Golpes contra idosos de 60,61,62 anos ou mais! Veja mais de 10 fraudes financeiras famosas e como se proteger
Esse tipo de abuso acontece quando alguém ou alguma organização se apodera indevidamente dos recursos ou propriedades de uma pessoa idosa. Essas ações podem resultar em prejuízos, perdas, situações constrangedoras ou humilhantes, além de infringir direitos humanos e de cidadania.
Na maioria dos casos, essa prática ocorre sem o consentimento do idoso. De acordo com o MDH, porém, existem muitas situações em que a permissão é obtida por meio de intimidação, abuso psicológico ou falta de informação. Isso pode levar o idoso, por exemplo, a assinar documentos sem compreender seu conteúdo.
1. Golpe do bilhete premiado
Nesse golpe, um estelionatário afirma ter ganhado na loteria — como na Mega-Sena — e possuir um bilhete vencedor que não consegue resgatar no banco. Em seguida, ele propõe ao idoso o direito ao prêmio, contanto que a vítima pague um valor inferior pelo bilhete.
2. Boleto falso
Baseando-se em pesquisas online, o golpista descobre seus interesses e preferências. Ele então cria um boleto falso de viagens, consórcios, operadoras de telefonia, multas ou até mesmo de instituições religiosas, e envia por e-mail.
Ao receber esse boleto, a vítima não percebe que é uma fraude e acaba realizando o pagamento.
3. Cartão retido no caixa eletrônico
Instalação de um dispositivo nos caixas eletrônicos para reter seu cartão magnético, permitindo acesso aos dados do cartão.
4. Empréstimo consignado e cartão de crédito
Acontece quando instituições financeiras fazem ligações insistentes oferecendo empréstimos e cartões de crédito consignados — onde o pagamento é automático, diretamente da conta bancária do solicitante ou vítima do golpe.
O MDH aponta duas formas principais desse golpe:
- saque por telefone sem autorização; e
- saque por telefone sem que a pessoa entenda as regras ou seja induzida ao erro.
5. Golpe do falso namorado online
O golpista usa sites de relacionamento para encontrar vítimas — geralmente idosos ou pessoas solitárias. Ele inicia contato, demonstra interesse e começa a conversar por aplicativos. Após criar um vínculo emocional, o golpista alega precisar de dinheiro, por exemplo, para tratamento médico.
É comum que os golpistas peçam dinheiro emprestado, que nunca será devolvido, ou finjam ser estrangeiros enviando presentes. Nesse caso, um cúmplice pode se passar por funcionário dos Correios ou da alfândega, ligando para a vítima e alegando que os presentes estão retidos e precisam de pagamento para serem liberados.
6. Falso sequestro
Os golpistas ligam aleatoriamente e, quando a vítima atende, ouve pedidos de socorro, gritos desesperados e choro. A pessoa se passa por um familiar que foi supostamente sequestrado.
Em seguida, outro cúmplice exige pagamento em troca da vida e segurança do suposto familiar, alerta o MDH.
7. Falsa central de atendimento
Por telefone ou WhatsApp, os golpistas se passam por funcionários de instituições financeiras e informam à vítima sobre uma compra realizada em seu cartão de crédito, geralmente com valor alto.
Durante a conversa, o golpista pede confirmação de dados como número do cartão, endereço, nome completo e CPF, coletando assim informações pessoais para uso indevido.
8. Golpe da maquininha
Esse tipo de fraude pode acontecer de várias maneiras. As mais comuns são:
- Visor da maquininha quebrado: o fraudador alega que a tela está com defeito, faz a cobrança e pede que a vítima confira o valor pelo app no celular dele. Porém, o valor cobrado é muito maior do que o mostrado no aplicativo.
- Visor da maquininha com película: o golpista coloca um adesivo no visor para esconder parte da tela onde aparece o valor. Assim, a vítima paga acreditando ser o valor que vê, mas o valor real é bem maior.
- Visor da maquininha alterado: o fraudador modifica o visor para mostrar o valor combinado. Na realidade, cobra-se um valor muito maior da vítima.
- Compra duplicada: após a vítima digitar a senha, o golpista diz que houve um erro e que tentará em outra maquininha. Assim, a cobrança é feita duas vezes.
9. Golpe do motoboy
O fraudador liga para a vítima, afirma que seu cartão foi clonado e precisa ser cancelado urgentemente. Ele confirma os dados pessoais da pessoa e pede que alguns dados sejam digitados no próprio telefone.
O criminoso então solicita que a vítima ligue para o número no verso do cartão, que é o número da agência bancária. Mas, usando escutas telefônicas, eles interceptam a ligação e informam que enviarão um motoboy, supostamente funcionário do banco, ou até mesmo um policial, para quem o cartão deve ser entregue.
Com os dados da vítima e o cartão em mãos, os criminosos fazem saques e compras, tanto online quanto em lojas físicas.
10. Golpe do parente com carro quebrado
O golpista liga para a vítima, se passa por um familiar e pergunta se a pessoa “não se lembra” dele. Durante a conversa, ele alega precisar de dinheiro para consertar o carro e continuar a viagem — e pede uma transferência ou depósito bancário.
11. Golpe do processo judicial
Por telefone ou carta, os golpistas alegam que o idoso tem direito a receber uma quantia devido a uma ação ganha na justiça. Mas dizem que é necessário pagar honorários e taxas para iniciar o processo.
Dica de segurança: Verifique a veracidade da informação. Peça detalhes sobre a suposta causa ganha, como o nome do advogado ou escritório responsável, o tribunal onde o caso foi julgado e o número do processo. Se possível, consulte um advogado de sua confiança para orientação.