Antes da suspensão do horário de verão em 2019, as agências bancárias em diferentes partes do país adaptavam seus horários de atendimento para se adequar ao novo fuso horário. As agências nas regiões que adotavam o horário de verão, como Sudeste e Sul, normalmente abriam e fechavam uma hora mais cedo.
Além do horário de atendimento, outras operações bancárias também eram ajustadas para acompanhar a mudança de horário.
Quais os efeitos do horário de verão?
A volta do horário de verão não afeta apenas os bancos. O mercado financeiro como um todo pode ser impactado por essa mudança.
A Bolsa de Valores, por exemplo, precisa ajustar seus horários de negociação para acompanhar o novo fuso horário. Além disso, outras operações financeiras, como as negociações do Tesouro Direto, também podem sofrer alterações.
Retorno do horário de verão foi cancelado para 2024
Neste ano, o governo federal optou por não reintroduzir o horário de verão. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez o anúncio na tarde de quarta-feira (16 de outubro). Após a análise de novos estudos realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a decisão foi tomada.
“Nós hoje na última reunião com ONS e numa reunião presencial chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse período, esse verão. Temos a segurança energética assegurada”, disse Silveira em entrevista.
Silveira, contudo, não descartou a possibilidade de o governo retomar o debate sobre a implementação da política no próximo ano. De acordo com o ministro, o horário de verão retornou como uma política pública a ser analisada em períodos de crise de energia.
“Nós temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política para 2025, e quando eu faço esse parênteses eu faço para destacar a minha defesa da política do horário de verão para o país”, disse Silveira, que completou:
“Mais uma vez destacando que a política voltou a ser considerada no Brasil e não está descartada para períodos posteriores”.
O ministro Alexandre Silveira chegou a argumentar que a alteração poderia auxiliar o sistema em um “ponto realmente crítico” na geração decorrente da seca, que se junta ao calor e ao crescimento do consumo nos horários de pico, que atualmente acontecem ao meio-dia.
A pasta de Alexandre Silveira solicitou estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico sobre métodos para compensar a economia gerada pelo horário diferenciado, calculada em R$ 400 milhões.
Como funciona o horário de verão?
O horário de verão é uma prática adotada durante a estação mais quente do ano. No hemisfério Sul, geralmente começa na primavera e termina no início do outono, abrangendo todo o verão. Já no hemisfério Norte, costuma iniciar em março ou abril e finalizar em outubro ou novembro. O sistema funciona assim:
→ Início do horário de verão
Na data de início, à meia-noite, os relógios são adiantados em uma hora. Ou seja, quando marcarem 0h00, devem ser ajustados para 01h00.
No começo do horário de verão, adiantamos o relógio em 60 minutos.
→ Término do horário de verão
Na data final, à meia-noite, os relógios são atrasados em uma hora. Isto é, quando indicarem 0h00, devem ser ajustados para 23h00.
Ao encerrar o horário de verão, atrasamos os relógios em 60 minutos.
