A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a entidade encarregada pela avaliação de todos os tipos de produtos que são disponibilizados ao público. Com isto, possui um rigoroso sistema de controle de qualidade. Sempre que necessário, emite alertas à população.
Um dos problemas recorrentes detectados pela agência é a presença de pelos de roedores em alimentos destinados à comercialização. Este tipo de praga é uma grande preocupação nas indústrias alimentícias, pois armazéns e depósitos de alimentos são locais ideais para a sua proliferação.
Tolerância da Anvisa para resíduos de animais e insetos
Você pode não estar ciente disso, mas a Anvisa permite a presença de resíduos de animais e insetos nos alimentos, desde que estejam dentro de um limite tolerável. No entanto, o que muitos também não sabem é quais foram as empresas que já tiveram que lidar com esse tipo de situação.
É importante salientar que os resíduos de animais são macros ou micros, podendo, portanto, apenas serem enxergados por meio de aparelho específico para isso. Além disso, existe uma porcentagem específica de tolerância para cada tipo de alimento, como, por exemplo:
- Molho e extrato de tomate, katchup e outros: um resíduo de pelo de roedor a cada 100 g e dez fragmentos de insetos a cada 100 g;
- Doces pastosos e geleia de frutas: 25 fragmentos de insetos a cada 100 g;
- Farinha de trigo: 75 fragmentos de insetos a cada 50 g;
- Biscoitos, produtos de panificação e confeitaria: 225 fragmentos de insetos a cada 225 g;
- Café torrado e moído: 60 fragmentos de insetos a cada 25 g;
- Chá de menta ou hortelã: 300 fragmentos de insetos em 25 g, cinco insetos inteiros mortos em 25 g, dois fragmentos de pelos de roedor em 25 g;
Segundo informações oficiais, a marca Ramy teve lotes de maionese produzidos entre 20 de dezembro de 2022 e 21 de março de 2023, com vencimento em janeiro, fevereiro ou março de 2024, bloqueados pela Anvisa em 3 de março deste ano.
Na mesma ocasião, a Fugini, que pertence ao mesmo grupo que a Ramy, também teve produtos bloqueados. Ambas as marcas estavam com partes de roedores e, por isso, foram impedidas de comercializar os lotes afetados.
A empresa responsável pela marca Ramy reforçou seu compromisso com o consumidor e prometeu melhorar a vigilância sobre seus produtos.
“Sempre cumprimos com todas as obrigações. Prova disso, em mais de 25 anos de operação, jamais tivemos um único lote de produto retido por problema de recall. Somos uma marca muito querida pelos consumidores e respeitada pelo mercado como um todo. E assim seguiremos. Para o esclarecimento de dúvidas ou informação adicional, a empresa coloca à disposição dos consumidores os canais de atendimento e telefone 0800 702 4337“, disseram.
Situação atual dos produtos
De acordo com o site oficial, os produtos estão disponíveis e a falha foi apenas com aqueles lotes específicos. E como a empresa tem a confiança do mercado, não tiveram maiores problemas.
Assim, podemos concluir que a Anvisa, em sua função de proteger o consumidor, realiza um trabalho importante ao identificar e intervir em situações que possam representar riscos à saúde pública. As empresas, por sua vez, têm a responsabilidade de garantir a qualidade e a segurança de seus produtos, adotando todas as medidas necessárias para prevenir a contaminação
