Nos últimos dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tomou medidas drásticas ao proibir duas marcas famosas de café após a descoberta de irregularidades preocupantes.
Essas marcas, que são tradicionais no mercado brasileiro, foram impedidas de comercializar seus produtos devido à presença de vidro e restos de insetos em sua composição.
Veja em detalhes os acontecimentos que levaram à proibição dessas marcas de café, bem como a manifestação das empresas envolvidas e a situação atual em relação a esses produtos.
Além disso, discutiremos a importância da vigilância sanitária na garantia da segurança alimentar e como os consumidores podem se proteger ao escolher seus produtos.
ANVISA descobre marca de Café com insetos
No ano de 2017, a Associação de Consumidores Proteste realizou um teste de segurança alimentar em amostras de oito marcas de café e farinha de trigo.
De acordo com o regulamento técnico da ANVISA, foram encontrados restos de um inseto morto no café da marca Melitta. A agência reguladora afirmou na época que cada 25 gramas de café poderiam conter até 60 fragmentos de insetos.
O café Mellita revelou a presença de 13 fragmentos de insetos e um inseto inteiro morto em 25g de amostra, o que vai contra a legislação que não prevê a presença de insetos inteiros mortos.
A marca Melitta se manifestou afirmando que desconhecia os procedimentos utilizados para o teste realizado pelo Instituto Proteste e reiterou seu compromisso com a qualidade e o cumprimento das regras da ANVISA.
É importante ressaltar que a empresa recolheu o lote em questão para refazer as análises, e um teste mais recente realizado em 2019 mostrou que a marca foi muito bem avaliada. Atualmente, o Café Melitta continua sendo vendido normalmente nos mercados e nas principais lojas de e-commerce.
Café com vidro
Em março do último ano, a ANVISA proibiu uma marca famosa de café após a descoberta de fragmentos de vidro em sua composição. O café da marca Café da Terra, pertencente à empresa Café Terra do Rei LTDA, foi alvo dessa proibição.
O lote proibido correspondia ao Café Moído e Torrado, com data de validade para abril de 2023. A presença de vidro em alimentos apresenta um risco enorme à saúde e à integridade física humana. Além disso, essa descoberta evidencia a falta de boas práticas no momento da fabricação do produto.
A ANVISA determinou que esses lotes fossem imediatamente suspensos e retirados de todos os mercados, visando garantir a segurança dos consumidores. Até o momento, não encontramos declarações da empresa Café da Terra do Rei sobre o ocorrido. No entanto, apurações recentes indicam que a situação foi devidamente resolvida e a marca voltou a comercializar seus produtos normalmente.
Nas redes sociais oficiais da marca, são compartilhadas dicas sobre o café e as novidades da marca.
Como escolher um café seguro
Diante dessas ocorrências, os consumidores podem se perguntar como escolher um café seguro para consumo. Algumas medidas simples podem ajudar a garantir a qualidade e a segurança do produto:
- Verifique a procedência: Opte por marcas renomadas e com boa reputação no mercado. Pesquise sobre a empresa e sua história para ter mais confiança na qualidade do café;
- Observe as embalagens: Verifique se a embalagem está em perfeitas condições, sem sinais de danos ou violação. Embalagens amassadas ou danificadas podem indicar problemas na manipulação ou armazenamento do produto;
- Consulte o rótulo: Leia atentamente as informações presentes no rótulo do café. Verifique se há selos de qualidade e certificações, como o Selo de Pureza ABIC e o Certificado ISO 9001 de gestão de qualidade;
- Procure por análises laboratoriais: Algumas marcas realizam análises periódicas em laboratórios renomados para garantir a qualidade e a segurança de seus produtos. Essas informações podem estar disponíveis no site da empresa ou nas embalagens do café;
- Fique atento aos recalls: Caso haja algum recall de um determinado lote de café, verifique se você possui o produto em casa e siga as orientações da empresa. Os recalls são ações preventivas realizadas pelas empresas para corrigir possíveis falhas e garantir a segurança dos consumidores.