Desde 30 de abril de 2024, supermercados não podem mais vender álcool líquido 70% no Brasil. A RDC 691/2022 proibiu essa venda para reduzir acidentes com queimaduras. Durante a pandemia de Covid-19, essa regra foi suspensa para aumentar o acesso a desinfetantes.
Na pandemia, a RDC 766 de 2022 permitiu temporariamente a venda de álcool líquido, já que faltavam materiais para fazer álcool em gel. Essa permissão durou até 31 de dezembro de 2023, com mais 120 dias para vender estoques, terminando em 29 de abril de 2024.
Quais Produtos Ainda São Permitidos?
Mesmo com a proibição do álcool líquido 70%, outras formas desse produto ainda são permitidas. Álcool etílico em gel, lenços umedecidos e spray continuam à venda. Também se pode comprar álcool com menos de 70%, ou seja, abaixo de 54 graus Gay Lussac, sem restrições.
Há outras opções para limpar a casa além do álcool. Produtos como desinfetantes limpam bem as superfícies e não têm os riscos do álcool líquido.
Por que o Álcool Líquido 70% é Perigoso?
O álcool líquido 70% é muito perigoso para queimaduras porque se espalha rápido antes e durante o fogo. Esse perigo é menor no álcool em gel, que é mais fácil de controlar. Acidentes com álcool líquido podem causar queimaduras graves, que precisam de cuidados médicos especiais.
A fiscalização da venda de produtos de saúde é feita pelo governo federal, estados e cidades. As autoridades locais cuidam das vendas nas lojas, enquanto a Anvisa vigia as vendas pela internet. Essa divisão ajuda a fazer cumprir as regras e proteger as pessoas.
O Que o Consumidor Precisa Saber?
Agora que não se pode mais vender álcool líquido 70%, os consumidores devem conhecer outras opções e os riscos de usar produtos inflamáveis de forma errada. É importante seguir as regras, não só para obedecer à lei, mas também para garantir a segurança de todos em casa e no trabalho.
O impacto nas empresas e nos consumidores
A aplicação desta proibição terá, sem dúvida, impacto nas empresas e nos consumidores. Os estabelecimentos que atualmente estocam 70% de álcool líquido serão obrigados a esgotar seus estoques até o prazo designado, após o qual apenas 46% de álcool líquido e 70% de álcool gel permanecerão disponíveis no mercado.
Essa mudança pode exigir ajustes nas práticas de compra e armazenamento para as empresas, bem como mudanças no comportamento de compra do consumidor.
Soluções alternativas de desinfecção
Embora a proibição de álcool líquido a 70% possa inicialmente causar alguns inconvenientes, é importante reconhecer a disponibilidade de soluções alternativas de desinfecção que sejam igualmente eficazes e, mais importante, mais seguras.
Ubiracir Lima, representante do Conselho Federal de Química, destaca que os desinfetantes aprovados pela Anvisa podem servir como alternativas viáveis ao álcool líquido, proporcionando proteção eficaz contra microrganismos sem o risco elevado de acidentes.
Uma alternativa chave que permanece acessível é o álcool gel a 70%. Edson Abdala, coordenador do Serviço de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital Nove de Julho, destaca que o álcool gel oferece o mesmo nível de proteção contra vírus e bactérias que seu equivalente líquido, tornando-se uma opção segura e prática para higiene das mãos e desinfecção de superfície.