A Caixa Econômica Federal publicou um comunicado que vem chamando a atenção de milhões de beneficiários do INSS. A princípio, pode parecer improvável que alguém deixe de sacar o próprio benefício. Ainda assim, o órgão esclarece que existe prazo de validade para cada parcela, e ultrapassá-lo traz consequências importantes.
Antes de mais nada, vale destacar que estamos falando dos segurados que recebem pelo cartão magnético previdenciário — aquele utilizado apenas para saque no caixa eletrônico, lotéricas e agências.
De acordo com a Caixa, cada parcela deve ser sacada dentro do prazo estabelecido pelo INSS. Esse período, em quase todos os casos, chega a aproximadamente 60 dias. Ou seja, o benefício vence no final do mês seguinte à disponibilização do pagamento.
O que acontece se o segurado não sacar a parcela no prazo?
A Caixa explicou que, caso o saque não seja realizado dentro do prazo, o dinheiro retorna automaticamente ao INSS. A saber: essa devolução não quer dizer que o segurado perdeu o direito ao valor, mas o processo para recuperá-lo se torna mais burocrático.
Ou seja, o segurado deixa de resolver tudo na Caixa e passa a depender de uma análise do próprio INSS. Por fim, o caminho para solicitar novamente a liberação exige tempo e documentação, o que pode atrasar ainda mais o recebimento.
Como recuperar o dinheiro que voltou para o INSS
Se o valor retornar ao Instituto por falta de saque, o segurado deve, em primeiro lugar, entrar em contato com a Central 135 ou acessar o “Meu INSS”. Em seguida, será necessário comparecer a uma Agência da Previdência Social.
Esse atendimento presencial — que geralmente exige agendamento prévio — permite que o beneficiário solicite a revalidação da parcela. Em outras palavras: o INSS analisa o caso, confirma que o beneficiário tinha direito ao pagamento e autoriza nova emissão. Só então o valor volta a ficar disponível.
Canais de contato do INSS para solicitar regularização
Os canais oficiais do INSS são os meios mais seguros e rápidos para resolver pendências ou consultar informações sobre benefícios. Veja como usar cada um deles:
1. Meu INSS (aplicativo ou site)
O “Meu INSS” é o caminho mais completo para acessar extratos, consultar pagamentos e regularizar pendências.
Acesse o site meu.inss.gov.br ou baixe o app no Android ou iOS
Clique em “Entrar com gov.br”
Digite seu CPF e senha
No painel inicial, acesse serviços como “Extrato de Pagamento”, “CNIS”, “Consultar Pedidos” e “Agendamentos”
Esse portal funciona 24 horas por dia, sem filas e sem necessidade de atendimento presencial.
2. Central de Atendimento 135
O número 135 continua sendo uma opção indispensável, principalmente para quem tem dificuldade com aplicativos.
Funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h
Tenha CPF e documentos em mãos
É possível confirmar pagamentos, tirar dúvidas e agendar atendimentos presenciais
3. Agência da Previdência Social (APS)
Embora seja o meio mais lento, a ida presencial é necessária para algumas solicitações, inclusive para reaver valores que retornaram ao INSS. Recomenda-se sempre agendar pelo 135 ou “Meu INSS” antes de ir.
Calendário de pagamentos do INSS em novembro
O pagamento de novembro já tem data confirmada pelo Governo Federal. A saber: os depósitos começam no dia 24 de novembro.
A princípio, recebem primeiro os segurados de renda mensal de até um salário mínimo. O calendário segue de acordo com o final do NIS:
Final 1: 24/11
Final 2: 25/11
Final 3: 26/11
Final 4: 27/11
Final 5: 28/11
Final 6: 29/11
Final 7: 02/12
Final 8: 03/12
Final 9: 04/12
Final 0: 05/12
Ou seja, todos os segurados que recebem um salário mínimo terão o depósito liberado entre os últimos dias de novembro e os primeiros dias de dezembro.
Já os segurados que recebem acima de um salário mínimo recebem somente a partir de dezembro, seguindo a liberação tradicional dividida por finais do NIS.
Por que é tão importante não perder o prazo de saque
Ainda que o prazo de 60 dias pareça suficiente, muitos segurados deixam de sacar por esquecimento, dificuldades de deslocamento ou perda do cartão. Entretanto, quando o valor retorna ao INSS, o processo de recuperação se torna mais demorado e exige mais etapas de confirmação.
Além disso, muitos beneficiários utilizam o valor para despesas essenciais, como remédios, alimentação e contas básicas. Qualquer atraso pode comprometer essas obrigações.
Como consultar o benefício pelo CPF
A consulta pelo CPF continua sendo o método mais prático e seguro para acompanhar o benefício. De maneira simples, é possível verificar:
- situação do benefício
- datas de pagamento
- extratos liberados
- histórico de contribuições
- solicitações em análise
Pelo Meu INSS – O método mais completo. Basta inserir o CPF para entrar na conta gov.br e acessar todos os detalhes.
Pelo 135 – Ideal para quem não usa aplicativos. Informe seu CPF ao atendente e receba as informações na hora.
Pela Agência da Previdência Social – Usado em casos que exigem documentos físicos ou correções cadastrais.
