Aviso urgente 12/09 sobre o bloqueio do Bolsa Família em setembro: entenda por que milhares de beneficiários tiveram pagamentos suspensos e o que fazer para recuperar o valor

Bloqueio do Bolsa Família em setembro preocupa beneficiários em todo o Brasil

O calendário de pagamentos do Bolsa Família de setembro já está em vigor, mas, junto com ele, veio também uma grande dor de cabeça para milhares de famílias brasileiras: o bloqueio do benefício.

A cena tem se repetido em várias cidades: pessoas acessam o aplicativo Bolsa Família ou o Caixa Tem, acreditando que o pagamento já estaria disponível, e se deparam com a mensagem de “benefício bloqueado”. O problema não para por aí: no extrato do banco, no Portal Cidadão da Caixa e até em comunicados enviados pelo CRAS, o aviso tem deixado muita gente em alerta e sem saber o que fazer.

Para quem depende do valor mensal para itens básicos como alimentação, moradia e transporte, essa suspensão temporária é motivo de insegurança e, em alguns casos, desespero. Mas o que está por trás desse bloqueio e como resolver a situação?

O que significa ter o Bolsa Família bloqueado

Antes de tudo, é importante entender que bloqueio não é cancelamento. Quando o benefício é bloqueado, significa que houve uma suspensão temporária do pagamento, geralmente ligada a alguma pendência de dados ou exigência do programa.

Já o cancelamento é definitivo: a família perde o direito de receber o benefício e precisa realizar um novo processo de inscrição no CadÚnico para tentar voltar a participar do programa.

No caso do bloqueio, o Governo Federal faz cruzamentos de informações constantemente para garantir que apenas famílias que realmente atendam às regras continuem recebendo o benefício.

Principais motivos que podem levar ao bloqueio do Bolsa Família

Para quem teve a surpresa desagradável do bloqueio em setembro, vale a pena checar os principais motivos que costumam gerar a suspensão:

• Cadastro desatualizado no CadÚnico: a atualização é obrigatória a cada dois anos ou sempre que houver mudanças na renda, endereço, escola das crianças ou número de moradores.

• Renda familiar acima do limite permitido: atualmente, a renda per capita não pode ultrapassar R$ 218 por mês.

• Frequência escolar baixa: crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos devem manter pelo menos 85% de presença nas aulas.

• Vacinação em atraso: o calendário de vacinação infantil precisa estar atualizado.

• Falta de acompanhamento nutricional: exigido para crianças de até 7 anos.

• Gestantes sem pré-natal: acompanhamento médico é obrigatório durante a gestação.

Um detalhe importante: ter o nome sujo no SPC ou Serasa não interfere no Bolsa Família. Dívidas pessoais não fazem parte dos critérios de avaliação do programa.

Onde aparece o aviso de bloqueio

O aviso pode surgir em diferentes canais:

• Aplicativo Bolsa Família ou Caixa Tem;

• Mensagem no extrato bancário;

• Carta enviada ao endereço cadastrado;

• Aviso direto no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade.

Se você recebeu um desses comunicados, já sabe que precisa agir rápido para não perder parcelas.

O que fazer ao descobrir que o Bolsa Família foi bloqueado

Se o bloqueio do Bolsa Família apareceu para você em setembro, a primeira providência é procurar o CRAS mais próximo da sua residência. Leve os documentos necessários para atualização e verificação:

• Documento de identidade com foto (RG, CNH ou carteira de trabalho);

• CPF do responsável familiar;

• Comprovante de residência recente;

• Cartão do NIS;

• Certidões de nascimento ou casamento dos membros da família;

• Declaração escolar das crianças e adolescentes;

• Cartão de vacinação das crianças de até 7 anos;

• Carteira de pré-natal (se houver gestante na família).

No CRAS, os profissionais vão analisar a situação, verificar o motivo do bloqueio e orientar sobre os passos seguintes.

Quanto tempo leva para desbloquear o Bolsa Família

A paciência aqui é essencial. O desbloqueio pode levar de 30 a 90 dias, dependendo da análise da documentação, do tempo de processamento no sistema e, em alguns casos, de visitas domiciliares para confirmar as informações.

Durante esse período, não há pagamento do benefício. Ou seja, o valor realmente fica suspenso até que tudo seja regularizado.

E os valores atrasados, eu perco?

A boa notícia é que não. Após o desbloqueio, o beneficiário recebe todos os valores retroativos referentes ao período em que o Bolsa Família ficou suspenso.

Exemplo prático: se o benefício foi bloqueado em julho e liberado em setembro, os valores de julho e agosto serão pagos junto com a próxima parcela disponível. A Caixa pode liberar esse pagamento de forma acumulada ou separada, de acordo com o cronograma.

Calendário oficial de pagamentos do Bolsa Família em setembro

Mesmo com o bloqueio, é fundamental acompanhar o calendário de setembro, já que os pagamentos retroativos também seguem a mesma lógica. O cronograma é definido de acordo com o último dígito do NIS (Número de Identificação Social).

Confira as datas de setembro:

Por que o Governo faz esses bloqueios regularmente

Embora possa parecer uma punição, o bloqueio faz parte da fiscalização do programa. O objetivo é garantir que o Bolsa Família atenda realmente quem precisa, evitando fraudes e uso indevido.

Segundo dados do próprio Ministério do Desenvolvimento, esses cruzamentos de dados já retiraram da folha famílias que não se enquadravam mais nos critérios. Ao mesmo tempo, também abriram espaço para a inclusão de novos beneficiários.

Ou seja, o bloqueio não é um acaso: é uma etapa prevista no sistema de controle do Bolsa Família.

Dicas para evitar bloqueios futuros

Quem já passou pelo sufoco de ter o benefício bloqueado sabe o quanto é difícil ficar meses sem receber. Para não cair nessa situação de novo, algumas dicas simples podem ajudar:

• Mantenha o CadÚnico sempre atualizado;

• Guarde comprovantes escolares e de vacinação;

• Realize o pré-natal corretamente, em caso de gestantes;

• Respeite os prazos de atualização informados pelo CRAS;

• Fique atento a avisos no aplicativo e extratos bancários.

Seguir esses cuidados é a melhor forma de garantir que o benefício chegue todos os meses sem imprevistos.