempre que houver qualquer mudança familiar.

A princípio, pequenas alterações já modificam a renda por pessoa. Veja exemplos simples:

  • alguém conseguiu emprego;

  • um filho saiu de casa;

  • houve mudança de endereço;

  • houve troca de telefone;

  • a família aumentou ou diminuiu.

Antes de mais nada, o governo alerta que qualquer mudança não informada faz o sistema registrar discrepâncias. Quando isso ocorre, o processo costuma seguir quatro etapas: advertência, bloqueio, suspensão e cancelamento.

Ou seja, manter o CadÚnico parado por muito tempo aumenta consideravelmente o risco de corte.

O MDS afirma que, em conclusão, a maioria dos desligamentos poderia ter sido evitada com atualização simples no CRAS.

Como evitar cortes no Bolsa Família

Em primeiro lugar, os beneficiários precisam manter o CadÚnico sempre atualizado. O governo orienta que a família procure o CRAS antes de completar dois anos sem atualização, mesmo que nada tenha mudado.

Antes de mais nada, os beneficiários devem seguir alguns passos práticos:

  • Informar imediatamente qualquer aumento de renda, evitando inconsistências;

  • Solicitar entrada na Regra de Proteção quando houver emprego ou mudança salarial;

  • Atualizar endereço, telefone e composição familiar sem atraso;

  • Atender avisos de bloqueio enviados pelo sistema ou pelo aplicativo;

  • Apresentar documentos completos no CRAS, incluindo RG, CPF, comprovante de residência e, se possível, comprovantes de renda.

Por fim, o governo informa que a regularização tende a ser rápida quando o beneficiário apresenta a documentação correta dentro do prazo.

Bolsa Família em 2026: veja o que muda e o que permanece igual

O Bolsa Família continuará funcionando em 2026 com as regras atuais de renda e condicionalidades. A saber, o programa mantém o valor mínimo de R$ 600, sem previsão de reajuste no orçamento inicial enviado pelo governo.

A seguir, veja os principais pontos que permanecerão em vigor:

Regras de elegibilidade continuarão iguais

A princípio, a renda per capita segue sendo o critério central: até R$ 218 por pessoa. O governo manterá o cruzamento de dados e o monitoramento contínuo, ou seja, famílias que omitirem informações correm maior risco de bloqueio.

Além disso, manter os dados atualizados no CadÚnico será uma exigência essencial.

Valor do benefício e adicionais seguem mantidos

O valor mínimo será de R$ 600, enquanto o valor médio projetado deve ficar entre R$ 673 e R$ 683, dependendo da composição familiar.

Antes de mais nada, os adicionais continuam válidos:

  • R$ 150 por criança de 0 a 6 anos;

  • R$ 50 para gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes de 7 a 18 anos.

Ou seja, famílias maiores seguem recebendo valores superiores.

Regra de Proteção permanece ativa

Em 2026, a Regra de Proteção continuará permitindo que famílias cuja renda suba acima dos R$ 218 e fique abaixo de R$ 706 por pessoa possam receber 50% do benefício por até 12 meses.

A saber, essa regra protege famílias em transição para o mercado de trabalho, evitando quedas bruscas na renda. Por fim, ao terminar o período de 12 meses, o sistema fará nova análise automática.

Calendário seguirá o padrão pelo final do NIS

Antes de mais nada, o governo manterá o calendário tradicional, com pagamentos organizados de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS). A Caixa divulgará o cronograma de 2026 com antecedência, seguindo o modelo já conhecido pelos beneficiários.

Condicionalidades de saúde e educação permanecem obrigatórias

O programa continuará exigindo:

  • frequência escolar mínima;

  • vacinação em dia;

  • pré-natal para gestantes.

Ou seja, quem não cumprir as condicionalidades poderá sofrer bloqueios, assim como nas regras atuais.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.