O Banco Central do Brasil (BACEN) acaba de anunciar uma iniciativa crucial para ajudar milhões de brasileiros a recuperarem valores financeiros que ficaram esquecidos em diversas instituições.
Essa notícia chega em um momento oportuno, pois muitos cidadãos ainda desconhecem a existência desses recursos e, portanto, não os reivindicaram.
A descoberta de bilhões em valores esquecidos
De acordo com as informações divulgadas pelo BACEN, existem atualmente R$8,4 bilhões em valores a receber, provenientes de diversas fontes, como contas inativas, fundos de investimento, seguros e até mesmo heranças não reclamadas.
Essa quantia significativa representa uma oportunidade única para que os brasileiros recuperem o que lhes pertence por direito. O processo de resgate desses valores é surpreendentemente simples e gratuito.
Basta que os cidadãos acessem o site oficial do Sistema de Valores a Receber (SVR) e realizem uma consulta com seus dados pessoais. Caso haja valores disponíveis, eles poderão seguir as instruções fornecidas para efetuar o resgate.
Embora a iniciativa tenha sido reativada em março de 2023, apenas 32,27% dos 65,9 milhões de beneficiários já realizaram o resgate.
Até o final de maio, cerca de 21,27 milhões de correntistas acessaram seus valores, sendo 19,82 milhões pessoas físicas e 1,45 milhão pessoas jurídicas.
Perfil dos valores esquecidos
A análise dos valores não resgatados revela um cenário interessante. A maior parte, 63,6%, corresponde a quantias de até R$10, enquanto 24,86% variam entre R$10,01 e R$100. Apenas 9,77% dos valores estão entre R$100,01 e R$1 mil, e apenas 1,77% excedem R$1 mil.
Apesar da adesão ainda tímida, o SVR vem registrando um crescimento gradual no resgate de valores. Em maio de 2023, foram resgatados R$327 milhões, um aumento em relação aos R$290 milhões do mês anterior.
Esse crescimento é atribuído a melhorias implementadas no sistema, como a criação de uma sala de espera virtual e a possibilidade de compartilhar informações via WhatsApp.
Melhorias no Sistema de Valores a Receber
Para facilitar ainda mais o acesso dos brasileiros a esses valores esquecidos, o BACEN tem investido em melhorias no SVR. Algumas das principais novidades incluem:
- Criação de uma sala de espera virtual, evitando filas e agilizando o processo de resgate;
- Possibilidade de compartilhar informações sobre os valores a receber via WhatsApp, ampliando o alcance da iniciativa;
- Aprimoramento da plataforma online, tornando a navegação mais intuitiva e a consulta mais eficiente.
Atenção aos Golpes e Fraudes
Embora o processo de resgate seja gratuito e seguro, o BACEN alerta os cidadãos sobre a possibilidade de golpes e fraudes.
É importante que os brasileiros fiquem atentos e não compartilhem informações pessoais ou acessem links suspeitos durante o processo de recuperação dos valores.
Para garantir a segurança do resgate, o BACEN recomenda que os cidadãos acessem apenas o site oficial do SVR e sigam as instruções fornecidas.
Qualquer solicitação de informações pessoais ou compartilhamento de dados fora do sistema oficial deve ser imediatamente descartada.
Novidades do Banco Central para o Pix
O Banco Central do Brasil recentemente anunciou uma série de novas regras e iniciativas relacionadas ao Pix, o sistema de pagamentos instantâneos que se tornou uma das principais inovações do sistema financeiro brasileiro nos últimos anos.
Essas mudanças têm como objetivo principal oferecer mais segurança e conveniência aos usuários do Pix, visando fortalecer ainda mais essa importante ferramenta de transferências e pagamentos.
Limite de valor para dispositivos não cadastrados
Uma das principais alterações anunciadas pelo BC é a imposição de um limite de valor para transações Pix realizadas por meio de dispositivos de acesso, como smartphones e computadores, que não estejam previamente cadastrados pelo usuário.
Especificamente, a nova regra determina que transações Pix iniciadas por dispositivos não cadastrados poderão ser realizadas apenas até o limite de R$200,00 por transação, com um teto diário de R$1.000,00.
Para valores acima desses limites, será necessário que o dispositivo utilizado tenha sido cadastrado anteriormente pelo cliente.
Essa medida visa aumentar a segurança das operações Pix, dificultando o uso indevido de dispositivos não autorizados para a realização de transações de maior valor.
Ao mesmo tempo, a regra busca não causar inconvenientes aos usuários que já utilizam um dispositivo específico para suas transações Pix, aplicando-se apenas a novos dispositivos que nunca tenham sido usados para iniciar uma operação no sistema.
Verificação periódica de marcações de fraude
Outra importante mudança anunciada pelo BC é a obrigatoriedade de que as instituições financeiras participantes do Pix realizem, pelo menos a cada seis meses, a verificação de possíveis marcações de fraude nos cadastros de seus clientes.
Caso sejam identificados clientes com histórico de fraudes, os bancos deverão tratá-los de forma diferenciada, podendo inclusive encerrar o relacionamento ou aplicar limites específicos de tempo para autorização de transações realizadas por esses usuários.
Essa medida visa reforçar a segurança do ecossistema Pix, permitindo que os bancos atuem de maneira preventiva em relação a clientes com histórico de fraudes, reduzindo os riscos de novos incidentes e prejuízos para os demais usuários do sistema.
Pix Agendado Recorrente
Além das novas regras de segurança, o Banco Central também anunciou o lançamento de uma nova modalidade do Pix: o “Pix Agendado Recorrente”.
Essa funcionalidade será semelhante ao “Pix Automático”, com a diferença de que será voltada especificamente para pagamentos entre pessoas físicas, como no caso de aluguéis.
Com o Pix Agendado Recorrente, os usuários poderão autorizar débitos periódicos de forma automática, sem a necessidade de autenticação a cada transação.
Essa funcionalidade promete trazer mais conveniência e eficiência para os usuários, facilitando o gerenciamento de compromissos financeiros recorrentes.