Atualização do BPC pode prejudicar 1 milhão de IDOSO 65+: veja agora quem pode perder o benefício
Estudos e análises detalhadas revelaram algumas irregularidades em benefícios sociais, conforme explicado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), em entrevista recente. Ele indicou quais pessoas correm o risco de perder o BPC do INSS em breve.
Segundo o ministro, mais de 1 milhão de indivíduos podem perder o direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em um futuro próximo.
Em declarações desta semana, Dias mencionou que a revisão do INSS está identificando diversos casos de pessoas recebendo o BPC de forma irregular. Para se ter uma ideia, a maioria dos bloqueios envolve cidadãos que não conseguem atualizar informações cruciais.
O ministro esclarece a situação: “No BPC, temos cerca de 500 mil pessoas que receberam o benefício e nem estavam no Cadastro Único”, afirma. “E 900 mil não atualizam o cadastro há mais de quatro anos”, acrescenta Wellington Dias.
“Estamos nos esforçando para agilizar essas perícias, com o objetivo de ter esse cadastro bem atualizado até março ou abril.”
Preocupação com o orçamento
Outro problema tem surgido. De acordo com dados oficiais do Ministério da Previdência, os gastos com o BPC estão crescendo rapidamente, ultrapassando a marca de R$ 100 bilhões em março deste ano.
A média mensal de solicitações de entrada no benefício aumentou 40% nos primeiros seis meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Para enfrentar esse desafio orçamentário, o governo federal anunciou uma revisão minuciosa do benefício, visando combater possíveis fraudes e irregularidades. A equipe econômica do governo federal busca gerar uma economia de aproximadamente R$ 6,4 bilhões.
Mudanças na estrutura do BPC
Wellington Dias afirma que o plano do governo federal é manter a revisão apenas para identificar pessoas que estariam recebendo o BPC de forma irregular. Até o momento, ele indica que não há previsão de que o poder executivo vá alterar as regras de acesso ao benefício.
Ele também disse que não concorda com a ideia de desvincular o BPC do salário mínimo, o que poderia fazer com que o Benefício de Prestação Continuada tivesse aumentos menores em comparação com os reajustes do piso nacional.
“Quanto ao BPC, o conceito desde o começo é salário mínimo, então é bem improvável que ocorra alguma mudança. Ainda mais considerando que estamos falando de pessoas que geralmente têm gastos bem altos com outras despesas, como remédios, alimentação adequada e cuidados”, declara.