No começo de 2022, o Banco do Brasil surpreendeu clientes e funcionários com uma notícia inesperada. Uma série de agências foram fechadas, causando um grande alvoroço entre os clientes e a sociedade.
Um anúncio inesperado
A instituição bancária se viu na necessidade de emitir um comunicado oficial para acalmar a inquietude causada pelo fechamento das agências. A declaração não foi bem recebida e gerou críticas, inclusive do então presidente Jair Bolsonaro.
O Banco do Brasil se tornou alvo de duras críticas quando anunciou um plano de reestruturação que previa o fechamento de várias agências e a redução de pessoal.
No entanto, um ano após a implementação do plano, o número de agências fechadas superou as previsões iniciais.
Plano de reestruturação
O plano de reestruturação do Banco do Brasil, lançado em janeiro de 2021, previa o fechamento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento, além da transformação de 243 agências em postos de atendimento.
Dados do Banco Central revelam que o Banco do Brasil terminou o ano de 2021 com 3.980 agências, ou seja, 388 agências a menos do que o número registrado em 2020 e mais do que as 355 agências mencionadas no plano de reestruturação.
O BB registou o segundo maior número de fechamentos de agências durante a pandemia de covid. Ficou atrás apenas do Bradesco, que fechou 1.527 pontos de março de 2020 a dezembro de 2021.
Por outro lado, a Caixa foi a única instituição que não fechou nenhuma agência durante a pandemia, buscando, ao contrário, um plano maior de expansão.
O Banco do Brasil afirmou que as agências em questão foram ajustadas ao tipo da região e ao público que atendiam.
“Conforme fato relevante divulgado ao mercado, o Banco do Brasil anunciou em janeiro do ano passado a extinção de 355 agências, sendo 112 definitivamente encerradas e outras 243 que seriam convertidas em postos de atendimento. As duas situações (encerramento e transformação em postos) resultam na diminuição do número de agências atribuídas ao BB no site do Banco Central“, afirmou o banco.
Origens e evolução histórica do Banco do Brasil
O Banco do Brasil foi fundado em 1808, por decreto do príncipe-regente Dom João VI. Surgiu em resposta a uma série de ações destinadas a incentivar a industrialização manufatureira e a importação e exportação de produtos, funcionando como um mecanismo de regulação da economia.
Ao longo dos anos, o Banco do Brasil se consolidou como uma das principais instituições financeiras do país. Hoje, o Governo Federal detém 50% das ações da instituição, que é um dos destaques do sistema financeiro nacional.
O futuro do Banco do Brasil
O banco também mencionou seus esforços para criar “unidades especializadas para atendimento a públicos diversos, tais como Empresa, Escritórios Digitais, Agro, Investidores, dentre outros“.
“A distribuição da rede do banco é avaliada de forma permanente, de modo a acompanhar as mudanças de hábitos dos seus clientes, considerando o avanço da tecnologia para a realização de transações através de meios digitais”, afirmou a instituição.
Ainda assim, o futuro do Banco do Brasil é incerto. O fechamento de várias agências mostra uma tendência em direção à digitalização dos serviços bancários, mas isso traz consigo vários desafios. Afinal, não todos os clientes estão prontos ou dispostos a fazer essa transição.