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CESTA BÁSICA fica mais barata em 14 capitais e brasileiros comemoram a redução do preço da comida

CESTA BÁSICA fica mais barata em 14 capitais e brasileiros comemoram a redução do preço da comida
CESTA BÁSICA fica mais barata em 14 capitais e brasileiros comemoram a redução do preço da comida – Imagem: Geraldo Bubniak/AEN.

O custo da cesta básica diminuiu em 14 capitais brasileiras em setembro, em comparação com o mês anterior. Esta é uma excelente notícia, pois implica que a alimentação está mais acessível!

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, as reduções mais significativas foram registradas em Brasília (-4,03%), Porto Alegre (-2,48%) e Campo Grande (-2,32%).

O Dieese realizou a pesquisa em 17 capitais do Brasil. A notícia é especialmente animadora para os residentes do Norte e do Nordeste, onde os alimentos que compõem a cesta básica tiveram os menores preços médios.

Alimentos mais baratos

Segundo a pesquisa do Dieese, a carne bovina de primeira foi um dos alimentos que mais baratearam nas capitais. De um total de 17 capitais pesquisadas, houve redução de preço em 115. O leite integral e a manteiga também ficaram mais baratos em 14 capitais.

O feijão carioquinha teve seu preço diminuído em todas as cidades pesquisadas. O pó de café, indispensável para o cafezinho da tarde, teve seu preço reduzido em 13 das 17 capitais pesquisadas. Por fim, o preço da batata diminuiu em todas as dez cidades do Centro-Sul pesquisadas.

Redução expressiva

Além de comparar com o mês de agosto, os pesquisadores também encontraram evidências de redução de preços em relação ao ano anterior. O preço da cesta básica caiu em oito capitais, com variações entre -4,9% em Campo Grande e -0,3% em Porto Alegre.

Nos primeiros nove meses do ano, o valor da cesta básica diminuiu em 12 capitais. Goiânia (-10,4%), Campo Grande (-9,2%) e Brasília (-9,1%) foram as cidades que tiveram as maiores reduções.

Com base na cesta mais cara, que em setembro foi a de Florianópolis, o Dieese estimou o valor mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas. Segundo os pesquisadores, esse valor deveria ser de R$ 6.280,93. Isso representa 4,76 vezes o salário mínimo de R$ 1.320,00.

Cesta básica nacional

Os brasileiros mais vulneráveis economicamente gastam quase metade de seus rendimentos com alimentos, enquanto aqueles com maior poder aquisitivo gastam apenas 10% de sua renda com a mesma finalidade. Para nivelar o campo de jogo, a desoneração da cesta básica é uma estratégia adotada pelo governo, mas esta política está sendo questionada e pode sofrer mudanças.

A reforma tributária em discussão no Congresso Nacional prevê a criação de uma cesta básica nacional isenta de impostos. O objetivo é aliviar a carga tributária sobre os produtos de primeira necessidade, tornando-os mais acessíveis para a população de baixa renda. No entanto, o Ministério do Planejamento questiona a eficácia dessa medida.

Atualmente, a cesta básica tem impostos reduzidos, o que diminui o preço final dos produtos para todos os consumidores, não apenas para os de baixa renda. Essa política de desoneração custa ao governo quase R$ 35 bilhões por ano em arrecadação de impostos perdida.

A proposta de mudança

O governo propõe acabar com o tratamento especial dado aos produtos da cesta básica e aplicar uma redução geral de tributos. Esta mudança tem como objetivo focar na parcela mais pobre da população.

A gente quer, com essa política de desoneração dos itens da cesta básica, garantir que as famílias mais pobres não tenham nenhum problema com insegurança alimentar ou a gente quer fazer com que esses preços sejam mais baixos para todo mundo inclusive os mais ricos?“, questiona Sérgio Firpo, secretário de Monitoramento e Avaliação.

A reforma propõe que parte do dinheiro que o governo deixa de arrecadar com a desoneração da cesta básica seja usada para ampliar os valores de programas sociais, como o Bolsa Família.

Uma maneira alternativa seria você reonerar esses itens da cesta básica, mas garantir que os mais pobres, as famílias mais pobres, que estão mais sujeitas à insegurança alimentar, elas recebam de volta esses impostos ou parte dos impostos, fazendo com que os itens que elas consumam, sobretudo esses itens da cesta básica, sejam um preço menor, portanto acessíveis a essas famílias”, explica Firpo.

Carolina Ramos Farias

Carolina Ramos Farias é uma profissional apaixonada pela educação e comunicação digital. Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas pelo Departamento de Educação do Campus X da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), ela alia sua formação acadêmica à habilidade com a escrita, atuando como redatora web há mais de cinco anos. Com expertise na criação de conteúdos sobre concursos públicos, benefícios sociais e direitos trabalhistas, Carolina se destaca por sua capacidade de transformar informações complexas em textos claros e acessíveis. Seu compromisso com a disseminação do conhecimento a impulsiona a produzir materiais informativos que ajudam milhares de pessoas a se… Mais »
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