ADEUS na revisão da vida toda do INSS abala aposentados que recebem R$1.412 ou mais; veja a decisão
Em uma decisão que causou grande impacto entre os aposentados, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por maioria, encerrar o debate sobre a revisão da vida toda.
Essa medida, que permitia aos segurados do INSS incluir todas as suas contribuições previdenciárias no cálculo da aposentadoria, foi declarada inconstitucional pela Corte.
Com o término da revisão da vida toda, os aposentados que ainda esperavam a decisão final sobre seus processos terão seus pedidos indeferidos.
Aqueles que já haviam obtido uma decisão favorável e recebiam um benefício maior podem ter que devolver os valores extras recebidos, já que a decisão anterior foi considerada inválida.
A decisão do STF não afeta os aposentados que já tiveram seus benefícios calculados com base na revisão da vida toda e cujos processos foram julgados com trânsito em julgado. Nesse caso, o direito adquirido prevalece, e o valor da aposentadoria permanecerá inalterado.
A revisão da vida toda era considerada uma forma de corrigir uma injustiça histórica, pois muitos trabalhadores tiveram suas contribuições anteriores a 1994 desconsideradas no cálculo de suas aposentadorias.
A revisão da vida toda foi realmente encerrada?
A controvérsia em torno da revisão da vida toda se estendia há anos. Em 2022, o STF havia considerado a medida constitucional, mas o Governo Federal recorreu da decisão.
Em março deste ano, a Corte decidiu que os segurados não poderiam escolher a regra mais vantajosa para sua aposentadoria, o que, na prática, significava o fim da revisão da vida toda.
O processo da revisão da vida toda julgado pelo STF é um recurso do INSS contra uma decisão do STJ que garantiu a um beneficiário do RGPS (Regime Geral de Previdência Social) a revisão do benefício considerando as contribuições feitas no período anterior ao ano de 1994.
Quais as implicações para os aposentados?
Com essa decisão, os aposentados terão diferentes regras para o cálculo de suas aposentadorias, dependendo de quando se filiaram ao INSS:
- Filiados antes de 1994: Manterão a regra 85/95, que calcula o valor da aposentadoria pela média dos 35 maiores salários de contribuição.
- Filiados entre 1994 e 1999: Terão a aposentadoria calculada pela regra da média, considerando todos os salários de contribuição desde a filiação.
- Filiados após 1999: Seguirão a regra de pontos, que combina tempo de contribuição e idade para determinar o valor da aposentadoria.
Por que a revisão da vida toda foi considerada inconstitucional?
A decisão do STF de declarar a revisão da vida toda inconstitucional teve várias razões. O principal motivo foi o impacto financeiro significativo nas contas públicas. O Governo Federal argumentou que incluir todas as contribuições previdenciárias nos cálculos aumentaria os custos da Previdência Social de forma insustentável.
Além disso, havia preocupação com a segurança jurídica, pois uma nova regra poderia gerar muitos processos judiciais semelhantes. O STF optou por manter a estabilidade do sistema previdenciário atual e evitar um impacto financeiro que poderia desestabilizar o orçamento do governo.
Calendário de outubro do INSS
Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão os pagamentos de outubro a partir do dia 25. O calendário do INSS considera o número final do cartão de pagamento do benefício, sem contar o dígito verificador após o traço.
Os primeiros a receber são aqueles com Número de Inscrição Social (NIS) terminado em 1. Os pagamentos ocorrem sempre em dias úteis.
Final do NIS | Data de pagamento |
1 | 25 de outubro |
2 | 28 de outubro |
3 | 29 de outubro |
4 | 30 de outubro |
5 | 31 de outubro |
6 | 1º de novembro |
7 | 4 de novembro |
8 | 5 de novembro |
9 | 6 de novembro |
0 | 7 de novembro |
Confira agora o cronograma de pagamento para benefícios superiores a um salário mínimo:
Final do NIS | Data de pagamento |
1 e 6 | 1º de novembro |
2 e 7 | 4 de novembro |
3 e 8 | 5 de novembro |
4 e 9 | 6 de novembro |
5 e 0 | 7 de novembro |