Alerta Grave! A cada R$5 pagos aos beneficiários do Bolsa Família, R$1 é gasto em bets
O Banco Central (BC) divulgou recentemente um estudo sobre o mercado de apostas e jogos de azar online no Brasil. A saber, o relatório traça o perfil dos apostadores e revela que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em sites de apostas só em agosto.
O valor total de R$3 bilhões representa 21% dos R$ 14,1 bilhões pagos pelo governo federal em benefícios do Bolsa Família no mês anterior — ou seja, a cada R$ 5 recebidos, R$ 1 foi usado em apostas.
Aproximadamente 24 milhões de pessoas físicas participam de jogos de azar e apostas no país. O BC estima esse número considerando os usuários que fizeram pelo menos uma transferência via Pix para essas empresas em agosto de 2024, mês de referência dos dados analisados.
A maioria dos apostadores tem entre 20 e 30 anos, conforme o relatório do BC. O valor médio mensal das transferências cresce com a idade. Os mais jovens apostam cerca de R$ 100 por mês, enquanto os mais velhos chegam a transferir mais de R$ 3.000 mensalmente para as plataformas.
Beneficiários do Bolsa Família transferiram um total de R$ 3 bilhões para bets
Beneficiários do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões para sites de apostas online. O valor foi enviado por integrantes de 5 milhões de famílias que recebem o auxílio governamental. Desse total, 67% (4 milhões) são responsáveis familiares, os principais destinatários do benefício, que sozinhos enviaram R$ 2 bilhões via Pix para as casas de apostas em agosto.
Político afirma que os números subestimam os montantes enviados às apostas. O senador Omar Aziz (PSD-AM), que solicitou a análise técnica, declara que os dados abrangem apenas transferências por Pix, excluindo apostas pagas por outros meios, como cartões de débito e crédito. Ele também ressalta a limitação do estudo: somente 36 plataformas foram incluídas no levantamento.
A princípios, os lares de menor poder aquisitivo sofrem mais com jogos de azar esportivos.
O BCB está atento ao tema e precisa ainda de mais dados e tempo para avaliar com maior robustez suas implicações para a economia, a estabilidade financeira e o bem-estar financeiro da população.
Dados alarmantes revelados pelo Banco Central
De acordo com um estudo recente conduzido pelo Banco Central (BC) do Brasil, os dados revelados são, nas palavras do presidente do BC, Roberto Campos Neto, “bastante preocupantes”.
O levantamento mostrou que, de janeiro a agosto de 2024, as casas de apostas online receberam a impressionante quantia de R$ 10,51 bilhões de beneficiários do programa governamental Bolsa Família.
Essas transferências foram realizadas exclusivamente por meio do sistema de pagamentos instantâneos Pix, o que representa apenas uma fração do total investido pelos beneficiários em jogos de azar e apostas esportivas. O relatório não levou em consideração outras formas de pagamento, como cartões de débito e crédito, sugerindo que o valor real pode ser ainda mais elevado.
Escala do problema
Os números divulgados pelo BC são verdadeiramente chocantes.
Mais de 8,9 milhões de pessoas pertencentes ao Bolsa Família enviaram recursos para as casas de apostas, com um valor médio de R$ 1.179 por pessoa durante o período analisado.
Isso significa que, em média, cada beneficiário transferiu cerca de R$ 147 por mês para essas plataformas de jogos.
Ainda mais alarmante é o fato de que 5,4 milhões desses apostadores (60,5%) são chefes de família, ou seja, aqueles que recebem diretamente o benefício do programa.
Eles enviaram um total de R$ 6,23 bilhões (59,3%) por meio do Pix para as casas de apostas.
Perfil dos apostadores do Bolsa Família
O levantamento do BC revelou uma divisão interessante entre os gêneros dos apostadores. Entre os beneficiários do Bolsa Família, os homens tendem a apostar em maior proporção do que as mulheres.
A cada 100 homens, 32 realizaram apostas, enquanto a cada 100 mulheres, apenas 28 o fizeram.
No entanto, essa tendência se inverte quando analisamos apenas os chefes de família. Nesse grupo, as mulheres apostam em maior proporção do que os homens.
A cada 100 mulheres chefes de família, 27 realizaram apostas, enquanto a cada 100 homens chefes de família, apenas 20 o fizeram. Vale ressaltar que, de cada 100 chefes de família, 83 são mulheres.
