Fraude na Farmácia Popular: Confira agora se o seu CPF (1,2,3,4,5,6,7,8,9 e 0) foi utilizado criminalmente
A Farmácia Popular é um programa do governo que tem como objetivo oferecer medicamentos de forma gratuita ou com descontos para a população.
No entanto, nos últimos anos, foi descoberta uma fraude milionária que utilizou o CPF de cidadãos de forma ilegal, causando um prejuízo de mais de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos. Por isso, confira se o seu CPF foi utilizado nessa fraude e quais medidas estão sendo tomadas para solucionar esse problema.
O esquema de fraude na Farmácia Popular
Entre os anos de 2015 e 2020, uma ação criminosa foi realizada no programa Farmácia Popular, causando um grande rombo nos cofres públicos. Os golpistas cadastravam medicamentos no CPF de cidadãos que nunca tinham solicitado tais remédios.
Um exemplo dessa fraude ocorrida em uma farmácia localizada em Planaltina (DF), que enviava cerca de 1,3 mil soluções para moradores do Rio Grande do Sul, que não tinham conhecimento do esquema.
Ao informar o CPF dos cidadãos, os criminosos conseguiram simular vendas não realizadas, fazendo com que o dinheiro circulasse de forma ilegal.
Essa situação não apenas prejudicou os cofres públicos, mas também os cidadãos que tiveram seus CPFs utilizados de maneira indevida.
Como descobrir seu CPF foi utilizado na fraude
Para descobrir se o seu CPF foi um dos usados para as compras falsas de medicamentos, será necessário baixar o aplicativo Meu SUS Digital. Nesse aplicativo, faça o login com sua conta no Gov.Br e clique na opção “Medicamentos”.
Em seguida, abra a opção “Recebidos”, onde será possível verificar os registros de medicamentos e desabilitar a autorização de retirada dos remédios pela Farmácia Popular. Essa medida é importante para garantir que nenhuma transação fraudulenta seja realizada em seu nome.
Diante da fraude na Farmácia Popular, o Ministério da Saúde ajuda a combater e solucionar o problema. As empresas envolvidas no esquema foram desativadas do programa em 2023, após ações de monitoramento e controle realizadas pela gestão atual.
Além disso, o Ministério da Saúde está trabalhando em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU) e com a Controladoria-Geral da União (AGU) para reconstruir o programa e garantir que situações como essa não se repitam.
Penalidades e processos administrativos
As farmácias envolvidas na fraude estão sujeitas a negociações e processos administrativos para a devolução de recursos desviados.
Caso sejam detectadas novas irregularidades, esses estabelecimentos também serão notificados às autoridades competentes, como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
Até o momento, 53 farmácias foram descredenciadas do programa e outras 266 receberam multas como resultado das investigações.
Em 2023, houve um aumento de 644% no número de farmácias suspensas por acusações de irregularidades em relação ao ano anterior, totalizando 506 estabelecimentos.