Biometria do INSS passa a valer: novas regras já começaram e afetam todos os pedidos de benefícios

Biometria no INSS começa a valer: veja quem precisa, quem está liberado e novos prazos até 2028

A exigência de biometria para novos pedidos de benefícios do INSS começou a valer nesta sexta-feira (21). A mudança marca uma nova fase no sistema de concessão da Previdência Social, com o governo reforçando mecanismos de segurança e combate a fraudes. A partir de agora, qualquer pessoa que solicitar aposentadoria, auxílio, pensão ou outro benefício precisará ter um cadastro biométrico válido nos documentos aceitos.

A seguir, saiba o que muda, quem precisa fazer algo agora, quem está liberado e como ficam os prazos até 2028. O objetivo deste conteúdo é facilitar a leitura e aumentar o engajamento, com informações diretas e organizadas.

O que muda a partir de agora para quem vai pedir benefício

Em primeiro lugar, a nova regra vale apenas para novos requerimentos apresentados ao INSS. Ou seja, a partir desta sexta (21), qualquer pedido de benefício exige biometria válida.

A princípio, o órgão aceitará três tipos de biometria:

  • Carteira de Identidade Nacional (CIN)

  • Carteira Nacional de Habilitação (CNH)

  • Título de Eleitor (biometria cadastrada no TSE)

Antes de mais nada, o cidadão não precisa apresentar esses documentos fisicamente no atendimento presencial. O INSS fará a validação diretamente pelos sistemas integrados ao Governo Federal.

Ou seja, se você já tem biometria em algum desses documentos, pode seguir normalmente com o seu pedido.

Nada muda para quem já recebe benefício

O INSS deixou claro que a implementação será gradual para quem já recebe aposentadoria, pensão ou auxílio. Não haverá bloqueio, suspensão ou exigência imediata de atualização.

Por fim, quem já recebe benefício não precisa fazer nada agora.

O órgão informou ainda que, se houver necessidade de atualização biométrica no futuro, o segurado será comunicado com antecedência. Isso significa que não haverá impacto no pagamento, nem interrupção do benefício.

Quem está liberado da biometria por enquanto

A saber, algumas categorias ficam totalmente dispensadas da exigência neste momento. Veja quem está livre da biometria:

  • Pessoas com mais de 80 anos

  • Pessoas com dificuldade de locomoção por motivo de saúde, com comprovação

  • Moradores de áreas de difícil acesso

  • Migrantes em situação de refúgio e apátridas

  • Residentes no exterior

Além disso, até 30 de abril de 2026, as seguintes pessoas também não precisarão de biometria:

  • Quem solicitar salário-maternidade

  • Quem solicitar benefício por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença)

  • Quem solicitar pensão por morte

Essa etapa foi anunciada para que o sistema se adapte aos novos processos, evitando filas e garantindo que casos urgentes não sejam prejudicados.

Por que a biometria está sendo exigida no INSS

De acordo com o decreto assinado pelo presidente Lula em julho e regulamentado agora pela nova portaria, o objetivo é reduzir fraudes e fortalecer a identificação civil.

O INSS tem registrado, nos últimos anos, aumento de tentativas de golpes envolvendo documentos falsos, procurações fraudulentas e tentativas de saque irregular de benefícios. Com a biometria integrada aos sistemas do governo, o risco de fraude reduz significativamente.

Ou seja: a mudança busca proteger o próprio segurado e garantir que o dinheiro público chegue a quem realmente tem direito.

Novos prazos: o que muda em 2026 e 2028

O governo estabeleceu um cronograma em etapas. Veja o que muda com o passar dos anos:

A partir de 1º de maio de 2026

Quem tentar solicitar um novo benefício e não tiver biometria nos documentos aceitos (CIN, CNH ou biometria do TSE) precisará, obrigatoriamente, emitir a Carteira de Identidade Nacional (CIN).

Em outras palavras: a partir dessa data, a CIN será o documento principal, mas ainda serão aceitas biometrias de outros órgãos — desde que já estejam cadastradas.

A partir de 1º de janeiro de 2028

Nesta fase final, o INSS aceitará apenas a biometria da Carteira de Identidade Nacional (CIN) para:

  • Novos pedidos de benefícios

  • Manutenções de benefícios

  • Atualizações cadastrais

Ou seja, a CIN passa a ser o único documento aceita como identidade biométrica oficial para todos os procedimentos do INSS.

Regras para benefícios sociais: prazo prorrogado

Antes de mais nada, é importante destacar que benefícios sociais não fazem parte da atribuição do INSS. Por isso, o governo decidiu adiar a exigência biométrica nessas modalidades.

O prazo passa a ser maio de 2026 para programas como:

Em conclusão, quem depende desses benefícios ainda poderá fazer o cadastro normalmente até 2026, sem biometria obrigatória.

Como saber se sua biometria está registrada

A pessoa pode verificar a qualquer momento se possui biometria cadastrada no GOV.BR. Isso pode ser feito de três formas simples:

  1. Pelo aplicativo GOV.BR
    No menu principal, escolha a opção “Privacidade” e depois “Biometria”.

  2. No aplicativo CNH Digital, caso tenha habilitação com biometria.

  3. No site do TSE, para confirmar biometria do título de eleitor.

Caso não haja biometria registrada, o cidadão será orientado a emitir a Carteira de Identidade Nacional no órgão de identificação do seu estado.

O que acontece se a pessoa não tiver biometria

Neste momento, nada muda. Se a pessoa pretende pedir um benefício agora e não tem biometria, precisará apenas registrar em um dos documentos aceitos. O processo é simples, feito nos órgãos de identificação estaduais ou no Detran, conforme o documento escolhido.

Entretanto, a partir de maio de 2026, quem não tiver biometria não conseguirá sequer iniciar o pedido, sendo obrigado a emitir a CIN primeiro.

Saulo Moreira

Saulo Moreira

Saulo Moreira dos Santos é um profissional comprometido com a comunicação e a disseminação de informações relevantes. Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com mais de 15 anos de experiência como redator web, Saulo se especializou na produção de artigos e notícias sobre temas de grande interesse social, incluindo concursos públicos, benefícios sociais, direitos trabalhistas e futebol.